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A humanidade depende do ar, da água e do solo (de boa qualidade) para sua sobrevivência; entretanto, nada tem sido feito para a conservação desses bens naturais, tão importantes para a vida no planeta. E mesmo após a   segunda conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, quando se concluiu que a humanidade é responsável pela qualidade ambiental, até os dias atuais, boa parte da população ainda não se conscientizou sobre a poluição, erosão e a degradação do solo durante o seu preparo nas áreas agricultáveis. Ainda segundo Lepsch (2021), essas questões, relacionadas ao meio ambiente, ultrapassam os meios científicos e programas governamentais, se estendendo a cada cidadão: a você meu caro leitor, enquanto responsável pela proteção do meio em que vive.

Neste ano, de 2022, a XVI Semana de Ciências Agrárias de Araripina (XVI SECIAGRA) teve como tema: “Políticas Públicas de Convivência com o Semiárido”. O principal objetivo foi prover debates sobre questões sociocientíficas e tecnológicas correlacionadas com a degradação dos solos no semiárido — dentre elas a alcalinização e a salinização dos solos. Nos resumos aqui apresentados, pode-se acompanhar trabalhos de projetos de pesquisa (e de extensão) realizados com enfoque no manejo e conservação do solo, desenvolvimento de insumos biológicos e práticas de manejo sustentáveis. E qual é o elo entre as nossas pesquisas? O macroambiente e o mesoambiente enquanto fontes de matérias-primas para geração de tecnologias que visem fortalecer a atividade agrícola do semiárido, reduzir o custo de produção do pequeno produtor rural e, principalmente, reduzir resíduos sólidos urbanos.

Estes anais trazem, em seu bojo, a contribuição de nossos bolsistas, do curso de Engenharia Agronômica (Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina – FACIAGRA), para o desenvolvimento do Araripe Pernambucano. E é claro que não podemos deixar de mencionar aqui que estas pesquisas foram viabilizadas graças à parceria estabelecida entre a FACIAGRA e a Cooperativa Mista Agropecuária dos Produtores Rurais de Mandioca da Chapada do Araripe (COOPERAMA) e a Baraúna Consultoria e Planejamento Ambiental. Estes resumos contam também com o apoio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e com o Programa Pernambuco na Universidade (PROUNI-PE).

Esperamos que a leitura destes resumos seja agradável, e que, para além disso, possibilite a extração de informações e questionamentos que venham a contribuir com o desenvolvimento do Araripe Pernambucano, especialmente com Sertão do Araripe.

Cordialmente,

Comissão Organizadora.