ÁREAS TEMÁTICAS O GRUPOS DE TRABAJO
Área Temática 01
"Chicanitas
do fim do mundo" e suas políticas de escrita e pesquisa
Coordenação
Késia
dos Anjos Rocha – UFF/UERJ – kesiaanjos@gmail.com
Érika
Cecília Soares Oliveira – UFF – erikaoliveira@id.uff.br
Marcos
Ribeiro Mesquita – UFAL –
marcos.mesquita@ip.ufal.br
Ementa
Chicanita do fim do mundo foi o
modo que a feminista queer chicana Gloria Anzaldúa se referiu a si própria e
suas mãos de mulher da roça – grossas e calejadas, nas palavras dela –
segurando a caneta e ousando o gesto da escrita. Pensar, pesquisar, sentir,
escrever. Como poderia uma chicanita do fim do mundo romper as hierarquias
institucionalizadas? Como poderia esculpir sua própria face e inscrever seu
modo de ver o mundo nesses espaços? Quais ferramentas utilizar para fazer
conhecimento a partir de sua ferida aberta? Como desaprender as merdas
pseudo-intelectualizadas, a lavagem cerebral que paralisa a escrita? Anzaldúa
cria o conceito de autohistória-teoria para operacionalizar a conexão entre
escritura autobiográfica e produção de conhecimento. Com isso, ela deseja que
quebremos os paradigmas tradicionais existentes da escrita masculinista, não
poética, objetivista. A poesia não é um luxo, como nos disse Audre Lorde. Ao
contrário, a poesia faz muita coisa acontecer, a poesia ampara nossos medos,
nossas raivas e alimenta nossas ações. Se você se considera uma chicanita no
fim do mundo se achegue, este GT é para compartilharmos nossas políticas de
escritas e pesquisas.
Área Temática 02
Corpo/grafias
(Trans)Continentais: por uma cuirtopia dos corpos migrantes
Coordenação
Fernanda
Vieira de Sant’ Anna – UEMG – fernandavsantanna@gmail.com
Jânderson
Albino Coswosk – IFES – jandersoncoswosk@gmail.com
Ruan
Nunes Silva – UEPI – ruan@phb.uespi.br
Ementa
Quais são as implicações e os
atravessamentos das vivências das corporeidades cuir-trans-travesti quando
imersas na intersecção entre dissidência, raça e movimentos transfronteiriços?
O presente GT acolhe proposições cuja herança matricial resida no fazer
artístico de pessoas cuir que transitam por múltiplos sistemas semióticos,
especialmente aqueles que se constituem em geografias periféricas. Partindo das
interconexões entre as histórias das comunidades LGBTQIAPN+ do Sul Global,
buscamos abordagens que explicitem os modos em que tais suportes desafiam a
metafísica ocidental. Inspirando-nos em perspectivas decoloniais,
afrodiaspóricas, indígenas, campesinas e quilombolas, criamos espaço para
trabalhos que enfatizam modos de construir uma cuirtopia ou novas cartografias
(Ramos, 2022), pelas quais essas multidões (Preciado, 2011) possam transitar
sem que suas vidas sejam precarizadas (Butler, 2004; 2018) pelas zonas
fronteiriças dos Estados-nação brancocêntricos e cis-heteronormativos.
Área Temática 03
Dissidentes
sexuais e desobediências de gênero: a literatura LGBTQIA+
Coordenação
Cris
Judar – USP – cris_judar@hotmail.com
Edson
Salviano Nery Pereira – UENP – edson.salviano@uenp.edu.br
Helder
Thiago Maia – Universidade de Lisboa – heldermaia@edu.ulisboa.pt
Renata
Pimentel – UFRPE – renatapimentel@gmail.com
Samuel
Lima – UNEMAT – samuel.lima@unemat.br
Ementa
O estudo de Delcastagnè (2005)
confirma, a partir de dados numéricos, um panorama já há muito observado, mas
que não havia sido quantificado: a existência (ou permanência) de padrões
cisheteronormativos, brancos e coloniais na construção de personagens da
literatura brasileira. Muito embora o estudo tenha um recorte temporal e de
publicação bastante específicos, os resultados servem de baliza para se
refletir a respeito não só do cânone, mas também do ensino literário e do
mercado editorial. A partir dessas constatações, o GT receberá trabalhos que
busquem contribuir com a leitura crítica de obras que tematizem ou sejam
produzidas por pessoas LGBTQIA+, em diferentes contextos e sistemas literários,
enfatizando, como se revela no título, personagens dissidentes sexuais e/ou
desobedientes de gênero. Interessa-nos também propostas que trabalhem com
arquivos literários produzidos em contextos de ódio à existência desses
sujeitos minoritários, afinal, parte significativa da representação literária
está ligada aos “sonhos de extermínio” (GIORGI, 2004) destes corpos.
