ST1: SABERES LOCAIS, ANCESTRAIS E ECOLÓGICOS, ALTERNATIVAS SISTÊMICAS E COSMOLOGIAS DECOLONIAIS
Coordenadores: Dr. Reginaldo Cerqueira Sousa (UNIFESSPA), Dr. Gilvani Araujo (UFAM)
Este simpósio temático acolhe trabalhos que valorizem e dialoguem com os saberes locais, ancestrais e ecológicos, alternativas sistêmicas e cosmologias decoloniais e acolham reflexões dos Direitos Humanos, das Políticas de Memória e do Direito Humanitário. Além de se posicionarem em uma chave crítica sobre as chamadas políticas assistenciais e a relevância para os cenários contemporâneos dos saberes locais articulados por seus respectivos guardiões, sejam oriundos de parcelas indígenas, quilombolas, ribeirinhas, por exemplo. Pesquisas que problematizam e analisam, nos diferentes territórios, regiões e espaços sociais do Brasil, a questão da biodiversidade, da sustentabilidade, do extrativismo, da ancestralidade, bem como as estratégias de resistência política frente aos mecanismos de violência do Estado e do poder econômico que impõe, a estes grupos e seu modo de vida, as premissas do capitalismo. Saberes partilhados, com finalidades não utilitárias e não capitalistas, mas que correspondem às necessidades de seu viver. Esses saberes são testados também pela emergência de distúrbios ocasionados entre outros fatores pela escalada planetária da industrialização, os grandes centros urbanos com seu estilo capitalista de ser, ou ainda em uma frente ampla pelo próprio modo de vida imperial, responsáveis diretas ou indiretas pelas mudanças climáticas que tanto aflige essas populações invisibilizadas e inviabilizadas. Nesse sentido, convidamos todos/as pesquisadores/as e estudiosos/as que se dedicam a essas temáticas, para debaterem seus pontos de vista e argumentos conosco no ST1.
ST2: DIREITOS HUMANOS E GÊNERO: MEMÓRIAS DE LUTA, LUGARES DE REBELDIAS, AFETOS E SABERES
Coordenadoras: Dra. Carla Cristina Nacke Conradi (UNIOESTE), Dra. Ana Maria Veiga (UFPB), Dra. Claudia Nichnig (UNESPAR)
Este simpósio temático acolhe trabalhos nas perspectivas anticolonial, de gênero, da história das mulheres e/ou dos feminismos que tenham como horizonte os direitos humanos, considerando as memórias de resistências e afetos das mulheres e de pessoas LGBTQIA+. Os direitos humanos, cujo marco principal se refere às atrocidades perpetradas durante a segunda guerra mundial, ganham especificidades territoriais e temporais ao lidarmos com os traumas oriundos do período ditatorial brasileiro, sem excluir as violências sexuais e de gênero, o feminicídio, a LGBTQIA+fobia - não raramente seguida por morte -, e os diversos tipos de assédio sofridos cotidianamente no tempo presente, com o agravante racial, religioso e de classe. Ao compreendermos que essas vivências constroem memórias, percebemos também a irrupção de rebeldias, afetos, novos tipos de resistência e a emergência de outros saberes, constituídos coletivamente. Assim, pretendemos dialogar sobre a concepção de direitos humanos na contemporaneidade e de que maneira essa noção pode ajudar na elaboração e na manutenção de políticas públicas e medidas de segurança para essa população, diante de um contexto sociopolítico conservador e permissivo à livre expressão da violência, do racismo e das diversas fobias envolvendo gênero.
Palavras-chave: Direitos Humanos; Gênero; Resistências; Afetos; Saberes.
