{{viewModel.configuracaoAnais.tituloAnais}}

O Congresso Brasileiro de Educação (CBE) é um evento que se consolida como um dos mais importantes do país para discutir e debater as questões cruciais da educação brasileira. Ao longo destes anos, o CBE tem sido um espaço privilegiado para a troca de conhecimentos, a apresentação de pesquisas inovadoras e a construção de redes de colaboração entre pesquisadores, educadores, gestores e estudantes.

Em 2024, no cenário pós-pandêmico, vamos refletir e prospectar ações que considerem o papel/potencial do ensino e da práxis docente na humanização dos sujeitos, diante do contexto das atuais políticas públicas em educação. A escolha deste tema demonstra a nossa preocupação em acompanhar as transformações sociais, políticas e tecnológicas que impactam a educação, e em buscar soluções que atendam às demandas de uma sociedade cada vez mais complexa e diversificada.

A educação é o pilar fundamental para o desenvolvimento de um país mais justo, democrático e inclusivo, sendo também “[...] fenômeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias modalidades” (Libâneo, 2002, p.26). Por isso, o CBE se configura como um espaço de diálogo e construção coletiva, no qual poderemos compartilhar experiências, trocar ideias.

Foram 1.020 inscritos que vivenciam uma programação rica e diversificada: conferências, mesas-redondas, minicursos, apresentação de trabalhos (comunicação oral e pôster) e a mostra de Produtos Técnicos e Tecnológicos do Programa de Pós-graduação em Docência para a Educação Básica, que abordaram os mais diversos aspectos da educação. 

Não há como negar que durante as várias atividades desenvolvidas houve a defesa da escola pública de qualidade, laica e gratuita, como instrumento de transformação social, por meio de um sistema educacional mais justo e democrático, ou seja, a escola pública como direito de todos os cidadãos, independentemente de sua classe social ou origem; a escola como instrumento de transformação social, ou seja, não apenas como um lugar para transmitir conhecimento, mas espaço de formação de cidadãos críticos e conscientes, capazes de transformar a sociedade; a renovação pedagógica, sendo a busca por novas formas de ensinar e aprender, que fossem motivadoras para professores e estudantes. 

Nas palavras de Libâneo (2019, p. 54):

No contexto das disputas ideológicas no terreno das finalidades educativas, a hegemonia do modelo liberal impõe como finalidade educativa da escola a preparação de força de trabalho disciplinada associada à obtenção de rudimentos de cidadania, incluindo preparação para iniciativa e empreendedorismo. Nessa perspectiva, a educação escolar ocupa seu papel social de potencializar as capacidades dos pobres para sua inserção na economia, ao mesmo tempo em que contribui para amenizar problemas sociais que podem obstaculizar a expansão da globalização econômica capitalista.

Os textos que compõe os anais do CEB constituem um rico mosaico das reflexões e pesquisas apresentadas, no qual educadores, pesquisadores e gestores educacionais de diversas partes do país compartilham um vasto arcabouço científico, visando construir um futuro mais justo e equitativo para a educação. As contribuições aqui reunidas demonstram a vitalidade da área educacional e a busca constante por novas formas de ensinar e aprender, capazes de transformar vidas.

Boa leitura!

Referências:

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos para quê? São Paulo. Editora Cortez, 2002.

LIBÂNEO, J. C. Finalidades Educativas Escolares em Disputa, Currículo e Didática. In: LIBÂNEO, J. C. Em defesa do direito à educação escolar: didática, currículo e políticas educacionais em debate. Goiânia: Gráfica UFG, 2019.