Área Temática 04
Entre
rasgos, riscos e rasuras: Epistemologias Transfeministas e Educação
Coordenação
Ana
Flor Fernandes – USP – contatoanaflor2@gmail.com
Dayanna
Louise Leandro dos Santos – UFS – day.louisee@gmail.com
Thiffany
Odara Lima da Silva –
UFBA – thiffany.odara@gmail.com
Ementa
Ao longo de uma década desde
seu surgimento no Brasil, o transfeminismo, como práxis teórico-política, tem
suscitado tensionamentos e rasgos que impactam tanto os movimentos sociais,
quanto o campo de estudos de gênero. Com o avanço da presença de travestis e
pessoas trans nas universidades brasileiras, pesquisas que se localizam em
diferentes disciplinas passaram a agenciar marcos transfeministas para a
apreensão da realidade. Nesse sentido, lentes transfeministas estão sendo
aplicadas para análise dos diversos componentes que dizem respeito à pesquisa
em Educação. Este GT se propõe a receber trabalhos que discutem as seguintes
temáticas a partir das interfaces entre transfeminismo e Educação: 1)
Transfeminismo, travestilidade, subjetividades, biopolítica e o papel da
Educação nas relações de gênero e sexualidades; 2) Processos performativos,
artivismos e pesquisa em Educação; 3) Dissidências de gênero e o currículo; 4)
Movimentos sociais, transfeminismo e lutas por reconhecimento.
Área Temática 05
Estudos
Afro-Queer: Mulheres não-brancas fora da ordem do discurso dominante
Coordenação
Belijane
Marques Feitosa – UFCG – belimare.pb@gmail.com
Maria
Thaís de Oliveira Batista – UEPB – thaisoliveira@servidor.uepb.edu.br
Priscila
Nunes Brazil – UEPB – pri_nbrz@servidor.uepb.edu.br
Ementa
Este Grupo de Trabalho tem como
objetivo explorar as práticas de mulheres não-brancas através da lente dos
Estudos Afro-Queer, investigando como suas expressões culturais desafiam e
reconfiguram normas dominantes de gênero, sexualidade e identidade. Pretendemos
analisar como mulheres quilombolas, de terreiro, indígenas, negras, imigrantes,
refugiadas e de diversas origens étnico-raciais utilizam suas experiências e
performances para subverter narrativas hegemônicas e contribuir para a
construção de saberes afro-queer interseccionais e periféricos. Este GT busca
promover uma discussão inclusiva que englobe métodos contracoloniais e
pós-coloniais, valorizando sabedorias indígenas e afro-diaspóricas na
construção de identidades políticas, afetos e expressões artísticas, ampliando
o entendimento sobre as complexidades e contribuições das mulheres não-brancas
nos estudos afro-queer e na resistência cultural.
Área Temática 06
Gêneros,
Sexualidades, Currículos e Educação em Composições Queer
Coordenação
Anderson
Ferrari – UFJF – anderson.ferrari@ufjf.br
Danilo
Araujo de Oliveira – UFMA – oliveira.danilo@ufma.br
Marcos
Lopes de Souza – UESB – markuslopessouza@gmail.com
Paula
Regina Costa Ribeiro –
FURG – pribeiro.furg@gmail.com
Ementa
Quais composições queer podemos
fazer com gêneros e sexualidades para problematizar os saberes, a vida, os
prazeres, os desejos e expandir as nossas potências? A partir dessa
pergunta-provocação queremos convidar pesquisadoras/es para apresentar seus trabalhos
e com a gente fazer composições queer com gênero, sexualidade, currículo e
educação para explorar e discutir processos de subjetivação, as relações com
educação e com as culturas a fim de tensionar as normatizações e seus efeitos
em nossas formas de conhecer, em nossos corpos, tempos e espaços no presente. O
eixo tem como proposta estudos que mobilizem os conceitos de currículo e
educação, podendo ser a noção de currículo e educação não circunscritos aos
espaços institucionalizados, além disso aguardamos trabalhos que consigam
evidenciar uma proposta queer do pensamento.
