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Apresentação

O XV SEMINÁRIO DOCOMOMO BRASIL

A coordenação do Núcleo DOCOMOMO São Paulo tem grande satisfação em publicar os Anais do XV Seminário DOCOMOMO Brasil, evento presencial realizado em  São Carlos e São Paulo durante os dias 17, 18, 19, 20 e 21 de outubro de 2023. As duas cidades, além de sediar o Instituto de Arquitetura e Urbanismo e a Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade de São Paulo, representam a complementaridade entre capital e interior, e abrigam a maior parte dos componentes da coordenação atual do núcleo paulista do DOCOMOMO. O evento foi composto por diversas atividades, tais como:  palestras internacionais e nacionais, lançamentos de livros, exposições físicas e apresentação de trabalhos, mesas especiais de debate e homenagens, assembleia geral e visitação a obras modernas. 

A palestra de abertura, em São Carlos, foi proferida pelo convidado internacional, prof. Dr. Horacio Torrent, da Pontifícia Universidade Católica do Chile.  Foi realizada no quadro de atividades, ainda no início do evento, a Assembleia Geral do DOCOMOMO Brasil, sessão em que os filiados  elegeram a nova Coordenação Nacional e que proporcionou debater estratégias e direcionamentos para o futuro do Docomomo Brasil.

Ao longo da programação, compartilhada entre as duas sedes, foram apresentados 102 artigos, submetidos por pesquisadores de todo o país, que contribuíram significativamente para a consolidação e compromisso do DOCOMOMO com a promoção do debate crítico sobre a preservação do Patrimônio Moderno no Brasil.

O seminário contou ainda com  cinco mesas especiais de debate, com a participação de convidados de diferentes regiões do Brasil,  sobre temas que buscaram contribuir para a revisão da historiografia da Arquitetura e Urbanismo e debater o cenário atual sobre a cidade contemporânea: Concessões Privadas e Parcerias público-privadas e o Patrimônio Moderno; Mulheres na Arquitetura e Urbanismo Modernos; Trajetória Docomomo Brasil; Homenagem Docomomo Brasil; 8 de janeiro e o Patrimônio Moderno. Vale destacar algumas das realizações inéditas do evento, como a homenagem à trajetória do DOCOMOMO Brasil, que contou com a participação de todos(as) os(as) seus ex-presidentes, e uma homenagem especial a profa. Dra. Mirthes Baffi, por sua representatividade e ativismo no Núcleo Docomomo São Paulo e Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). 

Além dessas sessões, o seminário contou com uma palestra técnica sobre restauro de obras modernas icônicas para a arquitetura brasileira, a cargo de Aparecida Soukhef, da empresa Concrejato. Outras atividades dignas de nota foram a sessão de lançamento de 10 livros e duas exposições físicas abertas aos participantes e ao público em geral. 

A exposição em São Carlos aconteceu nos dias 17 e 18 de outubro de 2023, “A arquitetura do Plano de Ação do Governo do Estado de São Paulo (PAGE) 1959-1963” apresentou as obras modernas realizadas no estado, com curadoria do grupo de pesquisa ArtArqBr PAGE, e organização de Miguel Buzzar, Jasmine Silva e Fernanda Millan Fachi. A mostra salientou a relevância do Plano de Ação do Governo Carvalho Pinto para o desenvolvimento da arquitetura moderna no Estado de São Paulo. 

Em São Paulo a mostra aconteceu de 17 de outubro a quatro de novembro de 2023,  "Bauhaus_Hybrid" apresentou fotografias do fotógrafo alemão Jean Molitor, com curadoria de Ivo Giroto. A seleção de trabalhos abordou a temática das forças de disseminação da linguagem modernista pelo mundo, e o que as contaminações e transformações pelas quais passou no sul global são capazes de revelar e de esconder.

A palestra de encerramento, em São Paulo, foi proferida pelo convidado internacional, pelo prof. Dr. Patricio del Real,  da Harvard University.

