Título do Trabalho
TÍTULO: HISTÓRIAS NÃO-CONTADAS DA MATEMÁTICA COM O PET MATEMÁTICA E MEIO AMBIENTE
Autores
  • Marcos Pecly Menezes Filho
  • Vinícius de Souza Pontes
  • Vinicius Carneiro Araujo
  • Gisela Maria da Fonseca Pinto
  • Eulina Coutinho Silva do Nascimento
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Exatas e da Terra - Matemática
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/940018-titulo--historias-nao-contadas-da-matematica-com-o-pet-matematica-e-meio-ambiente
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
decolonialidade, matemática, história, etnomatemática, áfrica
Resumo
Título: Histórias Não-Contadas da Matemática com o PET Matemática e Meio Ambiente As contribuições matemáticas africanas têm sido tradicionalmente ocultadas das histórias contadas da Matemática, que valoriza e reconhece como produção científica prioritariamente o que foi registrado por europeus. Entendemos ser urgente que se desafiem tais perspectivas e que se corrijam preconceitos e estereótipos que frequentemente permeiam as narrativas acadêmicas e culturais. Em muitos contextos, a visão dominante (eurocêntrica) tem subestimado ou ignorado as realizações científicas e intelectuais de sociedades africanas, reforçando a ideia de que essas culturas não contribuíram significativamente para o conhecimento matemático, ou mesmo insinuando uma inferioridade intelectual. Em nossa pesquisa, temos o intuito de promover uma "decolonialidade do saber" através da relação entre pedagogia, decolonialidade e matemática, mostrando a matemática sob uma perspectiva não eurocêntrica. Segundo D’Ambrosio, a matemática é composta por cinco valores, entre eles o valor cultural, que destaca o fato de cada grupo possuir sua própria forma de contar, medir, classificar, inferir, raciocinar ou criar esquemas matemáticos. Esse conceito é denominado por D’Ambrosio (1993) como “forma de matematizar”. Nosso foco será justamente no valor cultural da matemática, analisando as diferentes formas de matematizar dos povos subalternizados, oprimidos ou esquecidos. Além do caráter humanizador de nosso trabalho, também buscamos destacar a importância da representatividade negra nas ciências. A representatividade é crucial, especialmente para jovens e pesquisadores oriundos de comunidades historicamente marginalizadas. Ver exemplos concretos de realizações matemáticas africanas pode ser profundamente inspirador, mostrando que a excelência matemática é universal e pode surgir de qualquer lugar. Isso desafia a percepção de que a matemática é uma área dominada por certas culturas ou nações. Neste resumo, abordaremos as seguintes contribuições: o osso de Ishango e o papiro de Ahmes. O osso de Ishango é uma ferramenta de osso que data do Paleolítico Superior, entre aproximadamente 20.000 a.C. e 18.000 a.C. Trata-se de uma fíbula de babuíno, com um pedaço de quartzo afiado incrustado em uma ponta, que possivelmente era usado para gravar ou escrever. Inicialmente, cogitou-se que o osso era utilizado para realizar contagens, devido a uma série de traços talhados em três colunas ao longo de seu comprimento. O osso de Ishango é reconhecido por muitos historiadores e pesquisadores como o mais antigo objeto matemático da história, devido à riqueza aritmética presente em suas marcas. As contagens no osso poderiam ter sido usadas para marcar as fases lunares ou os ciclos menstruais das mulheres. Já o papiro de Ahmes, datado de cerca de 1650 a.C., é um dos mais antigos textos matemáticos, contendo 84 problemas que abrangem diversos campos da matemática. Ele revela o conhecimento avançado dos egípcios em aritmética e geometria, sendo usado para resolver problemas práticos, como calcular áreas de campos, volumes de celeiros e proporções em construções arquitetônicas. Este documento refuta a ideia eurocêntrica de que estudos da matemática, como a geometria, surgiram na Grécia, mostrando que civilizações como a egípcia já desenvolviam conceitos matemáticos muito antes dos gregos. Isso evidencia que a matemática é um patrimônio global, desenvolvido por diversas culturas ao longo da história.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FILHO, Marcos Pecly Menezes et al.. TÍTULO: HISTÓRIAS NÃO-CONTADAS DA MATEMÁTICA COM O PET MATEMÁTICA E MEIO AMBIENTE.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/940018-TITULO--HISTORIAS-NAO-CONTADAS-DA-MATEMATICA-COM-O-PET-MATEMATICA-E-MEIO-AMBIENTE. Acesso em: 14/07/2025

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