Área Temática 07
Infância
Trans e Cuir em uma Perspectiva Interseccional e Transnacional
Coordenação
Jonathan
Machado Domingues – UNIFESP
– domingues.jonathan@unifesp.br
Ementa
O Grupo de Trabalho tem como
objetivo investigar as nuances das experiências de infância relacionadas às
identidades trans e cuir em uma perspectiva interseccional e transnacional.
Serão examinados os impactos dos diferentes contextos culturais, sociais e
políticos globais na formação dessas identidades, enfatizando a interseção
entre gênero, sexualidade, raça, classe e outros marcadores identitários. O
propósito é fomentar diálogos que aprofundem a compreensão das vivências
infantis trans e cuir, com vistas à promoção de ambientes inclusivos e
receptivos para crianças em sua diversidade.
Área Temática 08
Interfaces
jurídicas e políticas de combate ao gênero
Coordenação
Matheus
de Souza Silva – UFS – matheusdsouzas@academico.ufs.br
Alana
Maria Passos Barreto – UFS
– alanapassosbarreto@gmail.com
Ementa
O presente GT receberá
trabalhos que reúnam abordagens teórico-metodológicas de pesquisas queer sobre
discursos negacionistas contra o “gênero” por políticos populistas, com
interfaces em Política e Direito. Há uma exaltação da família patriarcal com
valores conservadores, o negacionismo, a vulnerabilização de grupos
estigmatizados e sua desumanização. A dimensão transnacional do fenômeno
incentiva reflexões sobre suas características macroestruturais, como a difusão
e a legitimação social do neoconservadorismo supõem a existência de condições
sociais favoráveis, dadas em momentos de crise social, quando se acirram as
tensões e o poder dominante utiliza mecanismos coercitivos para impor a ordem
social. O GT tem o propósito de fortalecer estudos queer mobilizados pela chave
de análise de uma retórica em torno do que seria a “ideologia do gênero” e seu
cenário fantasmático que desnuda a necessidade de analisar como a agenda
neoconservadora tem impetrado uma política moral que vulnerabiliza corpos LGBTQIAPN+.
Assim é possível observar a maneira que sujeitos são controlados, a partir de
processos subjetivos, por técnicas de linguagem.
Área Temática 09
Intersecções
invisíveis: Pessoas trans com deficiência na perspectiva QueerCrip
Coordenação
Emídio
Ferreira Neto – UFCG – ferreiranetoemidio@gmail.com
Leidiane
Silva de Oliveira – UFCG
– leidianesilva.ls204@gmail.com
Ementa
Nos últimos anos, no Brasil,
tem-se notado uma proliferação de grupos que inspirados na teoria queer/cuir e
na interseccionalidade tem e vem discutindo nuances antes jamais imaginadas.
Esses grupos têm provocado discussões que abordam questões como autodeterminação
de gênero, vivências de sexualidades e corporalidades dissidentes, além de
desafiar as normas políticas e sociais que reproduzem modelos de ação pública
baseadas em lógicas coloniais e neoliberais. Diante desse panorama, o presente
Grupo de Trabalho (GT) visa oferecer um espaço de reflexão sobre essas
questões, explorando tanto seu desenvolvimento histórico quanto as polêmicas
que têm surgido em relação a pessoas trans com deficiência. Uma das ênfases do
GT será a integração da teoria queer crip e suas aplicações para entender as
vivências de pessoas trans com deficiência. O GT busca trabalhos que versem
sobre pessoas trans como agentes ativos/as/es na construção de suas identidades
e na resistência às normas cis-heteronormativas e capacitistas.
Área Temática 10
Masculinidades,
subalternização e dissidências: afinal, o que é ser masculino?
Coordenação
Camila
Lippi – UNIFAP – camila.lippi@unifap.br
Rodrigo
Márcio – UNIFACS – rodrigo.m.santana@animaeducacao.com.br
Ementa
Esta seção nasce a partir do
desejos dos coordenadores de compreender as vivências das masculinidades
dissidentes. A construção da masculinidade hegemônica é pautada na visão
cisheterossexista e constituída pela violência da dominação das masculinidades subalternizadas.
O objetivo desta mesa é proporcionar um espaço de debate sobre as
masculinidades dissidentes e suas relações subalternizadas, assim como outras
masculinidades que são construídas pelas perspectivas decoloniais e
pós-coloniais, indígenas e afro-diaspóricas, produzindo saberes
cuir-trans*travesti, interseccionais, irreverentes e periféricos, além de
conhecimentos de(s)/subjugados, reformulando sujeitos políticos, afetos e
criação artística. Estimulamos o envio de trabalhos com metodologias diversas,
e advindos de diferentes campos do conhecimento.