Por fim, o tradicional roteiro do Momotour contou com uma importante contribuição do Lero Lero, um coletivo de alunos da FAU USP, nas visitações de cinco exemplares de residências unifamiliares modernas na cidade de São Paulo: Casa Juarez Brandão Lopes (1969), de Flávio Império e Rodrigo Lefèvre; Casa Antonio Gerassi (1991), de Paulo Mendes da Rocha; Casa Rubens de Mendonça/dos Triângulos (1962), de João B. Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi; e Casa Rua Itápolis (1930), de Gregori Warchavchik.

O Seminário contou com a participação de profissionais renomados, estudiosos, pesquisadores, docentes, arquitetos, urbanistas e interessados na preservação do Patrimônio Moderno. Foram abordados temas relevantes, discussões sobre alguns dos principais desafios atuais, representando uma importante oportunidade de compartilhamento de experiências e conhecimento no campo da arquitetura e urbanismo modernos. Desse modo, contribuiu significativamente para o fortalecimento da rede de profissionais e entusiastas envolvidos na preservação do Patrimônio Moderno no Brasil e internacional, proporcionando um ambiente propício para o compartilhamento de conhecimentos, a troca de experiências e o estabelecimento de parcerias para futuras iniciativas e projetos.


ARQUITETURA E URBANISMO E A RECONSTRUÇÃO DO ESTADO E DA SOCIEDADE

A Arquitetura e o Urbanismo sempre foram  expressões  evidentes do caráter sócio cultural das diversas civilizações ao longo da história. Os diferentes tipos de poderes, cada qual a seu modo, perpetuaram seus princípios pelas obras que realizaram.   

A Arquitetura Moderna, pautada na ruptura às regras clássicas de composição, associou-se à ideia de liberdade, encampada, em sua maioria, pelos regimes progressistas e perseguida pelos conservadores. No Brasil, a Arquitetura Moderna tornou-se o símbolo da pretensão política de progresso, seja da esquerda ou da direita. Iniciada ainda na República Velha, teve, no governo de Getúlio Vargas, sua difusão, consagrando-se, no Brasil, durante os mandatos de Juscelino Kubitschek, no âmbito do governo federal, e de Carvalho Pinto, em São Paulo, por exemplo. Vê-se, então, que a Arquitetura Moderna está diretamente relacionada às obras públicas, sendo Oscar Niemeyer, ao longo de sua trajetória, o arquiteto mais requisitado para projetos símbolos das gestões políticas em governos de Jânio Quadros, Fernando Collor, Leonel Brizola, Orestes Quércia, Fleury Filho, Luiza Erundina, Marta Suplicy, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima, dentre outros Brasil afora. 

A descrença no Estado como base da administração pública, levou o último governo a promover um voraz desmonte das suas instituições, como nunca antes visto. Sob o crivo ideológico da extrema direita, as áreas da cultura e da educação, mas não só, foram tomadas como a base de propagação dos princípios antidemocráticos em nome do conservadorismo, da fé e do anticientificismo. O desmonte do Estado implicou na negligência e mesmo na destruição do seu patrimônio cultural, destituindo corpo-técnico qualificado, esvaziando de sentido instituições relevantes, e tolhendo a representação mais ampla da sociedade nas decisões sobre o quê e para quem preservar.

Esta anticultura promovida pelo último governo federal, foi rechaçada pela maioria da população nas eleições presidenciais de 2022. Entretanto, o conservadorismo, o negacionismo e a intransigência política, sempre estimulados pelo seu incentivador, transformaram-se em uma tentativa de golpe de estado no dia 08 de janeiro, uma semana após a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Os atos de barbárie e terrorismo praticados pela parcela da população apoiadora do último governo atingiram os edifícios que conformam os 3 poderes do Estado de Direito, em Brasília. A depredação dos edifícios modernos do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Executivo (Palácio do Planalto) expõe a diferença entre a Arquitetura da Democracia e a obscuridade da destruição social e material. A praça dos 3 poderes é um logradouro público, sem grades. A Arquitetura Moderna é múltipla, sua variedade de formas e concepções é ampla. No caso de Brasília, os edifícios dos poderes são diáfanos, a transparência e a continuidade espacial que seus panos de vidro e suas rampas sugerem em relação à praça, é mais do que simbólica; na origem, era a promessa de uma nação democrática.

