A TRANSMISSÃO VERTICAL DA SÍFILIS NO CEARÁ, NOS ANOS DE 2018 A 2022.

Publicado em 24/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1307-9

Título do Trabalho
A TRANSMISSÃO VERTICAL DA SÍFILIS NO CEARÁ, NOS ANOS DE 2018 A 2022.
Autores
  • Livia Souza Lima
  • Carla Ívina Negreiro Dias
  • Maria Rita Ximenes
  • Paula Mariane Ferreira Neves De Almeida
  • Rocélio Silva Vieira
  • Vitória Gonçalves Silva
  • Maria Edileuda Liberato Portella
Modalidade
Resumo
Área temática
Pesquisa
Data de Publicação
24/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xoutubroacademico/691404-a-transmissao-vertical-da-sifilis-no-ceara-nos-anos-de-2018-a-2022
ISBN
978-65-272-1307-9
Palavras-Chave
Sífilis, Transmissão vertical, Prevenção
Resumo
Introdução: A sífilis congênita é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, a qual pode afetar diversos órgãos do sistema e é transmitida ao feto por via transplacentária. Em 2022, com bases nos dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Ceará (SESA), 1820 casos foram notificados de gestantes com testagem positiva para sífilis e também foi levantado que 1122 bebês nasceram com a infecção, representando, aproximadamente, um aumento de 30% para ambos os casos, em relação ao ano anterior. Nessa situação, é importante pontuar que a transmissão da sífilis ocorre por meio vertical, passando da mãe para o bebê durante a gestação ou durante o parto. Notoriamente, é possível destacar a extrema necessidade da testagem de sífilis em mulheres gestantes e em seus parceiros sexuais durante o primeiro e o terceiro semestre da gestação, para ser possível o início imediato do tratamento com penicilina benzatina (benzetacil), para assim, impossibilitar a passagem direta para o feto. Objetivos: O objetivo deste trabalho é analisar a relação entre o tratamento adequado, inadequado e não realizado e a ocorrência de casos da transmissão vertical da sífilis. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo de caráter observacional, com base na notificação dos casos confirmados de Sífilis congênita, no período de 2018 a 2022, no estado do Ceará. Foi utilizado como fonte de pesquisa o Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e o SESA. Resultados e Discussão: No Ceará, a transmissão vertical da Sífilis teve um aumento de 4,5% entre os anos de 2018 e 2022, sendo em 2020 o menor índice de realização do tratamento adequado para Sífilis em gestantes com 11,1%, seguido do ano de 2022 com 11,6% . Ademais, entre os anos de 2018 e 2021 somente 1.105 parceiros sexuais de gestantes aderiram ao tratamento recomendado pelo Ministério da Saúde, no entanto esse valor dobra para 2.265 ao referir-se aos casos de não adesão destes a terapia farmacológica. O esquema terapêutico recomendado é igual para a gestante e seu parceiro e inclui na Sífilis primária: Penicilina G Benzatina - 2.400.000 UI/IM. Na Sífilis secundária ou latente recente (menos de 1 ano de evolução): Penicilina G Benzatina - 2.400.000 UI/IM, repetindo a mesma dose uma semana depois. Já em caso de Sífilis terciária (com mais de 1 ano de evolução): Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI/IM, em 3 aplicações, com intervalo de 1 semana entre cada aplicação. Além disso, é importante que o médico oriente que as pacientes evitem relação sexual até que o seu tratamento (e o do parceiro com a doença) se complete para evitar casos de reinfecção. Tendo em vista essa análise, observa-se que o diagnóstico deve ser o mais precoce possível na gestação afim de alcançar melhores resultados no controle da infecção e na prevenção da Sífilis congênita, devendo realizar o teste VDRL (Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas) no primeiro trimestre da gravidez ou na primeira consulta, e outro no início do terceiro trimestre para detectar infecção próximo ao final da gestação. Ademais, deverá haver uma avaliação pela equipe de saúde a respeito do nível de conhecimento sobre a doença e sua testagem, afim de explicar e sanar possíveis dúvidas dos pacientes sobre os sintomas, os fármacos utilizados e efeitos colaterais, assim promovendo educação em saúde e sensibilizando os portadores a adesão e continuidade do tratamento adequado. Conclusão: Com base na discussão acerca dos resultados e diagnósticos, destaca-se a extrema importância do pré-natal como método de prevenção contra a sífilis congênita, pois, dessa forma, possibilita a iniciação imediata do tratamento, aumentando, assim, a taxa de eficácia no combate a transmissão vertical da infecção bacteriana. Por fim, a pesquisa realizada visou a difusão de conhecimentos acerca da transmissão via placentária da sífilis, e ressaltou a necessidade da realização dos testes no primeiro e terceiro semestre, como também, em casos positivos, a adesão por parte da gestante ao devido tratamento com penicilina benzatina, que varia conforme os estágios de evolução.
Título do Evento
X JORNADA OUTUBRO ACADÊMICO
Cidade do Evento
Sobral
Título dos Anais do Evento
Anais do X Outubro Acadêmico - UNINTA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LIMA, Livia Souza et al.. A TRANSMISSÃO VERTICAL DA SÍFILIS NO CEARÁ, NOS ANOS DE 2018 A 2022... In: Anais do X Outubro Acadêmico - UNINTA. Anais...Sobral(CE) UNINTA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xoutubroacademico/691404-A-TRANSMISSAO-VERTICAL-DA-SIFILIS-NO-CEARA-NOS-ANOS-DE-2018-A-2022. Acesso em: 19/07/2025

Trabalho

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