Tecituras | Tessituras:
composições, contexturas e atravessamentos na História da Arte
20 a 25 de outubro de 2025
Em 2023, o CBHA propôs uma trilogia temática para seus Colóquios, adotando a tecelagem ou textilidade como categoria metafórica, como um mote para abordar a construção da pesquisa e do discurso na história da arte. Se em um momento inicial, a urdidura consiste na disposição dos fios paralelos ao longo do comprimento do tear, a trama, por sua vez, designa os fios que se entrelaçam aos primeiros, mas em sentido transversal ao da urdidura. Desse modo, é nesse processo gradual e ordenado que se organiza e se desenvolve a construção do corpo têxtil, o tecido, sua extensão, amplitude, espessura, sua capilaridade, seus fios tramados em altos e baixos que dão corpo à estruturação teórica a partir de determinado objeto, mas também seus nós, retornos, desvios, esgarçamentos, rasgaduras, suturas, a delicadeza, a força, a coerência ou desencontros de seus entrelaços, trançados e contornos.
A noção de tecitura representa, então, aquilo que se dá na sequência do delineamento metodológico preliminar de uma investigação, explicitando seus desdobramentos teóricos, analíticos e discursivos, em uma complexa rede tramada por imagens, quadros teóricos, fontes, literaturas etc., no campo da história da arte e seus diferentes diálogos transdisciplinares. O termo “tecer”, assim como “textura”, vem de texere, da raiz indo-europeia teks (fazer), donde téchné em grego. Para além do âmbito da tecelagem e tapeçaria, associamos a ação de tecer aos entrelaçamentos da cestaria e da confecção de outros artefatos, como a produção de redes, com fibras vegetais, fios industriais ou enlaces virtuais. No desenvolvimento diacrônico do termo, músicos italianos seiscentistas se apropriaram do conceito de tecitura para designar não apenas o conjunto das notas produzidas por um instrumento, mas a organização desses sons, o entrelaçamento organizado da extensão da voz humana. Para soar melhor em sua fonética, adotaram a escrita tessitura.
A partir desses conceitos, convidamos propositoras e propositores a colocar em debate a reflexão sobre como desenvolvemos nossas pesquisas, na etapa posterior à urdidura e a trama; ou seja, como entretecemos o discurso historiográfico artístico. Desse modo, respeitando as especificidades das mais diversas pesquisas, indicamos a abertura do léxico em sete diferentes eixos, contemplando diferentes agrupamentos de questões entre tecitura e tessitura:
Eixo Temático 1. COMPOSIÇÕES: ORDENAMENTOS, ESGARÇAMENTOS e INSTITUIÇÕES
Eixo Temático 2. ENTRELAÇAMENTOS: NÓS, ENTRONCAMENTOS e MONUMENTALIZAÇÕES
Eixo Temático 3. CONTEXTURAS: TEXTURAS E TECIDOS HISTÓRICOS e ANTROPOLÓGICOS
Eixo Temático 4. TELAS (ÉCRAN E TOILE): MATERIALIDADES e ENQUADRAMENTOS CONCEITUAIS
Eixo Temático 5. AMPLITUDES: ULTRAPASSAMENTOS, SUTURAS e COEXTENSÕES
Eixo Temático 6. ATRAVESSAMENTOS: TRÂNSITOS, MIGRAÇÕES e FRONTEIRAS
Eixo Temático 7. EMENDAS: ESCALAS, ENREDAMENTOS e GÊNEROS
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TEXTOS FINAIS PARA ANAIS ELETRÔNICOS
A submissão dos textos finais deverá ser realizada na plataforma Even3, até 09 de fevereiro de 2026 (somente para participantes que fizeram suas comunicações no evento).
O template estará disponível está disponível aqui.
10 – NORMAS PARA ELABORAÇÃO DOS ARTIGOS COMPLETOS (VERSÃO FINAL)
Até 09/02/2026, autoras/es de Comunicação deverão submeter na Plataforma Even3 o artigo completo (versão final) para publicação nos Anais do evento. Não haverá publicação de textos de autoras/es que não compareceram ao 45o Colóquio e/ou não entregaram a versão final de sua comunicação no prazo.