Área Temática 11
Ofensivas
antigênero no Brasil e glotopolíticas de resistência
Coordenação
Iran
Ferreira de Melo – UFRPE – iranmelo@hotmail.com
Ementa
Os estudos queer da linguagem
são um conjunto de abordagens centrado na abjeção das existências humanas,
notadamente na subalternização das identidades e performances de gênero e
sexualidade. No Brasil, um eixo desses estudos se debruça sobre discursos disruptivos
que questionam a duonormatividade de gênero, dentre eles a chamada linguagem
não-binária (Lau, 2017; Melo, 2021, 2022). Este grupo de trabalho propõe
discutir tal linguagem como glotopolítica de resistência (Lagares, 2018) num
país marcado por ofensivas antigênero (Butler, 2023). Nosso propósito é reunir
um debate em torno do papel de um estudo da linguagem comprometido com uma
genealogia crítica dos recursos que informam as forças proibitivas à diferença
de gênero e as práticas discursivas subversivas a essas forças. Para tanto,
tomaremos como ponto de partida referências como Vidarte (2019), Halberstam
(2020) e Mombaça (2021), além de pesquisas recentes sobre o assunto (Santos
Filho, 2021; Melo e Paraíso, 2023).
Área Temática 12
Pane
no cistema: não binariedade e educação
Coordenação
HBlynda
Morais de Holanda – UFPE – hblyndamorais@gmail.com
Ementa
Historicamente, o corpo é o
lugar onde se manifesta o poder. Assim também é espaço de desobedecer e
transgredir. Partimos do princípio que ser uma pessoa trans, é ser uma
desertora do gênero, daquela que quebra as expectativas dadas ao nascimento e a
cartilha que supostamente nos dão para viver. Nesse contexto, as pessoas não
binárias são “indivíduos que não serão exclusiva e totalmente mulher ou
exclusiva e totalmente homem, mas que irão permear em diferentes formas fluidez
em suas identificações” (Reis, 2017, p. 08). Desta forma, o ato será de
confabular (Hartman, 2020) o agora para mirar no amanhã, indo mais além do que
dar respostas prontos e definitivas, buscando problematizar e desestabilizar,
por meio da formulação de perguntas o processo ficcional que naturaliza as
categorizações binárias. O modus operandi aqui, é justamente pensar meios que
esfacelem as normas sociais, do que é esperado. Espera-se sublinhar e
incentivar uma pane nos sentidos já produzidos em relação a ideias ontológicas,
biologizantes, normatizadoras das nossas vivências não binárias.
Área Temática 13
Pedagogias
queer – cuir – kuir
Coordenação
José
Amaro da Costa – UFRPE – jaja.joseamaro@gmail.com
Ementa
Em contexto político,
intelectual e educacional as pedagogias queer-cuir-kuir, neste GT busca ser um
local ecossistêmico de saberes decoloniais na educação de corpos que rompem com
a inteligibilidade de gênero, orientação sexual e outros marcadores da
diferença evidenciando privilégios, opressões e violências. Será uma
oportunidade para articular estratégias pedagógicas que desconstruam,
desestabilizem ou rompem com padrões hegemônicos. Nesse caminho serão
realizadas aproximações nos seguintes eixos: Diversidade corporal e funcional;
Pedagogias queer-cuir-kuir e outras pedagogias críticas; “Ideologia de gênero”
neoconservadores; Pedagogias e afetos; Intersecções com o colonialismo, o
racismo, o capacitismo e outras formas de opressão. Assim, o GT se constituirá
um espaço de debate que em conjunto, conectaremos práticas não violentas, mais
acolhedoras e democráticas na relação ensino e aprendizagem afetados por
pressupostos das pedagogias queer-kuir-cuir.
