ESTRUTURA PRODUTIVA LOCAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UMA ANÁLISE DO PAPELO DO SEGMENTO DE O&G PARA A ECONOMIA FLUMINENSE ENTRE 2010 E 2022

ANA JULIA MENEZES MERLIM; Daniel Ribeiro de Oliveira

Título do Trabalho

Autores

ANA JULIA MENEZES MERLIM
Daniel Ribeiro de Oliveira

Modalidade

Resumo

Área temática

Ciências Sociais Aplicadas - Economia

Data de Publicação

22/04/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/926552-estrutura-produtiva-local-e-desenvolvimento-regional--uma-analise-do-papelo-do-segmento-de-og-para-a-economia-fl

ISBN

978-65-272-1295-9

Palavras-Chave

Cadeia produtiva, petróleo, desenvolvimento regional, Rio de janeiro.

Resumo

Desde de a década de 1930 o Brasil vem sofrendo modificações na estrutura produtiva impulsionadas pelo processo de industrialização, pelo qual objetivou-se a internalização da estrutura produtiva dos setores industriais e dos setores que foram considerados estratégicos para o crescimento econômico do país. Nesse contexto, o estado do Rio de Janeiro (ERJ) computava taxas de crescimento positivas, mas que contrastavam com sua menor participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e na redução da renda per capita no estado. As explicações para o processo de perda de importância econômica gradativa seguiram diversos caminhos que iam desde razões políticas (com a mudança da capital para Brasília em 1957) até as políticas fiscais. Com a descoberta da primeira grande reserva brasileira de petróleo na Bacia de Campos em 1970 que o ERJ iniciou um processo de crescimento culminando em seu protagonismo no setor industrial em 1990 (Silva; Cabral; Cabral, 2016). Todavia, sob a perspectiva econômica, entre 1980 e 1995 a trajetória do ERJ caracterizou-se por uma tendência ao esvaziamento econômico, como apontado em diversos estudos sobre desenvolvimento regional (Carvalho; Feijó; Freire, 2004). Logo, a relevância de estudos sobre as commodities do Setor de Óleo e Gás (O&G), tem valor histórico e econômico para o ERJ tendo em vista a abundância do recurso na região. O presente trabalho, portanto, possui o objetivo de contribuir com a discussão sobre a estrutura produtiva das atividades relacionadas ao Setor O&G com recorte nos anos de 2010 a 2022, pois ainda verificam-se gargalos e desafios ligados ao Setor O&G, como desigualdades regionais, questões regulatórias e políticas, constituindo-se, num importante caso a ser analisado. Para fundamentar a discussão sobre o desenvolvimento econômico de uma região e suas características, é preciso identificar a estrutura produtiva local e a estrutura ocupacional, pois a primeira avalia o produto da região e a segunda avalia o nível de empregos. Foi realizada uma análise quali-quanti com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), dispostos pela Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE 2.0), com a distinção das atividades em upstream e downstream no âmbito do Sistema Produtivo de O&G, sendo interpretados pelos cálculos do Quociente Locacional (QL) para verificar o grau de especialização em determinada atividade produtiva.Com a análise sobre cadeia de O&G percebeu-se que a indústria extrativa, a indústria de transformação (petroquímica) e a relação entre esses dois segmentos produz centralidade no que tange à estrutura produtiva regional e a geração de empregos. Isto é, observa-se que no ERJ há uma concentração de empregos nos setores de upstream e distribuição, que somam 60% do total de empregos gerados pelo sistema produtivo de O&G na economia fluminense. Tal constatação deve-se ao alto potencial de exploração e localização estratégica em que o ERJ se encontra, próximo de importantes terminais portuários e das principais refinarias, isso garante fornecimento constante com otimização logística. A partir dessa análise é possível concluir que a estrutura ocupacional do ERJ possui vantagens competitivas em âmbito nacional nos setores de upstream e downstream, enfaticamente, no recorte da extração, sendo este o segmento que apresentou um maior QL devido à grande reserva de petróleo no ERJ. Nesse sentido, a internalização da cadeia produtiva pretendida desde o início do Século XX e reforçada pelo Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) ainda não foi alcançada pelo ERJ. Ou seja, a geração de empregos está distante da potencialidade do Setor O&G, sendo imprescindível fortalecer, diversificar e desenvolver a economia regional. Por fim, tal internalização pode trazer aos setores inter-relacionados mais impulso, potencializando os ganhos de produtividade e aperfeiçoamento da estrutura ocupacional, resultando no maior desenvolvimento regional do ERJ.

Título do Evento: XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC 2024) & V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec 2024)
Cidade do Evento: Seropédica
Título dos Anais do Evento: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MERLIM, ANA JULIA MENEZES; OLIVEIRA, Daniel Ribeiro de. ESTRUTURA PRODUTIVA LOCAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UMA ANÁLISE DO PAPELO DO SEGMENTO DE O&G PARA A ECONOMIA FLUMINENSE ENTRE 2010 E 2022.. In: Anais da XI Reunião Anual de Iniciação Científica da UFRRJ (RAIC) e V Reunião Anual de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (RAIDTec): Transição energética: impactos ambientais e sociais. Anais...Seropédica(RJ) UFRRJ, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xi-raic-e-v-raidtec-ufrrj/926552-ESTRUTURA-PRODUTIVA-LOCAL-E-DESENVOLVIMENTO-REGIONAL--UMA-ANALISE-DO-PAPELO-DO-SEGMENTO-DE-OG-PARA-A-ECONOMIA-FL. Acesso em: 09/12/2025