Os organizadores do Congresso Brasileiro de Educação, CBE, sob a temática Tecnologia e Problemas Contemporâneos, acreditam que discutir educação em seus diversos segmentos e aspectos é sempre importante. Mas nesse momento em que estamos vivendo é fundamental, em razão do avanço célere da era digital e os desafios que ela coloca para as sociedades nas diversas áreas: de produção, serviços, emprego, comunicação, educação e cultura, entre tantas outras.
No Ensino Superior, seguindo Pereira (2019), a partir dos anos 2000, ampliou-se o acesso de parcelas importantes da classe trabalhadora a essa modalidade de ensino. Foi quando assistimos a uma diversificação quanto à renda, origem escolar, cor e escolaridade dos pais do público que consegue acessar as Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas, “porém muito aquém do que se possa denominar por massificação e/ou certificação em massa, conforme análise de Ristoff (2014)”.
Como também assinalou a autora, não é demais destacar o caráter histórico e profundamente elitizado do ensino superior brasileiro (PEREIRA, 2019). Mas é fato que a sua diversificação coloca problemas importantes que professores, pesquisadores e educadores precisam discutir visando sempre a inclusão de uma maior quantidade de alunos.
No Brasil, infelizmente, ainda convivemos com graves problemas como o analfabetismo e o analfabetismo funcional, o que impedem as pessoas de progredirem, e, em consequência, de terem mobilidade social.
É preocupante ver em nosso país que parte significativa dos alunos concluem os ensinos Fundamental e Médio sem o domínio de competências como ler e entender os sentidos de um texto. Assim como a escrever com sentido. E esse problema acompanha o aluno para a universidade.
Claro está que precisamos pensar sobre muitos dilemas da educação brasileira e lutar para garantir políticas públicas educacionais que garantam a “instrução”, em sentido amplo, sobretudo a tecnológica, para que os estudantes consigam trabalhar e progredir. Vale dizer que a falta de computadores e acesso à internet deixou milhares de alunos de todos os níveis de ensino sem estudar em 2020 e 2021, quando o ensino passou a ser remoto, por causa da pandemia. O analfabetismo digital é também um grave problema e precisa ser discutido.
A Agenda 2030, por meio do Objetivo do Desenvolvimento 4, orienta os estados no sentido de assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo à universidade, bem como a orientação de que meninas e meninos completam o ensino primário e secundário que deve ser de acesso livre, equitativo e de qualidade, e que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes.
Os organizadores do Congresso Brasileiro de Educação convidam a todos os interessados em discutir esses problemas a fazerem a sua inscrição no CBE, em um dos eixos temáticos propostos. Há espaço também para a apresentação de suas experiências e projetos. Inscreva-se!!!
REFERÊNCIAS
PEREIRA, Larissa Dahmer. Revista Flecha do Tempo, São Paulo, n. 1, p. 67-86, jan./ jun. 2019. Disponível em: http://flechadotempo.nemesscomplex.com.br/index.php/flechadotempo/article/view/52/17. Acesso: 10 mar 2022.
RISTOFF, D. O novo perfil do campus brasileiro: uma análise do perfil socioeconômico do estudante de graduação. In: Avaliação. (Campinas), Sorocaba, v.19, n.3, p. 723-747, Nov. 2014. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772014000300010&lng=en&nrm=isso. Acesso: 03 mar 2022.
COMISSÃO CIENTÍFICA
PROFA. ARLINDA CANTERO DORSA. Pesquisadora do programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Local da Universidade Católica Dom Bosco, UCDB-MS. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2445144539614697
PROFA. DRA. KATIA E. SANTOS AVELAR. Pesquisadora do PPGDL/CNPq/FIOCRUZ. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6772085183251168
PROF. DR. DOSTOIEWSKI CHAMPANGNATTE. Professor dos Programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional pelo Centro Universitário Alves Faria – GO e Mestrado em Educação pela Faculdade de Inhumas -Go. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2484973026526040
PROFA. DRA. JACQUELINE DE CASSIA PINHEIRO LIMA. (Pesquisadora Visitante Do PGCL/UENF-FAPERJ e Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá. UNESA-RJ. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5615299587007705
PROFA. DRA. LARISSA ESCARCE BENTO WOLLZ. Professora Adjunta de Psicologia Aplicada à Saúde na Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ - Campus Macaé. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4284392208385293
PROF. DR. LUIS CARLOS FERREIRA. Professor e pesquisadora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira - UNILAB. Coordenador do Grupo de Pesquisa "Observatório Vozes da EJA Brasil – África. Currículo Lattes: : http://lattes.cnpq.br/4442920811345896
PROFA. DRA ANA MARIA PIRES NOVAES. Professora e pesquisadora da FAETC-RJ. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2851943150559137
PROF. DR. ADRIANO ROSA. Professor e pesquisador da Universidade Santa Úrsula, USU. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2571510463038870