Área Temática 14
Pesquisas
interseccionais: conexão entre gênero, sexualidade, classe, raça e mobilidade
Coordenação
Liliana
Aragão – Prefeitura Municipal de Aracaju – lilianaaaragao@gmail.com
Allisson
Goes – UFS – allissongoes@gmail.com
Cleber
Meneses – UFR – cleber.meneses@ufr.edu.br
Ementa
O objetivo desta proposta é
acolher trabalhos que interseccionam os marcadores de gênero, sexualidade,
classe e raça no contexto dos processos de mobilidade humana. Apesar de serem
categorias sociológicas independentes, ao longo das últimas décadas e com a
eclosão dos movimentos identitários, observa-se que para discutir as questões
da sociedade atual deve-se considerar tais marcadores identitários da
diferença. Este grupo de trabalho propõe conectar essas dimensões com as
mobilidades espaço-temporal em diferentes frentes, tais como: refúgio; a
migração interna brasileira; emigração de brasileiros(as) para o exterior;
mobilidade acadêmica; migração qualificada; feminização da migração;
mobilidades intrarregionais no contexto latino-americano; entre outras.
Espera-se que os trabalhos acolhidos também tragam contribuições metodológicas
sob o prisma da interseccionalidade, com novos enfoques e modos de conceber a
pesquisa acadêmica.
Área Temática 15
Políticas
do Corpo na Dança: injustiças epistêmicas para corpos que
escrevem/performam/dançam
Coordenação
Jonas
Karlos de Souza Feitoza – UFS – jonaskarlos1@gmail.com
Lino
Daniel Evangelista Moura –
UFS – dan.moura1@yahoo.com.br
Ementa
Reunir pesquisadores/artistas
que em suas investigações abordem políticas sobre o fazer do corpo na cena
artística e/ou educacional da dança. Nos interessa propostas tecidas por
Artografias dissidentes, Insurgências Poéticas, Artivismos, Pesquisa Performativa,
Práticas como Pesquisa, Investicriación, Crítica de Processo e Políticas do
Movimento para outros modos de existência na Dança.
Área Temática 16
Representatividade
LGBTQIAPN+ no esporte brasileiro: desafios e experiências de (re)existência
Coordenação
Lucas
Barroso – UFRJ – lucas.barroso@ufrj.br
Ementa
Esta proposta visa criar um
grupo de trabalho focado na representatividade LGBTQIAPN+ no esporte
brasileiro. O objetivo é explorar as transformações históricas, socioculturais
e políticas que moldaram a participação e a visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+
nos espaços esportivos, desde a década de 1970 até hoje. No futebol, por
exemplo, coletivos como LGBTricolor, Palmeiras Livre, Galo Queer, e outros,
desafiam a heterocisnormatividade com manifestações vibrantes e coloridas que
trouxeram novas formas de expressão de gênero e sexualidade para os estádios.
Ao relatar essas e outras experiências, espera-se analisar o impacto dos
movimentos e indivíduos na conscientização e aceitação da diversidade
esportiva, examinar os desafios enfrentados pela comunidade, explorar as
intersecções entre identidade de gênero, sexualidade e etnia, e estabelecer
diálogos transnacionais, com foco esportivo. Com isso, espera-se contribuir
para a construção de esportes mais inclusivos e diversos, celebrando as
identidades cuir-sapatonas-bichas-pretestrans-indígenas e outras expressões de
gênero e sexualidade em seus espaços.
Área Temática 17
Saberes
insubmissos de corp*s-manifest*s: encruzilhadas políticas, processos de
subjetivação, agenciamentos e resistências cotidianas
Coordenação
Wheber
Mendes dos Santos – UFS – whebeer@gmail.com
Juliana
Farias Santos – UFS – juliana22fsantos1@gmail.com
Deborah
Teles de Meneses Gonçalves –
UFS – deborah.tdemg@gmail.com
Ementa
Este GT busca contra-produções
que se articulem em um projeto contra-epistemológico de insurgência de corp*s
insubmiss*s, tensionando processos colonialistas/epistemicidas do Homem
universal, o animal necropolítico. Nas últimas décadas, vivenciamos a ascensão
de políticas neoliberais, cruzadas anti-gênero e neoconservadoras de um necrocapitalismo
que promove uma matança de corpos outros a partir de políticas de morte. Esse
Homem universal faz valer o seu poder a partir de jogos epistemológicos que
precarizam e matam nossas vidas. Acompanhar subjetividades é uma aposta de
insurreição. Faz-se necessária a criação de barricadas para não nos matarem
agora. Produzir grito/denúncia a partir das bordas / becos / favelas / armários
/ maternidades / escolas / terreiros / esquinas / casas grandes / bordeis. Em
pajubá, pretoguês, yorubá, guarani de corpos interseccionalizados por eixos de
subordinação que o Homem tenta nos agenciar. E que os monstros falem, dancem,
artivizem, dedem o cânone e o devorem.
