PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2013 A 2022

Publicado em 24/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1307-9

Título do Trabalho
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2013 A 2022
Autores
  • Vitória Cledna Ferreira de Melo
  • Maria Gleiciane de Queiroz Martins
Modalidade
Resumo
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
24/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xoutubroacademico/702197-perfil-epidemiologico-da-hanseniase-no-estado-do-rio-grande-do-norte--uma-analise-do-periodo-de-2013-a-2022
ISBN
978-65-272-1307-9
Palavras-Chave
Hanseníase, Lepra, Mycobacterium leprae, Doenças Negligenciadas, Perfil de Saúde.
Resumo
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos, podendo também afetar os olhos e órgãos internos. Para a classificação operacional da doença é considerado o número de lesões cutâneas, sendo a forma paucibacilar aquela em que há até cinco lesões de pele e a multibacilar os casos em que há mais de 5. Diferente da maioria dos estados da região Nordeste, onde houve uma tendência decrescente expressiva nos casos da hanseníase ao longo da última década, o Rio Grande do Norte apresentou alterações mais discretas nas notificações da doença no período analisado. Objetivos: Neste contexto, esse estudo visa descrever o perfil epidemiológico da hanseníase no estado do Rio Grande do Norte no período de 2013 a 2022. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa, desenvolvido a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), acessado em junho de 2023. As variáveis analisadas foram a frequência anual, sexo, faixa etária, raça, escolaridade e classe operacional. Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva. Por se tratar de uma pesquisa com dados secundários, não foi necessária à submissão do estudo para Comitê de Ética em Pesquisa ou Comissão Cientifica Local, de acordo com Resolução n° 510 de 2016 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados e Discussão: Foram notificados 2.653 casos da doença no período analisado, com frequência anual de tendência decrescente discreta ao longo da década, sendo a maior em 2013 (n = 322) e a menor em 2022 (n = 181). O perfil epidemiológico mais acometido foi caracterizado por indivíduos do sexo masculino (54,7%), da raça parda (57,7%), com idade entre 50-59 anos (20,4%), nível de escolaridade de 1ª a 4ª série incompleta (23,6%) e classe operacional multibacilar (63,9%). Os resultados estão em conformidade com a literatura presente em que a maior ocorrência no sexo masculino pode ser justificada pela soma dos fatores: pouca procura pelos serviços de saúde, baixo nível de autocuidado e ao limitado acesso a informações. A maior prevalência na população parda sugere relação com o processo histórico de colonização, enquanto o longo período de incubação do Bacilo de Koch justifica que pacientes acima de 50 anos sejam os mais acometidos. A classe operacional mais notificada como multibacilar pode indicar diagnóstico tardio. O nível de escolaridade também é fator determinante, uma vez que os menos instruídos são mais suscetíveis a doenças infecciosas, abandonam o tratamento precocemente ou não compreendem os receituários. Conclusão: Ocorreram casos de hanseníase no estado do Rio Grande do Norte no período de estudo. De acordo com as variáveis analisadas, o agravo acomete com maior frequência adultos do sexo masculino que se autodeclaram pardos. Fica evidente o caráter insidioso da doença pela sua expressividade persistente e grande número de diagnósticos tardios. Uma vez que a hanseníase figura entre as doenças negligenciadas no Brasil, faz-se necessário não apenas a continuidade, como a expansão das políticas públicas de combate à doença no estado, dando foco, principalmente, ao perfil epidemiológico apresentado, possibilitando redução mais significativa do número de casos e futura erradicação.
Título do Evento
X JORNADA OUTUBRO ACADÊMICO
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais do X Outubro Acadêmico - UNINTA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MELO, Vitória Cledna Ferreira de; MARTINS, Maria Gleiciane de Queiroz. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2013 A 2022.. In: Anais do X Outubro Acadêmico - UNINTA. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xoutubroacademico/702197-PERFIL-EPIDEMIOLOGICO-DA-HANSENIASE-NO-ESTADO-DO-RIO-GRANDE-DO-NORTE--UMA-ANALISE-DO-PERIODO-DE-2013-A-2022. Acesso em: 14/07/2025

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