O artigo completo deve atender à seguinte formatação, conforme meta-artigo (template):
a) Margens: superior 2,5 cm; inferior 2,5; direita 3,0; esquerda 3,0, com espaçamento entre linhas 1,5 (salvo quando indicado abaixo) e sem espaçamentos antes ou depois;
b) Título: Fonte Arial, corpo 12, bold, caixa-alta e baixa (só iniciais maiúsculas), com o máximo de 85 caracteres. Não usar sublinhado e usar itálico apenas para grafias de palavras estrangeiras e títulos de obras e periódicos, com espaçamento 1,5;
c) Nome(s) do(a/s) autor(a/es): fonte Arial, corpo 12, redondo (normal). Inserir também o(s) nome(s) completo(s) da(s) instituição(ões) a que está(ão) vinculado(a/s) o(a/s) autor(as/es), como docente, pesquisador(a) ou aluno(a), em fonte (tipo) Arial, em corpo 12, redondo, na linha abaixo. Membras/os aposentadas/os poderão optar entre manter a referência à instituição à qual estiveram filiados ou usar “pesquisador(a) independente”. A assinatura deve ser acompanhada, abaixo, pelo endereço completo do ORCID;
d) Palavras-chave: em sequência na mesma linha, podendo ter um mínimo de 3 (três) e o máximo de 5 (cinco) palavras-chave, com inicial maiúscula, separadas por “;” (ponto-e-vírgula) e finalizadas por “.” (ponto). Usar fonte Arial, corpo 12;
e) Resumo: fonte Arial, corpo 12, com espaçamento simples entre as linhas. Mínimo de 400 e máximo de 900 caracteres (correspondentes ao mínimo de cinco e máximo de 10 linhas), num só parágrafo;
f) Palavras-chave em língua estrangeira: em sequência, na mesma linha, podendo ter um mínimo de 3 (três) e o máximo de 5 (cinco) palavras-chave, separadas por “;” (ponto-e-vírgula) e finalizadas por “.” (ponto). Usar fonte Arial, corpo 12;
g) Resumo em língua estrangeira: fonte Arial, corpo 12, com espaçamento simples entre as linhas. Mínimo de 400 e máximo de 900 caracteres (correspondentes ao mínimo de cinco e máximo de 10 linhas), num só parágrafo;
h) Corpo do artigo: fonte Arial, corpo 12, com espaçamento 1,5, e margens justificadas, com o máximo de 25.000 (vinte e cinco mil caracteres com espaços), incluindo referências bibliográficas e tabelas. Para destaques, usar apenas o corpo itálico, excluindo-se totalmente o sublinhado e palavras em caixa-alta (a não ser em siglas que não formem palavras, exemplo CNPq) e, nas referências bibliográficas, nos sobrenomes dos autores. O bold poderá ser usado, exclusivamente, para destacar os subtítulos ou divisões do trabalho, sempre em corpo 12, em caixa-alta e baixa;
i) Citações: as citações diretas no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. As citações de mais de 3 linhas devem ser digitadas em corpo 11, com espaçamento simples entre as linhas e destacadas do texto por margem esquerda de 4cm. As citações (sejam diretas ou indiretas) deverão ser indicadas no texto conforme o sistema de referência autor-data (consultar a Norma NBR10520 da ABNT para maiores detalhes), sem remetê-las a notas de rodapé. As notas de rodapé deverão ser breves e apenas explicativas, redigidas em fonte Arial, corpo 9, e espaçamento simples entre as linhas;
j) Figuras e ilustrações: poderão ser enviadas, em arquivos separados, até 10 (dez) imagens, em formato JPG, com 300 dpi, sendo o seu local de inserção no texto indicado por meio de legendas e fontes, cuja numeração corresponda à numeração dos arquivos das imagens;
k) Referências: fonte Arial, corpo 11 (onze), espaçamento simples entre as linhas. As referências bibliográficas, no fim do trabalho, devem ter os dados completos e seguir a norma NBR10520 da ABNT, conforme o sistema de referência autor-data. Cada referência deve ocupar um parágrafo e deve estar separada da anterior/seguinte por dois espaços simples.
