ESTABELECIMENTO E A MANUTENÇÃO DE COLÔNIAS LABORATORIAIS DE CHRYSOMYA ALBICEPS E CHRYSOMYA MEGACEPHALA COMO SUBSTRATO PARA CULTIVOS EMBRIONÁRIOS IN VITRO

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1295-9

Título do Trabalho
ESTABELECIMENTO E A MANUTENÇÃO DE COLÔNIAS LABORATORIAIS DE CHRYSOMYA ALBICEPS E CHRYSOMYA MEGACEPHALA COMO SUBSTRATO PARA CULTIVOS EMBRIONÁRIOS IN VITRO
Autores
  • João Gabriel Ferreira Cabral
  • Marcella Dantas Carneiro Monteiro da Silva Barreto
  • Ana Clara Rodrigues Felix Da Silva
  • Mirian Cardinot
  • Bruna de Azevedo Baêta
  • Claudia Bezerra da Silva
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/936351-estabelecimento-e-a-manutencao-de-colonias-laboratoriais-de-chrysomya-albiceps-e-chrysomya-megacephala-como-subst
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
entomologia forense; cultivo celular; manutenção de colônia; artrópodes.
Resumo
Dípteros necrófagos são capazes de se adaptarem a ambientes antropogênicos, destacando-se na entomologia forense. Estudos in vitro vem sendo adotados em delineamentos experimentais, e o cultivo celular é considerado uma ferramenta alternativa. Dentre as linhagens celulares de artrópodes estabelecidas até o momento, poucas são provenientes de dípteros necrófagos. Este estudo objetivou o estabelecimento de colônias de moscas, a fim de disponibilizar células embrionárias para treinamento de isolamento, cultivo in vitro e propagação de linhagem celular. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Cultivo de Células da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (LCCH, UFRRJ) e no Laboratório de Hemoparasitos e Vetores (LHV, UFRRJ). Armadilhas de garrafas PET foram confeccionadas, e mensalmente foram postas em ambiente ao ar livre contendo vísceras de peixe como isca para captura de insetos. As armadilhas foram monitoradas e espécimes imaturos foram recuperados, bem como dípteros adultos. Os espécimes imaturos foram transferidos para recipientes com vermiculita visando obtenção de pupas. Adultos obtidos foram mantidos em gaiolas entomológicas individuais de polipropileno (27cm x 28cm x 42cm), em condições laboratoriais a 25±1ºC, com manutenção diária de oferta de água e solução de açúcar ad libitum. Foram identificadas através de chaves taxonômicas as moscas da família Sarcophagidae e das espécies Musca domestica e Chrysomya megacephala. As colônias de Sarcophagidae e Musca domestica foram descontinuadas em virtude de não constituírem o objeto de estudo deste trabalho, sendo o material obtido reservado para coleção entomológica. Para a colônia de C. megacephala, logo após a emergência, foi ofertado por 4 dias fígado de frango como substrato de proteína animal. No 11º dia, foi ofertado substrato putrefeito de carne bovina para oviposição. Nas tentativas realizadas, os dípteros não realizaram a postura de ovos, sucumbindo a perda desta colônia. Concomitante ao período de captura de insetos, iniciou-se o treinamento de isolamento de células embrionárias de artrópodes da espécie Rhipicephalus sanguineus cedidas pelo projeto AMA (UFRRJ), visando aptidão técnica e avaliação de adaptações do protocolo existente para o futuro cultivo de células de insetos, visto a escassez de dados na literatura para espécies de Chrysomya. As teleóginas foram higienizadas com lavagens em álcool (70%), hipoclorito de sódio (2%), clorexidina (4%) e solução de penicilina/estreptomicina com anfotericina B em água ultrapura estéril. Posteriormente, a postura de ovos foi induzida em placas de Petri, em estufa com demanda biológica de oxigênio (BOD) a 27°C e 80% de umidade relativa. Após 15 dias, os ovos coletados foram macerados e submetidos a meio L-15/MEM para estabelecimento de cultivo primário. Os cultivos foram monitorados semanalmente quanto à morfologia, viabilidade e proliferação. No primeiro mês, as células apresentaram morfologia alongada e mostraram aderência às superfícies dos frascos de cultura. No entanto, após três meses, foi observado um declínio significativo na viabilidade celular, assumindo formato mais arredondado e menor aderência, culminando na interrupção do cultivo devido à inviabilidade celular. Neste estudo, não se obteve sucesso na colonização de Chrysomya spp., porém foi estabelecido um protocolo para o cultivo primário de R. sanguineus, que poderá ser aprimorado em pesquisas futuras e adaptado para cultivo de células de dípteros. A continuidade dessas pesquisas é essencial para aperfeiçoar essas técnicas, objetivando estabelecer linhagens celulares estáveis de artrópodes em laboratório. Devido ao papel significativo como vetores de patógenos e sua relevância em investigações forenses, essas espécies oferecem um potencial inexplorado que pode ser essencial para novas estratégias de controle de vetores e para o avanço da biologia celular de dípteros.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CABRAL, João Gabriel Ferreira et al.. ESTABELECIMENTO E A MANUTENÇÃO DE COLÔNIAS LABORATORIAIS DE CHRYSOMYA ALBICEPS E CHRYSOMYA MEGACEPHALA COMO SUBSTRATO PARA CULTIVOS EMBRIONÁRIOS IN VITRO.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/936351-ESTABELECIMENTO-E-A-MANUTENCAO-DE-COLONIAS-LABORATORIAIS-DE-CHRYSOMYA-ALBICEPS-E-CHRYSOMYA-MEGACEPHALA-COMO-SUBST. Acesso em: 20/07/2025

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