A depredação golpista não pode colocar em xeque a validade da Arquitetura voltada à Democracia.  Além da depredação dos edifícios da Praça dos 3 Poderes, Patrimônio da Humanidade,  a Arquitetura, conheceu no último período, ataques inusuais como a tentativa de privatização e descaracterização do Conjunto Esportivo do Ibirapuera, a proposta de venda do Palácio Capanema, a efetiva demolição de parte substantiva do Estádio do Pacaembu, que retratam alguns episódios-frutos da sanha imobiliária no país.           

Os arquitetos, urbanistas e todos os profissionais envolvidos com a preservação, necessitam de espaço para refletir e discutir soluções e formas arquitetônicas de convívio democrático, reavaliar as dimensões sociais da Arquitetura moderna e debater, em conjunto com a sociedade, a sua preservação nos tempos atuais. O XV Seminário Nacional do Docomomo Brasil se propôs a ser um desses espaços, trazendo para si, a tarefa de garantir a reflexão sobre o papel social da Arquitetura e do Urbanismo e suas relações com o poder, tarefa que devemos enfrentar para pensar o futuro.

Desta maneira, o Seminário foi estruturado com o objetivo de interseccionar  trabalhos que refletem sobre o tema ARQUITETURA E URBANISMO E A RECONSTRUÇÃO DO ESTADO E DA SOCIEDADE  a partir dos seguintes eixos temáticos:


EIXO 1 - ARQUITETURA E URBANISMO MODERNOS: PATRIMÔNIO CULTURAL E CAPITAL SIMBÓLICO

Os princípios da Arquitetura e do Urbanismo modernos contribuíram à reflexão do campo do patrimônio cultural, seja no reconhecimento dos bens culturais seja na sua preservação. A ampliação do campo profissional dos arquitetos para atender à demanda de novas tipologias e à adequação das cidades ao crescimento demográfico decorrentes dos novos meios de produção impôs a reflexão do significado desses bens na cultura de uma sociedade, associando-os às ideias de igualdade e liberdade. Esse capital simbólico levou a sua rejeição pelos regimes totalitários: nazismo na Alemanha, fascismo na Itália, stalinismo na União Soviética, e sua ampla aceitação pelos dirigentes progressistas, como no Brasil com Juscelino Kubitscheck, Carvalho Pinto entre outros. Não por acaso a recente depredação dos palácios de Brasília foi prontamente associada ao ataque à democracia. Entretanto, a preservação dos bens modernos não recebe a mesma atenção do Estado. As relações entre a Arquitetura moderna e o patrimônio cultural constituem uma ampla frente de investigações. 

Para este eixo foram selecionados trabalhos que analisam a contribuição da Arquitetura moderna para o campo do patrimônio cultural, que identificam as relações entre Arquitetura e Estado, o inventário do patrimônio construído, registros dos profissionais envolvidos e o uso do seu capital simbólico.


EIXO 2 - ARQUITETURA E URBANISMO MODERNOS E OS NOVOS DESAFIOS DO SÉCULOS XXI

Comumente conectados a sua contemporaneidade, a Arquitetura e Urbanismo dialogam fortemente com as estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais em vigência. No entanto, essa conexão nem sempre contemplou a diversidade, a pluralidade e o multiculturalismo, sendo, inclusive, em alguns momentos de nossa história, instrumentalizados em prol dos interesses da elites econômicas em detrimento da coletividade. Por outro lado, destacamos que dentre as aspirações da Arquitetura moderna, destacavam-se a busca pela liberdade formal, a economia das construções e seu caráter social. Tratava-se de um projeto em diálogo com os ideais modernistas europeus, direcionados para as especificidades locais. Diversos arquitetos problematizaram e questionaram as possibilidades sociais da Arquitetura e do Urbanismo modernos no quadro do Estado e da sociedade brasileira. Para este eixo foram selecionados  trabalhos que contribuem para a ampliação de análises críticas sobre a Arquitetura moderna, avançando nos debates realizados pelos CIAM, pelas revisões críticas dos anos 1950 e pelos teóricos da pós-modernidade, congregando assim, uma abordagem em diálogo com os desafios que o século XXI coloca aos arquitetos e urbanistas. 


