RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: QUANDO A FALTA DE CONHECIMENTO TRAUMATIZA

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: QUANDO A FALTA DE CONHECIMENTO TRAUMATIZA
Autores
  • Flaviane Albuquerque
  • Erick Alves de Albuquerque
  • Thamyris Vieira de Barros
  • TIAGO EMANOEL ALVES DA SILVA
  • Williny Gleisielly Nunes do Nascimento
  • Thaíse Torres de Albuquerque
Modalidade
Relato de Experiência
Área temática
Enfermagem
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29797-RELATO-DE-EXPERIENCIA-SOBRE-A-VIOLENCIA-OBSTETRICA--QUANDO-A-FALTA-DE-CONHECIMENTO-TRAUMATIZA
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Enfermagem Obstétrica. Gestação. Violência Obstétrica.
Resumo
INTRODUÇÃO: A terminologia Violência Obstétrica é utilizada para descrever e agrupar diversas formas de violência e/ou durante o cuidado obstétrico profissional. Inclui maus tratos físicos, psicológicos, e verbais, assim como procedimentos desnecessários e danosos para a gestante, parturiente ou puérpera. Uma em cada quatro mulheres sofreu ou irá sofrer violência obstétrica no Brasil, que incluem epidemia de cesarianas, erros médicos, procedimentos realizados de rotina sem conhecimento da gestante, direito do acompanhante negado e o desrespeito que envolve a autonomia do corpo feminino estão entre os fatores que colocam as parturientes em risco. É muito difícil para uma mulher reconhecer alguma condição de violência pela falta de conhecimento sobre estas situações. Muitas naturalizam os acontecimentos, sentem-se reprimidas quando notam algo que lhes incomodam e acabam passando a acreditar que os fatos são corriqueiros a todas as parturientes. Inegavelmente, o parto é um momento único e inesquecível na vida de qualquer mulher, do qual o cuidado pelos profissionais deveria ser singular e pautado no protagonismo da mulher, tornando-o mais natural e humanizado. OBJETIVO: Este presente estudo objetiva descrever sobre a reflexão da relevância dessa temática dentro do acompanhamento pré-natal, e aos relatos de mulheres e acompanhantes diante a violência obstétrica por falta de conhecimento prestado durante o acolhimento. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência oriundo da realização de ações de educação em saúde do Grupo de Extensão Maternidade Segura, “Ciência, Cuidado e Amor” do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP/DeVry), desenvolvido por acadêmicos de Enfermagem e Psicologia em Unidade de Saúde da Família (USF), abordados através de um grupo de gestantes com reuniões semanais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado que a maioria desconhecia o direito garantido ao acompanhante de sua escolha no decorrer de todo este processo, ficando a mulher vulnerável às intervenções profissionais e ás relações de desigualdade. Identificamos uma série de intervenções e induções do parto, muitas vezes desnecessárias. O aceleramento do parto, com episiotomias, o uso de ocitócitos, a redução de colo, e ruptura artificial de membranas, tornam a mulher coadjuvante em um momento em que deveria de ser a protagonista. Vale lembrar que, essas gestantes não recebiam orientações nos pré-natais anteriores quanto o tipo de parto mais apropriado para saúde da mulher e concepto, como seus direitos na parturição, e tão pouco tiveram oportunidade de conhecer a maternidade e os profissionais que as iriam assistir, contrapondo o proposto pela política de humanização ao pré-natal e parto. Então dessa forma, ressalta-se que a violência obstétrica é ainda pouco reconhecida enquanto um ato violento, e que as informações que toda gestante tem direito de saber ainda não são passadas da forma correta para elas. Diante disso e de alguns relatos de mulheres e acompanhantes visualiza-se a constante necessidade de acompanha-las e informa-las sobre o que é violência obstétrica, como pode ser caracterizada, e como agir diante dela, visando alertá-las enquanto a seus direitos e ao fim de relatos traumatizantes decorrentes a falta de conhecimento. CONCLUSÃO: Sendo assim, se faz necessário abordar os direitos da mulher durante a gestação, parto e pós-parto, especialmente nas consultas de pré-natal, onde se torna possível abordar diversas temáticas e, instrumentalizá-la como protagonista para a tomada de decisões no que se refere ao seu corpo e sua parturição, e que ela possa argumentar e denunciar qualquer situação de desrespeitos vivenciados durante a assistência obstétrica.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

ALBUQUERQUE, Flaviane et al.. RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: QUANDO A FALTA DE CONHECIMENTO TRAUMATIZA.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29797-RELATO-DE-EXPERIENCIA-SOBRE-A-VIOLENCIA-OBSTETRICA--QUANDO-A-FALTA-DE-CONHECIMENTO-TRAUMATIZA. Acesso em: 24/04/2024

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