A adequada comunicação através da locução radiofônica simula um caráter de diálogo presencial, visto que tanto emissor como também o ouvinte se encontram em locais distintos. O ouvinte, apenas através da voz do locutor, cria uma imagem física a partir das emoções proporcionadas pelo seu timbre, colocação, velocidade e, naturalmente, pela seleção de conteúdos veiculados. (ALVES, 2014, p. 02).
É a qualidade da expressividade da voz da locução que pretende informar, orientar, em suma, comunicar que vai determinar a manutenção do vínculo com o ouvinte. Sendo a expressividade, neste caso, entendida como qualidade da locução, no sentido de ser uma fala que prende a atenção, que transmite credibilidade e confiança. (VIOLA et al, 2011, p. 68). Nisso destaca-se a importância de haver a produção de um roteiro bem elaborado de acordo com a produção de sentido o qual orienta o exercício da locução quanto ao conteúdo pretende comunicar por meio do som radiofônico.
A emissão sonora de qualquer produto radiofônico provoca determinados efeitos de recepção nos ouvintes situados nas esferas racional, sensorial e emocional capazes de afetar os modos de aproximação e compreensão da escuta. Para que isso ocorra, será preciso, em primeira instância, que o produto radiofônico alcance o ouvinte, gerando um espaço dialógico mental, pois o rádio comunica e afeta o seu receptor, cuja audiência é assegurada quando as impressões são favoráveis em torno do programa veiculado. (GOMES, 2006, p. 03).
Em suma, com um conteúdo verbal planejado na produção, estudado e ensaiado, antes de ser comunicado, pode contribuir que a mensagem da locução seja, em termos sonoros, seja expressiva. Algo que contribuir para mídia obter uma significativa audiência.