O PROCESSO DE REFLEXÃO DA PRÁTICA DOCENTE: NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIAS NO PERCURSO DA ALFABETIZAÇÃO

Publicado em 11/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-410-9

DOI
10.29327/140280.1-14
Título do Trabalho
O PROCESSO DE REFLEXÃO DA PRÁTICA DOCENTE: NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIAS NO PERCURSO DA ALFABETIZAÇÃO
Autores
  • Lygia N. de Almeida
Modalidade
Sessões de Diálogos - Resumo Expandido
Área temática
CULTURAS ESCOLARES E FORMAÇÕES ÉTICO-ESTÉTICAS
Data de Publicação
11/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/375073-o-processo-de-reflexao-da-pratica-docente--narrativas-de-experiencias-no-percurso-da-alfabetizacao
ISBN
978-65-5941-410-9
Palavras-Chave
Narrativas autobiográficas. Metodologia ativas. Ensino Fundamental
Resumo
Lygia Nascimento de Almeida L190421@dac.unicamp.br Colégio Dom Aguirre/ Unicamp/Fe-Gepec-Grupad O presente texto faz parte do meu projeto de pesquisa no Mestrado da Faculdade de Educação- Unicamp e utilizo como metodologia a escrita narrativa. Gostaria de compartilhar minhas experiências com projetos desenvolvidos com as crianças em sala de aula em processo de alfabetização na modalidade Mostra de trabalhos pedagógicos: “Lavando a alma”. Sou professora-alfabetizadora da rede particular de ensino e leciono para alunos na fase de alfabetização com idade de 6 anos. Nas minhas narrativas, descrevo a importância das múltiplas linguagens na aprendizagem significativa de estudantes com ou sem necessidades especiais. Destaco, neste o, que muitos conhecimentos adquiridos ao longo da formação continuada me “cobravam” a (re)significação de minha prática. A escuta sensível e o envolvimento das crianças no plano de aula foram essenciais para proporcionar a elas uma educação integral, não apenas nos primeiros anos da aprendizagem da leitura e da escrita, mas uma educação para a vida. Assim, uma metodologia ressignificada de trabalho por meio das metodologias ativas pode favorecer a aprendizagem docente e discente, além de tornar a escola um espaço mais acolhedor para as crianças e estreitar os laços com a família. No entanto, essa narrativa revela a partir de minhas experiências que não se faz necessário grandes recursos materiais; mas a valorização do potencial das crianças, a (co)responsabilização delas, o envolvimento da família e a decisão de inovação do professor. Durante todo o processo de formação, seja inicial ou continuada, e ao longo de mais de 20 anos de atuação docente na Educação Infantil e na fase de Alfabetização, foi possível refletir sobre os processos de aprendizagem das crianças e, ao mesmo tempo, vivenciar as mudanças no meio educacional brasileiro no que se refere à estruturação da educação básica, prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (BRASIL, 1996). Um exemplo disso foi a entrada da criança de seis anos para o Ensino Fundamental, fase conhecida como escolarizante, com uma ênfase maior no início da alfabetização das crianças, tornando-se inclusive fonte de preocupações e críticas entre os pesquisadores (DEMO, 2013). Mudanças estas que provocam descontentamento em parte dos educadores, já que a criança passa a viver de fato uma fase escolarizante e, portanto, conteudista. Em razão disso, a autora do presente artigo tem buscado, em suas práticas de sala de aula, desenvolver experiências práticas que envolvam o lúdico, a autoria e a criação, atendendo às recomendações de Corsaro (2011), que destaca a necessidade de as crianças participarem ativamente na construção social da infância e na reprodução interpretativa de sua cultura compartilhada. Partindo desta premissa, faz-se necessário rever o espaço da sala de aula e ressignificá-lo enquanto espaço de aprendizagem, uma vez que as ferramentas tecnológicas mudaram a forma como essas crianças interagem com as mídias e como essas ferramentas influenciaram nas suas atitudes e brincadeiras, bem como no uso na apropriação da leitura e da escrita no contexto diário. Durante vários momentos de minha formação, ficou evidenciada a necessidade de organização de projetos que envolvessem os estudantes e a comunidade escolar. Em