EIXO 3 - AS DIMENSÕES POLÍTICAS E SOCIAIS DA ARQUITETURA E DO URBANISMO NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO

A vanguarda histórica nas suas formulações de construção de um novo mundo, pretendeu tornar sua atividade arquitetônica, tanto política, como social. No Brasil, a arquitetura moderna, desde a sua origem, vinculou-se à construção do Estado-nação moderno com projetos de equipamentos sociais, infraestruturas e cidades. Nesse sentido, a dimensão social da Arquitetura e do Urbanismo modernos sempre esteve presente. As contradições do desenvolvimento nacional, sobretudo nas décadas de 1950 e 1960, agudizaram os debates sobre a dimensão social da arquitetura, conformando um dos períodos mais expressivos da produção teórica e profissional dos arquitetos urbanistas brasileiros. No debate internacional, as incertezas e limitações das ações políticas e dos resultados sociais da arquitetura moderna conduziram as concepções arquitetônicas a outras paragens. Sem examinar ou questionar esses novos caminhos, e já transcorridas décadas de toda sorte de revisões, há muitas necessidades sociais que, longe de serem atendidas, conheceram um grande agravamento. Necessidades, que a arquitetura e o urbanismo, podem auxiliar a mitigar, ou mesmo solucionar, sem imaginar, que outras disciplinas e mesmo a política não tenham um grande papel neste processo, como talvez, parte da vanguarda entendeu.  

Para este eixo foram selecionados trabalhos que verificam, analisam e exploram experiências passadas, onde a questão social da Arquitetura e do Urbanismo modernos motivava os projetos, bem como trabalhos que refletem sobre as possibilidades da (re)incorporação da dimensão social da Arquitetura e do Urbanismo na atualidade, quer do ponto de vista teórico, quer em termos de experiências, projetos e ações desenvolvidas nas últimas décadas.


EIXO 4 - AS TENSÕES ENTRE PÚBLICO E PRIVADO NA PRODUÇÃO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO MODERNOS E NA GESTÃO DO PATRIMÔNIO MODERNO

A historiografia sobre o Movimento Moderno tem apontado a contribuição da esfera pública e do ambiente privado na produção da Arquitetura e do Urbanismo. Contudo, nota-se que ainda se pode avançar em reflexões acerca dos meandros entre estes dois entes, que muitas vezes tiveram seus limites borrados no país.

Para este eixo foram selecionados trabalhos que analisam as tensões nas concepções de projetos modernos para os espaços da vida coletiva e da política, sejam de escala arquitetônica ou urbanística, e os atores sociais envolvidos; que explorem os conflitos contemporâneos sobre a salvaguarda da produção arquitetônico-urbanística do Movimento Moderno, problematizando as atitudes preservacionistas advindas de lógicas privadas de gestão que questionam ações atinentes aos ritos e práticas públicas; que contemplem estudos de casos, biografias de agentes preservacionistas do setor público e da iniciativa privada, e inventários de práticas de salvaguarda relacionadas às ações público-privadas.


Núcleo Docomomo São Paulo




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Even3 - R. Sen. José Henrique, 231 - Sala 509 - Ilha do Leite, Recife - PE



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Responsável

XV Seminário Docomomo Brasil

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xvseminariodocomomobr@gmail.com

@xvdocomomobr

 

Núcleo Docomomo São Paulo

www.nucleodocomomosp.com.br 

nucleo.docomomo.sp@gmail.com

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Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Endereço: Av. Trab. São Carlense, 400, Centro , Parque Arnold Schimidt, São Carlos / SP – Brasil

Telefone: +55 (16) 3373-9264


Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade de São Paulo

Endereço: Rua do Lago, 876, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo/ SP – Brasil

Telefone: +55 (11) 3091-4795



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