ST3: DERECHOS HUMANOS, SABERES ANCESTRALES Y POLÍTICAS DE MEMORIA
Coordinador: Dr. Fernando Bagiotto Botton (UESPI)
Nuestra llamada es amplia y intenta abarcar todas las líneas de investigación de este congreso, es decir: los derechos humanos, las políticas de memoria y los saberes ancestrales. También privilegiamos relaciones académicas y no académicas de constitución de saberes, especialmente cuando se interponen a las prácticas estatales y privadas de asistencialismo, paternalismo y intervencionismo frente a las comunidades tradicionales, populares o autóctonas. Tales perspectivas amplias son conectadas por múltiples perspectivas interseccionales e interdisciplinarias que pueden abarcar estudios históricos, antropológicos, sociológicos, cosmopolíticos, filosóficos, lingüísticos, literarios, biológicos y pedagógicos, entre otros. Este simposio temático ocurrirá en formato virtual (en línea), tiene su inscripción totalmente gratuita y acepta contribuciones de personas investigadoras de cualquier nacionalidad, pero toda la discusión ocurrirá en lengua castellana.
Palabras-llave: Derechos humanos; políticas de memoria; saberes locales.
OBS.: O ST será ofertado na modalidade on-line, e receberá até 20 trabalhos em língua espanhola.
ST4: HISTÓRIA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS
Coordenadores: Dr. Marcos Meinerz (UNESPAR), Dr. Jorge Pagliarini Junior (UNESPAR)
O presente simpósio propõe um debate sobre as interseções entre produção historiográfica, engajamento social e disputas de memória no campo dos Direitos Humanos. A História Pública, ao ampliar os espaços de interlocução entre historiadores e diferentes públicos, assume um papel fundamental na visibilização de grupos historicamente marginalizados e na reivindicação de reparações históricas. Nesse sentido, a História Pública pode atuar tanto na denúncia de violações de direitos quanto na promoção de uma cidadania crítica e participativa. As marcas deixadas por processos de violência estrutural, como a escravidão, os regimes ditatoriais, os genocídios, o colonialismo e as diversas formas de repressão política e social, desafiam o campo historiográfico a produzir narrativas que dialoguem com os anseios por justiça e reparação. Este simpósio acolherá trabalhos que abordem a memória das ditaduras na América Latina, os impactos da escravidão na sociedade contemporânea, a criminalização de minorias, a luta por reconhecimento e justiça de comunidades quilombolas e indígenas, e as disputas sobre monumentos, espaços de memória e a patrimonialização do passado. Serão bem-vindas reflexões sobre o papel dos historiadores na construção de políticas públicas de memória, o uso de novas tecnologias na democratização do conhecimento histórico e experiências de ensino que articulem História Pública e Direitos Humanos para enfrentar a negação de passados traumáticos. Espera-se que as discussões contribuam para fortalecer a História Pública como um campo de atuação voltado à ampliação do acesso ao conhecimento histórico e ao enfrentamento das desigualdades e injustiças presentes no debate sobre memória e direitos.
Palavras-chave: História Pública; Memória e Justiça; Direitos Humanos.
ST5: ENSINO DE HISTÓRIA E DIREITOS HUMANOS
Coordenadora: Dra. Cyntia Simioni França (UNESPAR)
O Simpósio Temático insere-se no contexto do IV Colóquio Internacional de Direitos Humanos e Políticas de Memória, promovendo reflexões sobre o papel da educação histórica na formação de sujeitos críticos e na construção de uma cultura de Direitos Humanos. A relação entre História e Direitos Humanos é um campo fundamental para a compreensão das continuidades e rupturas das estruturas de exclusão, opressão e resistência na sociedade contemporânea. O ensino da História, enquanto prática social e política, pode contribuir tanto para a denúncia de violações de direitos quanto para a valorização das múltiplas narrativas de resistência. Neste simpósio, espera-se reunir pesquisadores/as, professores/as e estudantes interessados/as na interface entre história e educação em Direitos Humanos, abordando temas como memória, identidades, narrativas históricas, políticas educacionais e desafios no ensino de temáticas sensíveis. Serão bem-vindas propostas que discutam estratégias didáticas, experiências de ensino, materiais pedagógicos e práticas que promovam uma educação histórica comprometida com a dignidade humana e a justiça social.
Palavras-chave: Ensino de História; Direitos Humanos; Memória.