razão disto, desenvolvi ao longo de minha vida profissional alguns projetos com o intuito de inovação da prática escolar. No entanto, é importante ressaltar que a pedagogia de projetos não é considerada metodologia nova. A pedagogia de projetos surgiu com os defensores da “pedagogia ativa”. A exemplo deles, por exemplo, recorremos a John Dewey (1859-2010) que demonstra bem como a criação/execução de projetos no cotidiano escolar, especialmente no atual contexto, favorece a aprendizagem, visto que concebia a educação como um processo de vida e não uma preparação para a vida futura, e a escola aí, então, deveria representar a vida presente, tão real e vital para o aluno como a vida em casa, no bairro, na comunidade. A necessidade de criação de projetos surge da reflexão das práticas cotidianas, quando percebemos a falta de envolvimento dos estudantes pela sala de aula em virtude da falta de contextualização e atividades que pouco oportunizam o protagonismo dos estudantes. Com isso, nos colocamos a pensar no nosso papel enquanto educadores à medida que contribuímos para manter velhas estruturas. Assim, para envolver os estudantes como sujeitos protagonistas, penso que isso requer a mudança de algumas práticas, o que é possível por meio de projetos envolvendo os diferentes atores de modo a despertar o interesse e o comprometimento por parte dos envolvidos. A literatura sobre as metodologias ativas contempla projetos que destacam a aprendizagem enquanto participação ativa do sujeito, que formula problemas e os resolve, produzindo hipóteses e soluções, demonstrando ainda que o professor pode e deve oferecer mecanismos diferenciados de aprendizagem, mediando os conhecimentos e as relações. Enfim, a metodologias ativas oportunizam ao professor condições de avaliação diária de seu trabalho, possibilitando a sistematização coletiva das atividades escolares. Passemos, pois, ao compartilhamento de alguns desses projetos. Foi nesse intuito que durante a apresentação das minhas narrativas busco mostrar uma intencionalidade nas propostas capazes de provocar a abertura de outras descobertas na relação com os estudantes e as famílias de forma coletiva. Dessa forma pretendo na Sessão de Diálogos do X FALA OUTRA ESCOLA partilhar essas experiências potentes onde educadores, educandos e a comunidade escolar são protagonistas e autores desses projetos pedagógicos de aprendizagem. Palavras-chave: Narrativas autobiográficas. Metodologia ativas. Ensino Fundamental Referências ALARCAO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2011. ARAGÃO, A.M.F. Constituição da reflexividade docente. Indícios de desenvolvimento profissional coletivo. In: SÁ-CHAVES, Idália (Org.). Educar, investigar e formar: novos saberes. 1. ed. Aveiro: UA - Editora, 2014, v. 1, p. 198-213. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB: Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: Acesso em: 06 maio 2020. CORSARO, William A. Sociologia da Infância. 2. ed., Porto Alegre: Artmed, 2011. DEWEY, J. Arte como Experiência. São Paulo: Martins, 2010. ____ . Vida e Educação. São Paulo: Nacional. 1959a. LEITE, Lúcia Helena Alvarez, Pedagogia de Projetos: intervenção no presente. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, p. 24-33, 1996. PRADO, Guilherme do Val Toledo; FERREIRA, Claudia Roberta; FERNANDES, Carla Helena. Narrativas pedagógicas e memoriais de formação: escritas dos profissionais da educação. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 12, n. 26, p. 143-153, set./dez. 2011.
Título do Evento
X FALA Outra ESCOLA
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Fala Outra Escola
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

ALMEIDA, Lygia N. de. O PROCESSO DE REFLEXÃO DA PRÁTICA DOCENTE: NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIAS NO PERCURSO DA ALFABETIZAÇÃO.. In: Anais do Seminário Fala Outra Escola. Anais...Campinas(SP) UNICAMP, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/375073-O-PROCESSO-DE-REFLEXAO-DA-PRATICA-DOCENTE--NARRATIVAS-DE-EXPERIENCIAS-NO-PERCURSO-DA-ALFABETIZACAO. Acesso em: 03/05/2024

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