EXEMPLIFICAÇÕES DOS TRAJETOS DE GÊNERO(S) NA MODA CONTEMPORÂNEA: A EXPRESSIVIDADE QUEER EMERGINDO COM O CICLO DA MODA

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
EXEMPLIFICAÇÕES DOS TRAJETOS DE GÊNERO(S) NA MODA CONTEMPORÂNEA: A EXPRESSIVIDADE QUEER EMERGINDO COM O CICLO DA MODA
Autores
  • Gustavo Henrique Vieira de Carvalho
  • Mário de Faria Carvalho
Modalidade
Artigo
Área temática
Design de Moda
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29504-EXEMPLIFICACOES-DOS-TRAJETOS-DE-GENERO(S)-NA-MODA-CONTEMPORANEA--A-EXPRESSIVIDADE-QUEER-EMERGINDO-COM-O-CICLO-DA-M
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
Teoria Queer, Moda, Contemporaneidade
Resumo
Este resumo apresenta parte dos resultados da Pesquisa de Iniciação Científica que é desenvolvida com financiamento do CNPQ, PIBIC/UFPE 2015-2016, a qual visa compreender as categorizações de gênero na moda contemporânea, a partir do estudo das criações de moda de estilistas contemporâneos(as) do Brasil e do exterior em evidência, expostas entre os anos de 2013 e 2015. Na Teoria Queer, ao afirmar seguramente a existência do diferente, do estranho, do queer, Judith Butler (1990) desconstrói padrões normativos e apresenta a possibilidade de seres humanos mais pluralizados em seus corpos, desejos, pensamentos e expressões. Dissociando gênero, sexo e sexualidade de uma condição natural ao indivíduo e demonstrando que estes fatores nem sempre se encontram em total concordância entre si. Compreende-se que são construções culturais, submetidas aos padrões de comportamentos heteronormativos que limitam a performance social. A perpetuação destes padrões numa heteronormatividade, embora ainda muito presente, é cada vez mais enfraquecida pela multiplicidade do contemporâneo, levando a uniformidade à decadência e tornando cada vez mais inviável ditar um único modo de ser e tornar invisível a existência do diferente. Na contemporaneidade plural, dinâmica e de muitas trocas de informação, a expressividade e subjetividade ganham força e passam a emergir cada vez mais. Ficam perceptíveis e afloram nos mais variados contextos sociais, em novos saberes, em diversos discursos, na política, ou seja, no cotidiano. Ao mesmo tempo, quanto mais presente fortemente esta expressividade, mais ela encontra resistência de partes conservadoras que tentam calá-la e podar as mudanças das estruturas sociais pela não aceitação destas novas dinâmicas, mantendo um status excludente e discriminador cada vez mais agressivo. Esta reação, porém, apenas fortifica a luta por uma sociedade mais inclusiva e solidária, com novas ideias sendo discutidas e difundidas e mostrando ser necessária, cada vez mais, a solidez dos discursos pós-estruturalistas. Surgindo na forma de comunicação e expressão, a moda se insere entre estes discursos como uma ferramenta de transformação e questionamento de padrões excludentes e afirma novos modos de existência. A moda, sempre presente diante de nossos olhos, é dos mais efetivos discursos por ser visível, aparente, uma forma de expressar, física e externamente, sentimentos coletivos. O vestuário não reveste apenas o corpo, mas teatraliza-o, mostra sua vitalidade ao fazê-lo reconhecido e comunicar seus desejos. Em seu movimento cíclico onde a atualidade inspira os estilistas e estes vestem a atualidade, percebe-se que a moda absorve o espírito do tempo e representa uma imagem do cotidiano existente ao mesmo tempo que pode, também, ser um agente influenciador de novos pensamentos. Seja nas passarelas, onde se encontra nas coleções uma abordagem mais aberta e livre, ousando ao trazer novas formas de enxergar o corpo ao romper com a definição binária, masculino/feminino. A moda revela claramente uma mensagem política quando um estilista expressa a assimilação das mudanças comportamentais das coletividades. Este fenômeno poderá ser rapidamente exemplificado através de desfiles de alta costura (Ronaldo Fraga e João Pimenta nas coleções de inverno 2016 na SPFW) e campanhas e peças lançadas para o grande público no fast fashion (C&A e Zara), além de pequenas considerações como editoriais e exemplos do dia-a-dia. Aborda-se, portanto, a forma como a moda se torna um instrumento de larga escala para expressar uma mensagem ao mesmo tempo em que dissemina novas maneiras de perceber o corpo e, concomitantemente, elimina os limites impostos normatizados, propondo a pluralidade.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

CARVALHO, Gustavo Henrique Vieira de; CARVALHO, Mário de Faria. EXEMPLIFICAÇÕES DOS TRAJETOS DE GÊNERO(S) NA MODA CONTEMPORÂNEA: A EXPRESSIVIDADE QUEER EMERGINDO COM O CICLO DA MODA.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29504-EXEMPLIFICACOES-DOS-TRAJETOS-DE-GENERO(S)-NA-MODA-CONTEMPORANEA--A-EXPRESSIVIDADE-QUEER-EMERGINDO-COM-O-CICLO-DA-M. Acesso em: 20/04/2024

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