Área Temática 18
Subjetividades e (não)
Representatividades Cuir na Literatura, no Cinema, na Música e na Televisão
Coordenação
Gilvan
da Costa Santana – IFS – gilvan.costa@ifs.edu.br
Elza Ferreira Santos – IFS – elza.ferreira@ifs.edu.br
Maurício J. Souza Neto – IFBA/UFBA
– mauricioj.s.neto@gmail.com
Ementa
No simpósio temático ora
proposto, interessam pesquisas que apresentem e discutam imagens e discursos
identitários e representacionais cuir presentes ou silenciados no percurso
histórico. Trata-se de estudos cuir com interdisciplinaridade dos Estudos
Culturais, da Retórica e da Análise de Discurso envolvendo arte e cultura, a
fim de propiciar reflexões sobre sexualidades e gêneros dissidentes inseridos
na Literatura, no Cinema e na Televisão. O objetivo precípuo é analisar a
presença de discursos contra hegemônicos e decoloniais, isto é, transgressores
da heterormatividade nos saberes e poderes estéticos como expressão de
subjetividades e corpos. Em suma, interessa no GT trazer à tona os discursos
(ou o silenciamento deles) que questionam e refletem as subjetividades
interseccionais, fluidas e múltiplas cuir na produção artística e
comunicacional no Brasil.
Área Temática 19
Teatro
de autoria queer
Coordenação
Djalma Thürler – UFBA – djalmathurler@ufba.br
Duda Woyda – UFBA – dudawoyda@gmail.com
Marcelo
Nogueira – UFBA – mnogueiram@gmail.com
Ementa
Este GT entende que a
cultura teatral queer não tem raízes muito profundas no Brasil, o que
consequentemente significa que há certa indefinição do que seria um teatro de
autoria queer. significava originalmente. Embora o termo queer
continue a ter a conotação de “estranho” ou “esquisito”, já não está
exclusivamente reservado às orientações sexuais que se afastam da heteronorma. Em
livro de 2005 intitulado What's Queer About Queer Studies Now?, vários
teóricos tentam dar uma resposta à pergunta do título e, antes de fazê-lo,
interpretaram o termo queer como resistência a noções enraizadas de
identidade, uma estratégia de desfamiliarização e desidentificação, uma palavra
camaleônica que, na luta pela justiça social, é apropriada por uma
multiplicidade de movimentos antagônicos que se opõem a práticas de exclusão
baseadas em definições racializadas, sexuadas, de gênero e de classe sobre quem
pertence e quem não pertence. A partir dessa compreensão, este GT receberá
contribuições que ajudem a discutir, a partir de elementos estético-narrativas,
a emergência de um “teatro de autoria queer” no Brasil, com o propósito
de contribuir para a reflexão interdisciplinar entre o movimento queer e
o teatro contemporâneo.
Área Temática 20
Teoria queer, decolonialidade,
interioridades e ruralidades: Educação, Professoralidades e Estranhamentos de
Sexual e de Gênero
Coordenação
Pedro Paulo
Souza Rios – UEFS – ppsrios@uefs.br
Edonilce da Rocha Barros – UNEB
– ebarros@uneb.br
Ementa
Comumente
as questões inerentes ao campo das diversidades sexuais e de gênero, tem sido
problematizada a partir das subjetivações e corporeidades constituídas no
universo urbano. No entanto, nas últimas décadas tem sido notório um avanço
teórico epistêmico ressaltando a necessidade de pensarmos tais vivências nos
contextos das cidades interioranas e em comunidades rurais. Nesse sentido, o GT
tem por objeto problematizar práticas educativas e as professoralidades a
partir dos pressupostos da diversidade sexual e de gênero vivenciadas
especialmente em cidades do interior e nas comunidades rurais, nos espaços
escolares e não escolares, a partir dos pressupostos teóricos queer e
decolonial.
