FORMAÇÃO CONTINUADA EM TEMPOS DE PANDEMIA: "O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA"

Publicado em 11/11/2021 - ISBN: 978-65-5941-410-9

Título do Trabalho
FORMAÇÃO CONTINUADA EM TEMPOS DE PANDEMIA: "O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA"
Autores
  • VERIDIANA DOS SANTOS ALMEIDA
  • Ana Cristina dos Santos Falcão
Modalidade
Sessões de Diálogos - Resumo Expandido
Área temática
CULTURAS ESCOLARES E FORMAÇÕES ÉTICO-ESTÉTICAS
Data de Publicação
11/11/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/xfalaoutraescola2021/374644-FORMACAO-CONTINUADA-EM-TEMPOS-DE-PANDEMIA--O-CONTO-DA-ILHA-DESCONHECIDA
ISBN
978-65-5941-410-9
Palavras-Chave
formação; formador; coletividade; ensino remoto.
Resumo
FORMAÇÃO CONTINUADA EM TEMPOS DE PANDEMIA: “O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA” Eixo Temático: CULTURAS ESCOLARES E FORMAÇÕES ÉTICO-ESTÉTICAS Ana Cristina dos Santos Falcão anafalcao@institutochapada.org.br Instituto Chapada de Educação e Pesquisa Veridiana dos Santos Almeida veridiana_almeida@hotmail.com Instituto Chapada de Educação e Pesquisa A formação continuada dos profissionais da Educação assim como outras dimensões do processo educativo, sofreram os impactos ocasionados pelo isolamento social imposto pelo advento da pandemia da COVID 19. Os encontros presenciais foram suspensos, surgindo assim a necessidade de reconfigurar os espaços, os tempos e principalmente os conteúdos formativos para atender uma demanda inédita vivida pelos municípios: A organização escolar para a oferta do Ensino remoto. No segundo semestre de 2020, o ciclo de formações iniciados pelo Instituto Chapada de Educação e Pesquisa - ICEP, no território do Agreste Litoral, reuniu Equipes Técnicas, Gestores Escolares, Coordenadores Pedagógicos e Professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental, anos iniciais e finais, para pensar coletivamente alternativas que apoiassem as Escolas frente aos desafios apresentados pelo contexto pandêmico. Os encontros aconteceram de forma remota, pela plataforma zoom e reuniu profissionais da Educação de diferentes municípios, transformando o espaço virtual numa rede colaborativa de estudo, discussão, planejamento, troca de experiências e tomada de decisão. Nesse contexto, o formador de professores precisou reinventar-se para promover em espaços formativos virtuais momentos de produção significativa. considerando o contexto, os sujeitos e os conteúdos que pudessem auxiliar o fazer pedagógico num momento de pensar a escola para além de seus muros. Munido da compreensão que resultou da escuta sensível, este profissional refletiu e criou condições, a partir da análise de situações comuns e recorrentes nos contextos em que estava atuando, para que seus grupos de trabalho pudessem encontrar alternativas a partir de discussões e da produção de conhecimento específico em colaboração (FRAUENDORF, 2018), no intuito de superar os desafios enfrentados pela Educação Pública nesse percurso. Os trabalhos propostos envolveram a discussão e a construção dos planos de ação emergenciais, a seleção de conteúdos prioritários, a qualificação das atividades remotas a partir do estudo, aprofundamento e adaptação de sequências didáticas, a adoção do trabalho com as questões socialmente vivas, a potência das tertúlias literárias e da mediação de leitura, a estruturação de instrumentos de avaliação, acompanhamento e registro das aprendizagens dos estudantes e a qualificação da interlocução com as famílias. Nessa perspectiva, o objetivo desse diálogo é promover uma discussão acerca dos desafios e das possibilidades que emergem com/na formação continuada no contexto pandêmico, quando se considera a potencialidade da reflexão coletiva para apontar caminhos e construir pontes em que se transitam pessoas, ideias e aprendizado em rede. (NÓVOA, 2019) Nesse percurso formativo rumo à uma “ilha desconhecida” uma analogia ao conto de José Saramago (1997), o formador também foi se constituindo, enquanto um dos sujeitos da formação, na experiência de si e “aprendendo no mar”. (LA ROSSA, 1994). A analogia ao conto de José Saramago será o fio condutor dessa conversa. Essa reflexão nasceu da identificação do formador com o personagem que vai em busca de adquirir um barco para partir rumo a uma ilha que não se sabe se existe, mas que se tem certa convicção de estar lá em algum lugar. Sem nunca ter navegado nesses mares, o personagem lança-se ao desafio de aprender no mar e revela, na relação construída com outros personagens a descoberta de sua própria ilha. Foi exatamente essa a experiência vivida pelo formador, em sua busca por ferramentas que assegurassem a formação sem perder de vista a peculiaridade dos contextos e a reflexão sobre a