MARCAS DE VIOLÊNCIA EM RELAÇÕES DE PODER, NO ÂMBITO DO PROJETO ESCOLA LEGAL: ANÁLISE DE DISCURSOS

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
DeVry | Unifavip
Título do Trabalho
MARCAS DE VIOLÊNCIA EM RELAÇÕES DE PODER, NO ÂMBITO DO PROJETO ESCOLA LEGAL: ANÁLISE DE DISCURSOS
Autores
  • Rodolfo Jarbas Leal Santiago Junior
Modalidade
Artigo
Área temática
Direito
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29310-MARCAS-DE-VIOLENCIA-EM-RELACOES-DE-PODER-NO-AMBITO-DO-PROJETO-ESCOLA-LEGAL--ANALISE-DE-DISCURSOS
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
DISCURSO, PODER, VIOLÊNCIA, CONVERSAÇÃO, ESCOLA
Resumo
Uma das principais marcas da humanidade é a produção de linguagem criativa. O potencial de enunciação da linguagem humana é dotado de plasticidade e se concretiza nas mais variadas modalidades comunicativas. É no âmbito da produção linguística oral que se insere este trabalho, que tem como norte a análise de práticas discursivas de sujeitos participantes de situações de mediação de conflitos escolares realizadas no âmbito do Projeto Escola Legal, coletadas no ano de 2014. O processo de comunicação, além de denotar plasticidade propositiva, promove uma esfera de produção de discursos que são (re)significados por sujeitos inseridos em esferas sociais que denunciam relações de poder. Os discursos veiculados nas situações comunicativas – linguísticas e orais – concretizam-se, ora em marcas da comunicação oral, ora em construções simbólicas discursivas, ambas relativas a pressupostos discursivos subentendidos ou não, mas muitas vezes (des)conhecidos pelos sujeitos ativos na situação comunicativa. A ideologia corrente manifestada na prática discursiva estabelece os limites e identidades dos sujeitos, mas também se manifesta nas práticas discursivas, modelando desde o mecanismo de trocas de turnos de fala à escolha de expressões que se apresentam no discurso como marcas de poder, próprias dos sujeitos falantes. Para que se imprimisse e se norteasse a prática de análise de discurso, foi necessário dialogar com diversas áreas do conhecimento. Visto que o corpus assumido é formado por produções orais de sujeitos em situação de mediação de conflito escolar, as abordagens da Análise da Conversação propostas por Marcuschi (1999) foram importantes para que houvesse a compreensão do mecanismo da conversação frente à produção de sentidos. A Sociolinguística, com Labov (1994), foi tomada como instrumento para propiciar a compreensão dos sujeitos falantes como indivíduos portadores de uma identidade social. Para estabelecermos o diálogo entre a Análise do Discurso e a Sociolinguística, foi necessário tomar emprestadas as reflexões de Fairclough (1989). As produções orais que serviram de corpus para esta análise com escopo teórico mais amplo anunciaram elementos por demais significativos como marcas discursivas que anunciam/denunciam comportamentos que refletem a relação entre poder e violência. Ora sutis, ora evidentes, essas marcas discursivas são oriundas dos entrevistados, mas também do entrevistador, uma vez que essas práticas dialógicas, segundo Marcuschi, apresentam-se como um conjunto de enunciações assimétricas, nas quais um dos participantes tem direito de exercer domínio, pressão e orientação em relação à fala do outro, cabendo ao entrevistado a maior fatia da passividade. Os objetos discursivos que serviram de tópico para essa análise foram, por parte do entrevistador, as interferências com reiteração de perguntas que anunciam descrédito em relação à resposta do entrevistado, e a reiteração da pergunta que promoveu ressignificação/reorganização das respostas dadas. Por parte do entrevistado, os objetos foram as respostas imediatas e concisas que denotam certeza, seguidas de reformulação/ampliação da resposta, e as respostas marcadas por pausas ou hesitações. Esses quatro elementos discursivos ajudam significativamente a entendermos as implicações das manifestações da dicotomia poder-violência que emanam de nossas práticas dialógicas e, também, já anunciam os pressupostos conversacionais ideológicos que se concretizam no ato da enunciação/conversação. A potencial proposição desses aspectos é um movimento que se volta para a reflexão sobre a própria discursividade, além de ampliar as veredas da reflexão científica sobre as construções simbólicas que reforçam um imaginário marcado por práticas de violência.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

JUNIOR, Rodolfo Jarbas Leal Santiago. MARCAS DE VIOLÊNCIA EM RELAÇÕES DE PODER, NO ÂMBITO DO PROJETO ESCOLA LEGAL: ANÁLISE DE DISCURSOS.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29310-MARCAS-DE-VIOLENCIA-EM-RELACOES-DE-PODER-NO-AMBITO-DO-PROJETO-ESCOLA-LEGAL--ANALISE-DE-DISCURSOS. Acesso em: 29/03/2024

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