Área Temática 21
Um habitar cuir na escola:
construções epistemológicas, insubmissas e decoloniais
Coordenação
Jocelaine Oliveira – IFS – jocelaine.santos@ifs.edu.br
Manuela Rodrigues – IFS – manuela.rodrigues@ifs.edu.br
Ementa
A escola tanto é um agente
fundamental de socialização e de construção das subjetividades; quanto um
espaço que ainda hoje rejeita e violenta as corporalidades dissidentes, pois
continua fabricando e atualizando os imperativos cisheteropatriarcais. Sendo a
escola esse espaço de ordenamento simbólico, reificador das práticas de poder,
disciplinamento dos corpos e das existências, pode ela também se constituir
como lugar de insubmissão, resistência e liberdade para as dissidências? É esta
questão que nos move neste simpósio que objetiva reunir experiências,
investigações e debates no campo educacional que promovam discussões e
reflexões críticas a partir de pedagogias insubmissas, desobedientes, bem como
de epistemes outras capazes de criar fissuras no CIStema e tensionar a
normatividade social em todos os campos. Entendemos que este debate na escola é
urgente, dado os avanços dos discursos da extrema-direita no Brasil, aliados ao
movimento antigênero e toda sua miríade de insistentes violências.
Área Temática 22
Por escritas transmasculinas: interseccionando arte, produções acadêmicas e narrativas dissidentes
Coordenação
Thomas Cardoso Bastos Santos – UFS – thm.ceduc@gmail.com
Cello Latini Pfeil – UFRJ – mltpfeil@gmail.com
Thárcilo Luiz da Silva Hentzy – UFRJ – hentzytharcilo@gmail.com
Ementa
A proposta de escritas
transmasculinas manifesta-se, também, como uma maneira de responder a uma
suposta “ausência” do movimento das transmasculinidades em espaços feministas,
transfeministas e nos estudos de gênero. A presumida ausência das vozes
transmasculinas é, em nossa perspectiva, fruto do não-reconhecimento dos
movimentos literários, artísticos e acadêmicos enquanto promovedores de
conhecimentos outros, do fazer político, da resistência. Essas articulações das
transmasculinidades também acabam por riscar e quebrar as lógicas dos “padrões
hegemônicos”. Essa ausência é falaciosa, pois não nos ausentamos, mas
enfrentamos um cenário de contínuo silenciamento, e é justamente por isso que
nos organizamos. A valorização de nossa autonomia e autodeterminação tem a ver
com a composição de fazeres artísticos, narrativas, experiências e produções
acadêmicas, que articulam as escritas transmasculinas. É um arranjo que maneja
manifestações de escrita/risco/voz, que conta de si, da vivência, da
resistência, das memórias de outras transmasculinidades, assim como das nossas.
COMUNICACIÓN ORAL (PRESENCIAL Y VIRTUAL)
1) La propuesta de trabajo, em portugués, inglés o español, debe presentarse en forma de Artículo Científico con limit mínimo de 25.000 y máximo de 40.000 personajes, incluidos espacios que incluyen referencias bibliográficas, imágenes, gráficos y tablas, por no hablar del resumen;
2) El archivo final debe enviarse en formato DOC o DOCX exclusivamente en el sitio web
del Conqueer. Cabe señalar que los archivos enviados deben ser nombrados en el
de la siguiente manera:
- Comunicación oral cara a cara:
COP_número_de_área_temática_iniciales_nombre_autor_principal.doc.
Por ejemplo:
COP_A2_AFD.doc o COP_A2_AFD.docx;
- Comunicación Oral Virtual:
COV_número_de_área_temática_iniciales_nombre_autor_principal.doc.
Por ejemplo: COV_A2_AFD.doc o COV_A2_AFD.docx;
3) A
Las propuestas de texto presentadas deben realizarse exclusivamente en el sitio web de la
Conqueer, mediante registro personal y ser inédito, sin presentación ni
publicación en otro evento científico;
4) Solo
los textos autorizados por los autores serán publicados en los anales de Conqueer, en el
en el momento del envío, que asignan la propiedad literary y todos los derechos de autor de la
trabajo;
5) Será
de la exclusiva responsabilidad de la autoría, en el momento de la presentación de la
texto/propuesta, incluir toda la información solicitada, no permitido
posteriormente, la inclusión de cualquier dato o cambio en el texto enviado;
6) O
El texto debe cumplir con los estándares de ética de la investigación y los requisitos de corrección
de la Lengua Portuguesa, así como la estandarización técnica de la ABNT;
7)
el texto debe estar formateado en WORD, escaneado en papel tamaño A4, con márgenes
definida según la plantilla, fuente Arial, tamaño 12, respetando
Normas de la ABNT;
8)
El título de la obra debe estar en mayúsculas, centrado y en negrita;
9)
El espaciado entre líneas debe ser de 1,5 cm, excepto en las comillas y otras normas de la
ABNT;
10) cada uno
El participante puede presentar un solo trabajo como autor principal/ra/o y
participar en otras dos producciones como coautor/RA/OR;
11) Los trabajos pueden tener un máximo de cuatro participantes;
12) Las comunicaciones orales virtuales se realizarán a través de la Plataforma Google Meet y los enlaces estarán disponibles tras la aprobación de los textos y posterior organización de las salas.
