A SATISFAÇÃO A PARTIR DOS MODOS DE TRABALHO: UMA LEITURA DA OBRA DE EDUARDO MARINHO

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
A SATISFAÇÃO A PARTIR DOS MODOS DE TRABALHO: UMA LEITURA DA OBRA DE EDUARDO MARINHO
Autores
  • José Carlos Alves Gomes
  • Jason Pereira da Silva Filho
Modalidade
Artigo
Área temática
Psicologia
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29980-A-SATISFACAO-A-PARTIR-DOS-MODOS-DE-TRABALHO--UMA-LEITURA-DA-OBRA-DE-EDUARDO-MARINHO
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Satisfação. Trabalho informal. Eduardo Marinho
Resumo
É comum ver como título de biografias, “vida e obra de fulano”, os termos ‘vida’ e ‘obra’ parecem indissociáveis, de modo que ao falar da relevância da vida de alguém, torna-se necessário falar dos resultados dessa vida, sua obra. Ou seja, seu trabalho, portanto, o contrário também é válido, visto que se formos falar sobre trabalho, seja em qualquer esfera, é preciso falar do seu contexto e das repercussões que ele acarreta à vida do trabalhador. Com o objetivo de pensar sobre a satisfação no âmbito do trabalho informal, foi escolhido o artista de rua Eduardo Marinho como exemplo para facilitar a dinâmica da pesquisa e a compreensão de como ela se dá, para tanto usando a pesquisa bibliográfica como técnica de coleta de dados, por ter como base livros, artigos científicos e documentários na área de psicologia do trabalho,e psicologia social do trabalho; e a análise do conteúdo como técnica de análise dos dados coletados. Com a análise do material levantado, percebesse que a maior parte dos estudos voltados para o trabalho informal, dão ênfase aos aspectos negativos envolvidos nessa prática. Sejam eles de cunho político-social, biológico, ou psicológico. Partindo da esfera sociopolítica, foi detectado que esse modo de trabalho tem uma atuação maior nos países mais pobres e nos em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Trazem a tona a falta/escassez de leis e políticas públicas trabalhistas que os amparem; o número excedente da carga horária; chegando muitas vezes de dez a doze horas diárias; o salário baixo na maioria dos casos. Por não fazerem parte de organizações, e não terem acesso aos planos de saúde oferecidos por elas, e demais benefícios sociais, a grande maioria depende do sistema público de saúde; trabalham em ambientes insalubres, e apresentam problemas osteomusculares. Todos esses problemas apresentados, irão repercutir no psicológico desse profissional, resultando em estresse, ansiedade, insegurança e até alcoolismo. Esses são alguns dos exemplos mais frequentes em cada âmbito, que acabam se interligando. Então como sentir-se satisfeito em meio à essas situações? Poucos materiais falam a partir dessa perspectivas. Um deles é o documentário chamado “Os Escafandristas” que apresenta diversos profissionais da arte informal, e dentre eles, o Eduardo Marinho, que é pintor, “arteiro e escrevinhador”, segundo ele mesmo. Eduardo, que por muitos, é também considerado “filósofo de rua”, traz em seus desenhos e pinturas, reflexões sobre diversos assuntos que permeiam o nosso cotidiano, como a alienação midiática; reflexões políticas, e questões sociais. Diferente da maioria dos trabalhadores informais que tem/tiveram uma escolaridade baixa, nasceram em famílias de baixa renda, que por conseguinte trabalham em condições precárias, Eduardo Marinho vem de uma família abastada, é filho de um Coronel do Exército, estudou em boas escolas, trabalhou no Banco do Brasil ainda com quinze anos de idade, ingressou na carreira militar, e começou a faculdade de Direito. Abdicou de tudo para “viver uma vida que fizesse sentido”. Uma busca pela satisfação. Hoje, além de vender seus desenhos, ele é convidado a fazer palestras em diversos ambientes, desde palestras TED e universidades, à grupos culturais ou mesmo bares e ruas, nas quais não cobra nenhuma taxa. Nas palestras ele conta sobre a sua trajetória de vida, e sobre sua visão de mundo. Sempre com ideias pertinentes e incisivas, convidando as pessoas ao estranhamento, a reflexões. Assim como é impossível falar da vida sem falar da obra, é impossível falar sobre satisfação no trabalho sem falar sobre a relação desse termo com a vida, e os significados que esse trabalhador atribui a ele.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

GOMES, José Carlos Alves; FILHO, Jason Pereira da Silva. A SATISFAÇÃO A PARTIR DOS MODOS DE TRABALHO: UMA LEITURA DA OBRA DE EDUARDO MARINHO.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29980-A-SATISFACAO-A-PARTIR-DOS-MODOS-DE-TRABALHO--UMA-LEITURA-DA-OBRA-DE-EDUARDO-MARINHO. Acesso em: 24/04/2024

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