prática. Nos colocamos a navegar, apenas com a certeza de que aprenderíamos com a travessia e na relação dialógica com nossos pares, que nos fez descobrir nossa própria ilha, desvelada na troca incessante de ações coletivas direcionadas a concretização de um trabalho para resguardar o direito de aprendizagem de crianças, jovens e adultos, principais tripulantes dessa embarcação. O percurso do diálogo será a tematização de resultados do trabalho coletivo, da reflexão sobre a prática e acerca da ressignificação de saberes para garantir melhores condições de aprendizagem no contexto remoto, apresentadas enquanto ações que subsidiaram a determinação de formadores, gestores escolares, e professores rumo a “Ilha” desconhecida que nos fez sair de nós mesmos, descobrir quem somos e viver a experiência potente dos encontros com nossos pares. A experiência do formador diante deste cenário, ratifica a processualidade de sua formação. A reflexão sobre sua própria prática e a compreensão aprofundada das especificidades dos seus contextos de atuação são premissas para que siga construindo práticas de planejamento, organização, avaliação, elaboração de estratégias e de registros que façam avançar o estudo e o intercambio entre professores, coordenadores, gestores, equipes técnicas de forma a impactar positivamente as condições de aprendizagem dos estudantes. (CARDOSO, 2014). Essa condição de formador em constante formação, que discute, interage, escuta, propõe, medeia, ao mesmo tempo que observa, coleta informações e aprende com seus grupos, caracteriza um processo de construção de conhecimento, que numa dada experiência ganha um certo nível de consistência e de consciência, pronta a ser abalada novamente pelas forças emergentes e distintas que constituem os processos formativos permeados, por diferentes subjetividades e modos de subjetivação (PEREIRA,2016) A percepção é de que sua atuação necessita ser autoavaliada constantemente, mediante a premissa geradora de movimento, de ação reflexiva e mobilizadora, que gera transformação qualitativa dos quadros locais que seguirão atuando enquanto formadores intermediários dos profissionais da rede de ensino. Nesse sentido, ressaltamos a importância da formação do formador, que também precisa considerar o que pensam e como se organizam os sujeitos que habitam os espaços formativos. O estudo e a discussão sobre as práticas, as dúvidas e as necessidades das redes são materiais de análise, compreensão e proposição para apoiar esses atores no enfrentamento das complexidades do ato educativo, principalmente em momentos inusitados como vivemos recentemente. Essa articulação foi fundamental para que nessa experiência que estamos compartilhando, o formador pudesse proporcionar mobilizações necessárias à construção coletiva do conhecimento para subsidiar as tomadas de decisão e os resultados que presenciamos no decorrer do ano letivo de 2020, considerando todas as dificuldades expostas pelo momento atual. Compreendemos então todo esse processo como a construção de pontes que nos levam e nos aproximam INTRA e INTER territorialmente abrindo inúmeras possibilidades e encadeando o poder criativo e emergente do coletivo na busca por uma educação pública de qualidade e na luta pela garantia do direito de aprender. Palavras-chave: formação; formador; coletividade; ensino remoto. REFERÊNCIAS CARDOSO, B. et al (Org.). Ensinar: tarefa para profissionais. Rio de Janeiro: Record, 2014 FRAUENDORF, Renata Barroso de Siqueira. A voz de uma professora-formadora que se inventa e reinventa a partir da/com/na escola. 2016. 1 recurso online (170 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/321129>. Acesso em: 04 jun. 2021. LARROSA, Jorge. “Tecnologias do eu e educação”. In: Silva, Tomaz Tadeu. O sujeito da educação. Petrópolis: Vozes, 1994, p.35-86 NOVOA, Antonio. Os Professores e a sua formação num tempo de metamorfose da escola. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 44, n. 3, p. 1 - 15, 2019. PEREIRA, Marcos Villela. Estética da professoralidade: um estudo crítico sobre a formação do professor. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2016.
Título do Evento
X FALA Outra ESCOLA
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Fala Outra Escola
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

ALMEIDA, VERIDIANA DOS SANTOS; FALCÃO, Ana Cristina dos Santos. FORMAÇÃO CONTINUADA EM TEMPOS DE PANDEMIA: "O CONTO DA ILHA DESCONHECIDA".. In: Anais do Seminário Fala Outra Escola. Anais...Campinas(SP) UNICAMP, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/xfalaoutraescola2021/374644-FORMACAO-CONTINUADA-EM-TEMPOS-DE-PANDEMIA--O-CONTO-DA-ILHA-DESCONHECIDA. Acesso em: 25/04/2024

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