PERFORMANCER
La tercera edición de ConQueer traduce nuestro deseo
para los desplazamientos, para hacer de las fronteras territorios de creación y
producción de narrativas múltiples, poéticas y sensibles. En
Escenografía deseamos mezclar diversos lenguajes como el teatro, la música, la poesía y la poesía.
artes visuales en busca de inspiraciones teórico-prácticas-metodológicas que
reafirmamos nuestro compromiso con una comunidad académica crítica de la
normalizaciones, naturalizaciones, esencializaciones, monocultivos y binarismos
En cuanto a la disidencia sexual y de género, apostamos por la fuerza de la intersección
entre el arte, el artivismo y la producción académica. Por lo tanto, invitamos a todos a
este momento de intercambio y construcción colectiva y afectiva del conocimiento.
Las partes interesadas deberán presentar un resumen de la Actuación. La propuesta puede ser presentada en portugués, inglés o
Español en formato doc o docx exclusivamente en el sitio web de Conqueer, de acuerdo con la plantilla proporcionada. Los archivos enviados deben nombrarse de la siguiente manera
Forma:
PE_número_de_área_temática_iniciales_nombre_autor_principal.doc.
Por
Ejemplo: PE_A2_AFD.doc.
Cada miembro puede estar en hasta dos propuestas y
Cada propuesta puede contener hasta 15 miembros. Todos los miembros deben:
Estar inscrito en el evento.
SIMPOSIOS TEMÁTICOS (PRESENCIALES Y VIRTUALES)
1) La propuesta de un simposio temático debería
incluir un mínimo de 03 (tres) autores y un máximo de 04 (cuatro) autores,
incluyendo al coordinador, es decir, 03 (tres) artículos científicos como mínimo y
un máximo de 04 (cuatro);
2) Para la presentación de un simposio temático,
Es necesario incluir en el acta de registro, además de la propuesta del simposio,
el texto completo de la obra de cada autor;
3) La propuesta, en portugués, inglés o español,
debe usar programas de Microsoft Office, con una extensión en
Word (doc; docx), según template
Disponible en la página web del Congreso. No se aceptarán archivos con la extensión
en PDF;
4) Se observa que los archivos enviados para este
La modalidad debe nombrarse de la siguiente manera:
- Simposio Temático Presencial:
STP_número_de_área_temática_iniciales_nombre_autor_principal.doc.
Por ejemplo: STP_A2_AFD.doc o STP_A2_AFD.docx;
- Virtual Thematic Symposium:
STV_número_de_área_temática_iniciales_nombre_autor_principal.doc.
Por ejemplo: STV_A2_ AFD.doc o STV_A2_AFD.docx;
5) Cada uno el texto que compondrá el simposio deberá presentarse en forma de Artículo Científico con un límite mínimo de 25.000 y un máximo de 40.000 caracteres, incluyendo espacios, referencias bibliográficas, imágenes, gráficos y tablas y ni hablar del resumen;
6) A
Las propuestas de texto presentadas deben realizarse exclusivamente en el sitio web de la
Conqueer, mediante registro personal y ser inédito, sin presentación ni
publicación en otro evento científico;
7) Solo
los textos autorizados por los autores serán publicados en los anales de Conqueer, en el
en el momento del envío, que asignan la propiedad literary y todos los derechos de autor de la
trabajo;
8) Será
de la autoría, en el momento de la presentación del simposio,
incluir toda la información solicitada, y no se permite posteriormente
inclusión de cualquier dato o cambio en el texto presentado;
9) Cada texto
que compondrán el simposio deben cumplir con los estándares de ética en la investigación y la
requisitos para la corrección de la lengua portuguesa, así como la normalización técnica
ABNT;
10)
Los textos deben cumplir con los estándares descritos en la plantilla que se puede encontrar en el sitio web de la
Conqueer;
11) Cada uno
El participante podrá participar en un solo simposio temático;
12)
Las presentaciones de los simposios temáticos virtuales se llevarán a cabo a través de la
La plataforma Google Meet y los enlaces estarán disponibles después de la aprobación de los textos
y posterior organización de las salas.