AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS COINFECÇÕES VIRAIS NAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E BACTERIOLÓGICAS DA HANSENÍASE

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
Faculdade DeVry | Ruy Barbosa (Campus Paralela)
Título do Trabalho
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS COINFECÇÕES VIRAIS NAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E BACTERIOLÓGICAS DA HANSENÍASE
Autores
  • Alice Bonfim de Santana
  • Anselmo de Santana Souza
  • Paulo Roberto Lima Machado
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/30039-AVALIACAO-DA-INFLUENCIA-DAS-COINFECCOES-VIRAIS-NAS-MANIFESTACOES-CLINICAS-E-BACTERIOLOGICAS-DA-HANSENIASE
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Hanseníase, coinfecção viral, desfecho clínico.
Resumo
Introdução: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa prevalente na cidade de Salvador-BA e considerada doença negligenciada. Tendo como agente etiológico o Mycobacterium leprae, suas principais formas clínicas são os polos tuberculóide (lesões cutâneas geralmente anestésicas, e isoladas) e lepromatoso (lesões cutâneas mais graves, disseminadas e comprometimentos sistêmicos), no entanto, formas clínicas intermediárias podem estar presentes. A presença das coinfecções por HIV, HTLV-1, HBV e HCV em indivíduos hansênicos pode conduzir a uma manifestação clínica mais exuberante da hanseníase. Portanto, um estudo que investigue como esta problemática acontece faz-se necessário para que se possa descrever os principais desfechos clínicos desenvolvidos por esses pacientes. Esse estudo contribuirá para melhor compreensão do problema por parte dos profissionais de saúde, melhor acompanhamento dos indivíduos coinfectados e detecção precoce de complicações graves da doença. Metodologia: Estudo transversal realizado com pacientes infectados pelo Mycobacterium leprae, atendidos no Ambulatório Magalhães Neto integrado do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), entre novembro de 2015 e julho de 2016. Foram analisados prontuários médicos dos dois grupos de pacientes (coinfectados e não coinfectados) para avaliar as características clínicas (forma clínica, lesões cutâneas, alterações neurais periféricas, carga bacilar, surtos reacionais agudos tipos I e II, recidiva, neurite, neuropatia silenciosa e comprometimento da função neural), uso de poliquimioterapia (PQT), idade e sexo. Para a análise estatística foram utilizados o teste exato de Fisher para comparar frequências; e teste não-paramétrico de Mann-Whitney para análise de variáveis contínuas. Resultados: Este estudo avaliou 16 indivíduos com hanseníase, sendo 4 com coinfecções virais e 12 sem coinfecções. O sexo feminino foi de 75% e 33,3% nos grupos dos coinfectados e sem coinfecção, respectivamente. A média de idade entre os dois grupos foi similar (44 anos no grupo de coinfectados e 46 no grupo sem coinfecção). O tempo de uso de PQT, carga bacilar, apresentação de lesões cutâneas, dor à palpação de nervo periférico, espessamento de nervo periférico e desfechos clínicos não apresentaram diferenças significantes entre os dois grupos. No entanto, a alteração de sensibilidade local foi mais frequente nos indivíduos coinfectados (p = 0.003). Discussão: A Hanseníase ou Lepra é uma infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta principalmente pele e nervos periféricos. Suas formas clínicas são definidas de acordo com a interação imunológica entre bacilo e hospedeiro. Além das formas estáveis de apresentação da doença, existem as manifestações intermediárias borderline-tuberculóide, borderline-borderline e borderline-lepromatosa. A hanseníase, também pode apresentar-se em suas formas indeterminada e neural pura. Possíveis complicações da doença, possivelmente são desencadeadas por alguns fatores de risco como forma multibacilar (MB), alto índice baciloscópico (IB), implementação da PQT e presença de co-infecções virais. A prevalência de infecções virais pelo HIV, HTLV-1, HBV e HCV em áreas endêmicas para hanseníase ou o inverso, vem aumentando o quantitativo de pessoas coinfectadas, fato que poderá promover a exacerbação das manifestações clínicas exuberantes da hanseníase e de seus desfechos. Devido ao pequeno número amostral, não foi possível observar diferenças estatísticas em algumas variáveis. Contudo, o estudo se encontra em andamento. Conclusão: Houve uma frequência maior de indivíduos coinfectados com alterações de sensibilidade local comparada com a de pacientes monoinfectados. Este achado pode estar relacionado com a influência da infecção viral na resposta imune e nas manifestações clínicas associadas à infecção por M. leprae.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

SANTANA, Alice Bonfim de; SOUZA, Anselmo de Santana; MACHADO, Paulo Roberto Lima. AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS COINFECÇÕES VIRAIS NAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E BACTERIOLÓGICAS DA HANSENÍASE.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/30039-AVALIACAO-DA-INFLUENCIA-DAS-COINFECCOES-VIRAIS-NAS-MANIFESTACOES-CLINICAS-E-BACTERIOLOGICAS-DA-HANSENIASE. Acesso em: 26/04/2024

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