A MEDICINA NÃO POUPA A ARTE: UM ESTUDO SOBRE A PORFIRIA DE ALEIJADINHO

Publicado em 28/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0318-6

DOI
10.29327/xxvi-semana-cientifica-do-curso-de-medicina-da-ufu-379451.763225  
Título do Trabalho
A MEDICINA NÃO POUPA A ARTE: UM ESTUDO SOBRE A PORFIRIA DE ALEIJADINHO
Autores
  • Gabriela Gomes Pimentel de Castro
  • Vitor Gonzaga Chaves
  • Giovanna Garcia Gardini
  • Lorrane Francisco Pereira da Silva
  • Tamyla Alves Fonseca
  • Dr. Wallisen Tadashi Hattori
Modalidade
Resumo: Artigo
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
28/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xxvi-semana-cientifica-do-curso-de-medicina-da-ufu-379451/763225-a-medicina-nao-poupa-a-arte--um-estudo-sobre-a-porfiria-de-aleijadinho
ISBN
978-65-272-0318-6
Palavras-Chave
Porfiria, porfiria cutânea tardia, medicina, arte.
Resumo
INTRODUÇÃO Porfirias são distúrbios na síntese de heme devido ao funcionamento anormal de enzimas que atuam no processo. A porfiria cutânea tardia, o tipo mais comum, foi um dos diagnósticos retrospectivos dados ao artista brasileiro de expressão máxima do barroco, Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho. OBJETIVOS Compreender a porfiria cutânea tardia, por meio da identificação de sua fisiopatologia e de seus sinais e sintomas, referindo-se ao artista brasileiro conhecido como Aleijadinho. MÉTODOS Estudo bibliográfico sistemático, em que se utilizou “porfiria cutânea tardia” como descritor para a base de dados PubMed. Foram encontrados 87 artigos publicados a partir de 2020. Desses, 6 artigos foram selecionados. RESULTADOS A porfiria cutânea tardia, diagnóstico de Aleijadinho, é o tipo mais comum de porfiria e refere-se à deficiência enzimática de uroporfirinogênio descarboxilase (UROD), que converte o uroporfirinogênio III em coproporfirinogênio III. Diante da falha dessa conversão, porfirinogênios anteriores acumulam-se no organismo e geram fotossensibilidade. Esses compostos são altamente carboxilados e sofrem oxidação em porfirinas. São tóxicos e concentram-se em órgãos como fígado e pele. As porfirinas, ao se espalharem pelo sangue, interagem com fontes de luz externas, excitando-se ao absorver a radiação eletromagnética. Ao retornar a condição original, as porfirinas liberam energia que é transferida ao oxigênio molecular, que atua na oxidação de compostos biológicos essenciais, levando à morte celular por peroxidação e desintegração de membranas. Clinicamente, essa condição é vista pela fragilidade da pele e formação de bolhas nas áreas expostas ao sol, como rosto e pescoço. Esses sinais clínicos relacionam-se com os hábitos noturnos, as cicatrizes e o uso de coberturas no corpo por Aleijadinho, o que potencializa o diagnóstico de porfiria cutânea tardia do artista. Para o desenvolvimento desses achados clínicos, é necessário um fator desencadeante, como o abuso de álcool, também hábito de consumo do Aleijadinho, para além da deficiência da UROD. CONCLUSÕES É relevante o entendimento da porfiria cutânea tardia e sua associação com os hábitos do escultor barroco Aleijadinho, na medida em que a doença interfere no cotidiano e na expressão artística do indivíduo afetado. Dessa forma, utilizar-se dessa figura importante na arte brasileira para a compressão da doença torna-se um recurso didático para aprendizagem da medicina.
Título do Evento
XXVI Semana Científica do Curso de Medicina da UFU
Cidade do Evento
Uberlândia
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana Científica do Curso de Medicina da UFU
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

CASTRO, Gabriela Gomes Pimentel de et al.. A MEDICINA NÃO POUPA A ARTE: UM ESTUDO SOBRE A PORFIRIA DE ALEIJADINHO.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xxvi-semana-cientifica-do-curso-de-medicina-da-ufu-379451/763225-A-MEDICINA-NAO-POUPA-A-ARTE--UM-ESTUDO-SOBRE-A-PORFIRIA-DE-ALEIJADINHO. Acesso em: 16/06/2025

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