PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E SUAS POSSIBILIDADES DE (RE)SIGNIFICAR MODOS DE EXISTÊNCIA

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Fanor
Título do Trabalho
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E SUAS POSSIBILIDADES DE (RE)SIGNIFICAR MODOS DE EXISTÊNCIA
Autores
  • LUIZE LARA GOMES DE VASCONCELOS
  • Samuel Victor Moreira Venceslau
  • TERESINHA SEVERIANO ROGÉRIO CAMPOS
  • Beatriz Lima Mattei
  • Carlos Eduardo Esmeraldo Filho
  • Raphael Oliveira Lourenço
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/30110-PSICOLOGIA-COMUNITARIA--E-SUAS-POSSIBILIDADES-DE-(RE)SIGNIFICAR-MODOS-DE-EXISTENCIA
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Comunidade. Psicologia. Fatalismo. Naturalização. Libertação.
Resumo
Partindo da vivência de inserção em uma comunidade do Monte Castelo, bairro da cidade de Fortaleza no Ceará, durante a disciplina Psicologia Social e Comunidades, o presente trabalho se constitui uma presentificação da práxis como processo humano no qual caracteres subjetivos e objetivos tornam-se codependentes em uma relação dialética, em que discutiremos categorias como fatalismo, natuzalização e libertação conforme as prerrogativas da psicologia Comunitária que dialogam com os relatos colhidos durante o trabalho de intervenção. Por meio da perspectiva do realismo crítico que se constitui como uma postura política, epistemológica e metodológica, adentramos na comunidade referida onde, partindo da escuta dos moradores, empreendemos uma articulação teórica por meio de uma revisão bibliográfica acerca dos conceitos de “fatalismo”, “naturalização” e “libertação”. após perceber Percebemos que após falarem sobre necessidades da comunidade, grande parte dos moradores referia-se à violência no local como “algo que acontece em todo lugar” e que “não tem jeito”. O fatalismo não significa dizer uma apatia com a visão de mundo do sujeito, e sim uma reação a uma realidade que parece ser incontrolável, com a qual não há mais valor ou sentido em se envolver afetivamente, pois só irá ocasionar mais sofrimento aos indivíduos vencidos pelo cansaço. Para Martin-Baró, o fatalismo se manifesta no processo cognitivo (crença de que a realidade é imutável), nos processos afetivos (buscar não se afetar para evitar sofrimentos “desnecessários”) e nos comportamentos (resignar-se diante da realidade considerada imutável). Desta forma, a visão coletiva fica danificada, ou seja, o fatalismo passa a se associar, em segunda instância, ao individualismo. Tendo a esperança de gerir e mudar a realidade vencida por consecutivas tentativas frustradas, resta a formulação de leis e modelos explicativos ou a tomada da realidade vivida como natural desvinculando-a de todo o contexto histórico e social que levou a instauração da situação. Aos agentes externos inseridos na comunidade, estudantes de psicologia, como facilitadores do processo de organização comunitária, cabe articular meios para o reavivamento da consciência histórica da comunidade evidenciando as potencialidades presentes naquele contexto, buscando a organização comunitária como ferramenta para a libertação. Essa libertação somente é possível rompendo com a naturalização por meio da conscientização crítica das relações de poder, com o fortalecimento dos grupos, vencendo juntos as concepções puramente individualistas alimentadas pelo fatalismo e retroalimentadas por ele, já que a libertação é um processo histórico e coletivo. E essa libertação é também da própria psicologia, que deve se munir de recursos teóricos e práxicos adaptado aquela realidade específica. Além dos aspectos relacionados à consciência, também deve ser buscada uma forma de potencialização dos afetos de maneira a recuperar ou fomentar a vitalidade e o poder pessoal dos moradores a fim de que possam agir coletivamente em prol das necessárias mudanças, se tonando assim, protagonistas da realidade que vivem.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

VASCONCELOS, LUIZE LARA GOMES DE et al.. PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E SUAS POSSIBILIDADES DE (RE)SIGNIFICAR MODOS DE EXISTÊNCIA.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/30110-PSICOLOGIA-COMUNITARIA--E-SUAS-POSSIBILIDADES-DE-(RE)SIGNIFICAR-MODOS-DE-EXISTENCIA. Acesso em: 26/04/2024

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