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A clínica psicanalítica, sustentada a partir da ética da escuta do inconsciente, evidencia-se como uma das possibilidades de cuidado a respeito do sofrimento humano, cuidado esse que não poderia estar desavisado das condições sociais e estruturais entrelaçadas a esse sofrimento.
Como pensar, então, na prática clínica realizada na realidade brasileira em que as relações raciais permanecem – inclusive dentro do campo psi – no lugar de tabu, de recalque ou mal estar? Que caminhos temos construído para que a visibilidade das condições estruturais não apague a dimensão da singularidade e da escuta produzida no um a um da clínica?
Mediação:
Iara Rodrigues Santos de Souza – CRP 06/90714
Psicanalista, graduada em psicologia e educadora popular. Desde 2007 atua colocando a escuta em circulação no consultório e em instituições das redes de saúde, educação e assistência social de São Paulo e municípios do Grande ABC. Especialista em Orientação à Queixa Escolar pelo Instituto de Psicologia da USP. Cursista da formação Aprofundamentos em Freud pelo Instituto Gerar. Colaboradora do Instituto Amma Psique e Negritude, compreende as relações raciais, de gênero e classe como questões fundamentais na escuta das singularidades e dos grupos.
CONTEÚDO:
- Conceitos básicos: transferência, contratransferência, recalque e mal estar nas relações raciais
- Mecanismos de defesa diante do racismo a partir de Paul Gilroy e Grada Kilomba
- Relações raciais e o não dito na formação, supervisões e escuta clínica
- “Ou isto ou aquilo”? Do apagamento das questões sociais ao risco de apagamento da singularidade – concomitância como pressuposto básico em psicanálise
Data: 03/10/24 - 18h (quinta-feira)