Título do Trabalho
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICOLINESTERÁSICA IN VIVO DO COMPOSTOS ACRIDÍNICO LC-01 EM CAMUNDONGOS
Autores
  • Vitor Da Silva Pereira
  • Gabriella Almeida Ribeiro Nascimento
  • Tiago Lima Nogueira
  • Isabela Alzira Chaves Domingos
  • Gleyton Leonel Silva Sousa
  • Arthur E. Kummerle
  • Renata B. Lacerda
  • David do Carmo Malvar
Modalidade
Resumo
Área temática
Ciências Biológicas - Farmacologia
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/929710-avaliacao-da-atividade-anticolinesterasica-in-vivo-do-compostos-acridinico-lc-01-em-camundongos
ISBN
978-65-272-1295-9
Palavras-Chave
Anticolinesterásico; Efeito Parassimpático; Doença de Alzheimer; LC-01
Resumo
A acetilcolina (ACh) é o neurotransmissor encontrado nas junções neuromusculares, no sistema nervoso parassimpático (SNP) e de alguns neurônios do sistema nervoso central (SNC). Fármacos anticolinesterásicos inibem a acetilcolinesterase (AChE), aumentando a atividade colinérgica. Compostos anticolinesterásicos podem ser utilizados clinicamente como reversores de bloqueio neuromuscular induzido por drogas não despolarizantes, no tratamento da Miastenia Gravis e na Doença de Alzheimer (DA). A butirilcolinesterase (BuChE) é outra colinesterase que, em condições normais, não está envolvida na metabolização da Ach, entretanto pode participar ativamente na fisiopatologia da DA. Recentemente, o Laboratório de Diversidade Molecular e Química Medicinal da UFRRJ sintetizou um derivado tiossemicarbazônico hibridizado ao núcleo acridina (CL-01), em substituição ao núcleo tetraidroacridina da tacrina, que se destacou como inibidor da AChE e BuChE. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade anticolinesterásicos in vivo do composto LC-01. Para isso usamos camundongos machos da linhagem Swiss (25 a 30g), provenientes do Biotério de Criação de Roedores do Departamento de Ciências Fisiológicas/ICBS da UFRRJ (CEUA/ICBS Processo n. 04/2023). O efeito parassimpático do LC-01 foi avaliado no modelo de taxa de produção de lágrima. Neste modelo, a neostigmina (grupo salina/neostigmina) induziu um significativo aumento de 281,9% (0,61 ± 0,03 mg) na taxa de produção de lágrima quando comparado ao controle negativo (grupo salina/DMSO 5%: 0,16 ± 0,03 mg). Conforme esperado, o pré-tratamento com atropina reverteu completamente o efeito da neostigmina (grupo atropina/neostigmina: 0,20 ± 0,03 mg) sobre a taxa de produção de lágrima. Além disso, a neostigmina também induziu outros efeitos colinérgicos parassimpático (salivação) e motores (fasciculações), sendo apenas a salivação revertida pela atropina. Esse conjunto de resultado demonstra o sucesso na validação do modelo. Em seguida avaliamos o potencial do LC-01 em induzir aumento na taxa de produção de lágrima. O LC-01 (30, 100 e 300mg/kg) não alterou a taxa de produção de lágrima dos animais em nenhuma das doses avaliadas (0,17 ± 0,06; 0,15 ± 0,04 e 0,25 ± 0,07mg, respectivamente) quando comparado ao grupo controle negativo (0,18 ± 0,05). Diante da ausência do efeito do LC-01 sobre a taxa de produção de lágrima, o grupo pré-tratado com atropina não foi avaliado. Além disso, não observamos outros efeitos colinérgicos parassimpático (salivação) ou motor (fasciculações) nos animais tratados com LC-01. Esse conjunto de resultados demonstram que, nas doses avaliadas, o LC-01 não induz efeitos parassimpáticos, sugerindo que o composto não é um inibidor da acetilcolinesterase. Imediatamente após a avaliação do lacrimejamento, os animais foram eutanasiados para a coleta de sangue para avaliação da atividade de BuChE. O plasma foi processado e armazenado a -20oC até a determinação da atividade de BuChE. Temos previsão de realizar essa avaliação em outubro de 2024. Diante dos resultados parciais que dispomos e nas condições avaliadas, nossos dados demonstram que o LC-01 não é um composto capaz de inibir a enzima acetilcolinesterase. Dessa forma, podemos pressupor que o LC-01 não é capaz de induzir efeitos parassimpáticos ou sobre a placa motora. Precisamos aguardar os resultados do efeito do LC-01 sobre a atividade da butirilcolinesterase para definir se o composto tem algum potencial em melhorar a consolidação da memória, o que o colocaria como um composto interessante para o tratamento da Doença de Alzheimer.
Título do Evento
XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento
Seropédica
Título dos Anais do Evento
Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PEREIRA, Vitor Da Silva et al.. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICOLINESTERÁSICA IN VIVO DO COMPOSTOS ACRIDÍNICO LC-01 EM CAMUNDONGOS.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/929710-AVALIACAO-DA-ATIVIDADE-ANTICOLINESTERASICA-IN-VIVO-DO-COMPOSTOS-ACRIDINICO-LC-01-EM-CAMUNDONGOS. Acesso em: 08/11/2025

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