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Apresentação
CRIANÇAS E INFÂNCIAS: demarcando um lugar nas pesquisas em educação nos contextos das Amazônias paraenses
As Amazônias paraenses, estendem seus braços para várias margens de rios, igarapés, mangais, florestas, ramais, vicinais etc. Deslocar o debate para essas realidades, que são partes do continente latino-americano, nos permite ver um processo de desigualdades sociais, tanto nos aspectos econômicos, culturais, ambientais entre outros, quanto, e, mais especificamente, na produção e circulação de conhecimentos em que a abordagem é feita pelas crianças e suas infâncias. Estas são sempre colocadas às margens, de modo mais especial, na relação sul e sudeste do país.
Nos espaços-tempos das Amazônias paraenses, as crianças vivenciam inúmeras formas de sociabilidade. Ora ocupam os rios, nas travessias do ir e vir entre igarapés e comunidades - ou até mesmo experienciar ficar de bubuia entre maresias ou na calmaria das águas dos remansos -, ora o palco são os ramais, mangais, terra, quintais; algumas vezes, esses espaços-tempos viram trajetos de variadas brincadeiras; outras vezes, é local de ir à escola, caminhando e parando em longas distâncias porque lá é o lugar de encontro, de aprendizagens e socialização de saberes culturais. Foi a partir do momento em que pesquisadoras e pesquisadores da região se encontraram, que passaram a olhar para as margens dos rios, das águas e a encharcar-se com frutíferas experiências e saberes de crianças que estão em diferentes margens e áreas fronteiriças das Amazônias. A partir desses encontros, começaram, cada vez mais, a procurar por fragmentos, indícios e vestígios da relação intrínseca de crianças com as águas amazônicas. Essa multiplicidade de vivências que as Amazônias paraenses, oferecem, motivou o I Seminário Internacional e II SEminário Nacional sobre Pesquisas com crianças e suas infâncias em territórios de águas. Esse encontro acadêmico, teve, como objetivos:
Refletir sobre o convívio das crianças com os cursos de águas, em suas formas de re(existências) e culturas infantis; em suas infâncias vividas e que ditam um processo educativo e patrimonial às comunidades ribeirinhas; sob um enfoque ou perspectiva marginal, como quem problematiza, educação escolar, fronteiras, territórios, vidas, cultura ribeirinha etc., o que, em grande medida, dialoga com a escola do campo;
Proporcionar espaço de diálogo e troca de experiências entre os docentes que atuam na educação infantil do campo e urbana, na perspectiva de qualificar o trabalho educativo frente aos desafios postos no trabalho cotidiano de crianças e professores;
Discutir sobre a qualidade da prática educativa exercida em turmas de educação infantil do campo e urbana da Amazônia paraense;
Assegurar formação continuada aos docentes da educação infantil do campo e urbana, em articulação com as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas no âmbito da Universidade Federal do Pará, potencializando a efetivação de boas práticas educativas;
Fortalecer a articulação do Ensino de Graduação, Pós-Graduação e atividades de extensão dos Campi Universitários da UFPA, especialmente pesquisadores envolvidos na pesquisa com crianças da Amazônia e com a Educação Infantil do Campo;
Construir uma rede de pesquisadores, em articulação com as equipes de gestores municipais e lideranças dos movimentos sociais das comunidades amazônicas das regiões Xingu, Baixo Tocantins e o Caeté, visando a difusão de conhecimentos sobre as infâncias do campo na Amazônia paraense.
Nesse sentido, o Seminário foi um espaço formativo por excelência, por tratar de questões inerentes às práticas educativas viabilizadas pelas pesquisas acadêmicas, cujo teor advêm do trabalho educativo/investigativo, no âmbito dos espaços-tempos e de convívio com crianças de territórios rurais-amazônicos, bem como das diversas interlocuções com sujeitos do campo, situados em territórios/comunidades rurais, praianas, assentados, ribeirinhos, quilombolas. No diverso amazônico e das experiências, o foco é a produção de conhecimentos dos fundamentos de uma gramática social e de uma pedagogia que contemple a existências de crianças nos territórios de águas, desde processos educacionais, culturais e de enfrentamento das desigualdades.
A sua presença, no evento, possibilitou-nos ampliar nossos horizontes e debates, o que certamente permitirá, ao coletivo, aprimorar ainda mais as temáticas abordadas - e novas, que surgirão -, na assertiva de visibilizar cada vez mais as crianças amazônidas e seus territórios.
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Responsável
Maria Natalina Mendes Freitas
Email: mnfreitas@ufpa.br
Coordenadora do Evento
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