Título do Trabalho
COCCIDIOS DE AVES SUBÓSCINES EM AREA DE VISITAÇÂO TURISTICA NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA
Autores
  • Juliana Xavier Garcia de Oliveira
  • Mariana de Souza Oliveira
  • Carlos Nei Ortúzar Ferreira
  • Bruno Pereira Berto
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Biológicas - Zoologia
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/934878-coccidios-de-aves-suboscines-em-area-de-visitacao-turistica-no-parque-nacional-do-itatiaia
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
Coccídios, Subóscines, Prevalência.
Resumo
As aves desempenham um papel crucial no equilíbrio ecológico, contribuindo para processos como polinização e dispersão de sementes. Entretanto, fatores ambientais e antropogênicos, como desmatamento e atividade turística podem impactar negativamente o ecossistema, promovendo ambientes não ideais para o bem-estar desses animais. Nesse sentido, em situação de estresse prolongado, o sistema imune das aves pode ser comprometido, facilitando o aparecimento de diversas doenças. Dentre essas patologias, se destacam os coccídios, parasitos intestinais que possuem um aumento da densidade e prevalência em decorrência da imunossupressão de seus hospedeiros. Esses microrganismos são transmitidos por meio da liberação de suas formas exógenas (oocistos) nas fezes, os quais esporulam no ambiente externo e tornam-se infectivos para serem ingeridos por outros hospedeiros suscetíveis. Os impactos a um ecossistema, como, por exemplo, as queimadas, o desflorestamento e a antropização estão correlacionadas a imunodepressão das aves silvestres e consequente aumento da densidade de seus coccídios. Portanto, a presença e quantidade de oocistos em amostras fecais de aves silvestres indicam indiretamente e precocemente as condições de saúde das aves e conservação de ecossistemas. Neste contexto, este estudo teve como objetivo investigar a prevalência e a densidade de coccídios em aves subóscines (subordem Tyranni) capturadas no Parque Nacional do Itatiaia (PNI), uma extensa área de intensa atividade turística e riqueza de paisagens e biodiversidade, avaliando por consequência os possíveis impactos antrópicos do turismo na saúde das aves e conservação do PNI. Foram coletadas amostras fecais de aves silvestres capturadas em três trilhas do parque, utilizando redes de neblina, durante três períodos diferentes nos anos 2023 e 2024. Esta metodologia foi autorizada pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), sob protocolo nº 84721. As amostras fecais coletadas foram transportadas para o Laboratório de Biologia de Coccídios (LABICOC) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Estas foram diariamente oxigenadas objetivando esporulação e, posteriormente, foram submetidas ao método de flutuação para recuperação e quantificação dos oocistos. Os resultados mostraram variações significativas na prevalência e densidade de coccídios entre as trilhas. No 2° Km da Travessia Ruy Braga, a prevalência foi de 54,3% e a densidade média de 2.883 OoPD (oocistos por defecação), enquanto que na Trilha das Borboletas a prevalência foi de 77,7% com densidade média de aproximadamente 463 e 76% de prevalência e 861 de densidade média na Trilha Vinícius de Moraes. Além disso, Sittasomus griseicapillus (2° Km da Travessia Ruy Braga), Platyrinchus mystaceus (Trilha Vinícius de Moraes) e Xiphorhynchus fuscus (Trilha das Borboletas) possuíram as maiores densidades parasitárias em cada coleta, sendo elas de 7077, 4891 e 1578 OoPD respectivamente. Cabe ressaltar que, dentre as espécies de aves da subordem Tyranii que foram capturadas em todas a coletas, somente Chiroxiphia caudata apresentou 100% de amostras negativas para oocistos coccidianos. Ademais, o gênero de coccídios mais encontrado foi Isospora, sendo esse o mais comumente observado em pássaros em geral. As diferenças observadas na prevalência podem estar relacionadas a fatores como o tipo de vegetação, altitude, e o nível de antropização, sendo a Trilha das Borboletas a de maior prevalência e o Km 2 da Travessia Ruy Braga a de maior densidade média. Em conclusão, este estudo ressalta a necessidade de um monitoramento constante das populações de aves e seus parasitos como bioindicadores e biomarcadores de conservação ambiental, especialmente em regiões de alta visitação turística.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, Juliana Xavier Garcia de et al.. COCCIDIOS DE AVES SUBÓSCINES EM AREA DE VISITAÇÂO TURISTICA NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/934878-COCCIDIOS-DE-AVES-SUBOSCINES-EM-AREA-DE-VISITACAO-TURISTICA-NO-PARQUE-NACIONAL-DO-ITATIAIA. Acesso em: 20/07/2025

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