Observação: textos finais submetidos sem a utilização do meta-resumo (template) serão publicados fora do padrão gráfico dos Anais.
CADERNO DE RESUMOS
Acesse o Caderno de Resumos, clicando aqui
PROGRAMAÇÃO FINAL (COM MAPA DE SALAS)
Acesse a Programação Final, clicando aqui
OBS: cada comunicação terá duração de 20 minutos.
Acesse o cabeçalho, com a imagem do evento, para a preparação de slides para a comunicação, clicando aqui
COMUNICADO
Prorrogamos o prazo para envio do texto de apresentação e para pagamento da taxa de confirmação (por parte de não-membras/os do CBHA) até 11/08/2025.
Prorrogamos o prazo para submissão e resumos expandidos até 25/04/2025.
SESSÕES TEMÁTICAS
ST01 - ATRAVESSAMENTOS DAS OBRAS DE ARTE NOS IMAGINÁRIOS TURÍSTICOS
Coordenação: Camila Dazzi (CBHA) e Isabela Loureiro (CEFET-RJ)
ST02 - CRISTIANISMO E CULTURA MATERIAL: A CIRCULAÇÃO DE OBJETOS NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA DA ARTE GLOBAL
Coordenação: Tamara Quírico (CBHA), Flavia Galli Tatsch (CBHA) e Aldilene Marinho César Diniz (CEFET-RJ)
ST03 - FIOS REBELDES: MUTABILIDADES EM INSTITUIÇÕES, CURADORIAS E HISTÓRIAS DA ARTE
Coordenação: Marize Malta (CBHA) e Emerson Dionisio de Oliveira (CBHA)
ST04 - SER NATUREZA: IMAGINÁRIOS E MIGRAÇÕES ENTRE HUMANO E MEIO AMBIENTE
Coordenação: Patricia Dalcanale Meneses (CBHA) e Alexandre Ragazzi (CBHA)
ST05 - EXPOSIÇÕES SAZONAIS E CIRCULANTES: ENTRE A ARTE E A GEOPOLÍTICA
Coordenação: Vera Beatriz Siqueira (CBHA), Maria de Fátima Morethy Couto (CBHA) e Daniele Machado (Uerj)
ST06 - NARRATIVAS DA ARTE: HISTÓRIA, REPRESENTAÇÕES E PRODUÇÕES SIMBÓLICAS EM DISPUTA
Coordenação: Bianca Knaak (CBHA), Almerinda Lopes (CBHA), Marco Pasqualini (CBHA) e Rogéria de Ipanema (CBHA)
ST07 - A MEMÓRIA CULTURAL COMO PESQUISA EM ARTE E NA HISTÓRIA DA ARTE
Coordenação: Mônica Zielinsky (CBHA), Sheila Cabo Geraldo (CBHA), Alexandre Santos (CBHA) e Joaquín Barriendos (ITESM)
ST08 - EXPERIÊNCIAS PROTOCONTEMPORÂNEAS: DOS CONCEITUALISMOS À ARTEVIDA
Coordenação: Neiva Fonseca Bohns (CBHA), Stéphane Huchet (CBHA) e Marina Câmara (UFRGS)
ST09 - INTERNACIONAL – NACIONAL: MIGRAÇÕES, EXÍLIOS, DIÁSPORAS E TRÂNSITOS NA HISTORIOGRAFIA DA ARTE MODERNA
Coordenação: Heloisa Espada (CBHA), Marcelo Mari (CBHA) e Cristina Dunaeva (UnB)
ST10 - AS TESSITURAS DA HISTORIOGRAFIA DA ARTE: REPERTÓRIOS, PROBLEMAS E PERCURSOS DISCURSIVOS
Coordenação: Leticia Squeff (CBHA), Arthur Valle (CBHA) e Sílvia Borges (CBHA)