DIREITO, CINEMA E ARTE: UMA HERMENÊUTICA DA DIGNIDADE HUMANA NO MITO MODERNO DE THOR

Publicado em 16/05/2016 - ISSN: 2238-2208

Campus
Faculdade DeVry | Ruy Barbosa (Campus Paralela)
Título do Trabalho
DIREITO, CINEMA E ARTE: UMA HERMENÊUTICA DA DIGNIDADE HUMANA NO MITO MODERNO DE THOR
Autores
  • Carolina Bitencour Rangel
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
Direito
Data de Publicação
16/05/2016
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/viimostradevry/29253-DIREITO-CINEMA-E-ARTE--UMA-HERMENEUTICA-DA-DIGNIDADE-HUMANA-NO-MITO-MODERNO-DE-THOR
ISSN
2238-2208
Palavras-Chave
MITO, DIGNIDADE, PRINCIPIO, POSTULADO.
Resumo
Numa sociedade historicamente marginalizada é possível notar o contraste entre traços identitarios desses grupos em relação aos traços culturais hegemônicos, essas populações acabam sendo atingidas pela exclusão estrutural. A política da dignidade humana baseia-se na ideia de que todas as pessoas são igualmente dignas de respeito. O sentido da igualdade, nessa política, é que todos os seres humanos são iguais em dignidade, ou seja, todos os seres humanos merecem ser respeitados porque possuem igual potencial de realização. Porém, em contrapartida há uma política da diferença elaborada por Charles Taylor onde seu fundamento ainda é um potencial universal, mas que cada pessoa tem para definir sua identidade e sua cultura. Desse modo, entende-se que a dignidade humana elencada na Constituição Federal como fundamento do Estado brasileiro deve ser compreendida como um postulado racional. Não como um princípio, tampouco como um valor. Um postulado racional sem conteúdo axiológico e que impõe à ordem jurídica e ao processo hermenêutico a consubstanciação das identidades durante a interpretação e aplicação das normas. Isso significa dizer que não há grupo, opinião, necessidade humana que valha mais ou menos do que outra. Alguns traços comunitaristas da Constituição Federal, notadamente o artigo 3°, possibilitam a sugestão de uma mudança de paradigmas, da política da igual dignidade para a política da diferença, onde o fundamento dos Direitos passa a ser o reconhecimento e a afirmação das identidades. E então, a partir desse contexto de mudança de paradigma social é que foi utilizada a metodologia de abordagem conhecida como Direito e Arte, explorando o mito moderno de Thor como ponto de partida para a discussão em fomento. Nesta metáfora estabelecida, Mjölnir, o martelo do deus do nórdico trovão possui a capacidade de escolher aquelas pessoas dignas de empunharem seu poder. Segundo a mitologia, o martelo foi criado por Odin usando um tipo especial de minério denominado “Uru” e além de todos os poderes que possui, ele é envolvido por encantamentos misteriosos. Com medo de que um objeto tão poderoso caísse em mãos erradas, de inimigos, criou-se uma espécie de magia em que, apenas pessoas com dignidade seriam capazes de obter a posse do martelo. Ficando explicito que a dignidade usada nesse contexto foi apenas um encantamento e, portanto, algo fictício para enganar aqueles que tentavam utilizar-se do poder do martelo para propagar o mal à humanidade. Visto que, não só aqueles dotados de possível dignidade tiveram acesso e conseguiram erguer o martelo, como aqueles que não se encaixariam no conceito dado sobre a palavra ou ação. Com o propósito de esclarecer e entender sobre a dignidade humana, foi feita uma comparação entre o conceito exposto no filme, pelo objeto encantado, com o conceito trazido pela constituição e por alguns autores, para que se chegasse ao questionamento final da possibilidade de haver uma mudança em pensar na dignidade como princípio ou entende-la como um postulado racional. Desse modo, o que se impõe é o reconhecimento essencial para a formação de sociedades livres, democráticas e apoderadas de respeito mútuo. Ou seja, onde a dignidade, o respeito e o reconhecimento possam caminhar juntos na construção de uma vida ética, possibilitando a formação de seres humanos livres e dotados da capacidade crítica de perceber a si mesmo sem distorções, opressões, injustiças ou imposições.
Título do Evento
VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

RANGEL, Carolina Bitencour. DIREITO, CINEMA E ARTE: UMA HERMENÊUTICA DA DIGNIDADE HUMANA NO MITO MODERNO DE THOR.. In: Anais da VII Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil. Anais... BELÉM, CARUARU, FORTALEZA, JOÃO PESSOA, MANAUS, RECIFE, SALVADOR, SÃO LUÍS, SÃO PAULO, TERESINA: DEVRY BRASIL, 2016. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/viimostradevry/29253-DIREITO-CINEMA-E-ARTE--UMA-HERMENEUTICA-DA-DIGNIDADE-HUMANA-NO-MITO-MODERNO-DE-THOR. Acesso em: 28/03/2024

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