EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA  IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE PARTO

Gabriel Ramos Da Silva; Vitoria Stephane de Souza Vale; Patrick Rodrigues grijo; Cássia Rozária da Silva Souza; Milaine Nunes Gomes Vasconcelos; Maria Prata

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Trabalho

Título do Trabalho

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE PARTO

Autores

Gabriel Ramos Da Silva
Vitoria Stephane de Souza Vale
Patrick Rodrigues grijo
Cássia Rozária da Silva Souza
Milaine Nunes Gomes Vasconcelos
Maria Prata

Modalidade

Trabalho Científico

Área temática

Eixo II: Formação profissional na área da saúde da mulher

Data de Publicação

15/04/2025

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/860224-evidencias-cientificas-das-estrategias-utilizadas-na--implementacao-do-plano-de-parto

ISBN

978-65-272-0809-9

Palavras-Chave

Pré-natal; Assistência de enfermagem; Parto humanizado; Obstetrícia; Educação em saúde

Resumo

Introdução: Na assistência obstétrica, o movimento de assistência humanizada emerge a partir da institucionalização do parto que outrora era conduzido pela mulher ou com o auxílio de uma parteira, mulher de confiança da mulher e passou a ser conduzido por profissionais de saúde, em ambiente desconhecido, longe de seus familiares, utilizando tecnologias e praticando procedimentos desnecessários (Vendrúsculo, 2015). Por isso, nos últimos 20 anos algumas estratégias vêm sendo implantadas buscando erradicar ou minimizar a violência obstétrica e os danos causados por ela. Dentre as estratégias, destaca-se o Plano de Parto, instrumento legal recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1996, objetivando nortear os profissionais para prática de uma assistência obstétrica segura em todo o mundo. Sendo o plano individual uma estratégia que vai contribuir durante o momento de maior vulnerabilidade, o trabalho, o parto e nascimento; considerando o pré-natal um momento oportuno para a construção do plano de parto, onde as gestantes expressam antecipadamente suas preferências e expectativas referentes ao cuidado que gostariam de receber durante o trabalho de parto e parto, considerando seus valores, desejos e necessidades pessoais.(Mouta, 2017) Para tanto é necessário que os profissionais busquem estratégias que possam proporcionar à gestante o entendimento do que é o plano de parto, o objetivo da construção dele e os benefícios que ele trará para o binômio. Nessa perspectiva justifica-se a necessidade da produção do conhecimento sobre participação dos profissionais dos serviços na construção do plano de parto, uma vez que é uma excelente estratégia no enfrentamento da violência obstétrica. Por outro lado, o estudo poderá identificar aos gestores as fragilidades que impossibilitam os profissionais dos serviços nesta construção, buscando traçar novas estratégias para melhorar a qualidade nos serviços, melhorando a qualidade na assistência obstétrica, salvaguardando a vida da mulher e seu filho (Silva, 2017). Sendo assim, o objetivo deste estudo teve como objetivo identificar na produção científica as estratégias utilizadas pelos profissionais para auxiliar a gestante na elaboração do Plano de Parto. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para composição do estudo foram incluídos artigos originais e textos completos gratuitos e disponíveis na íntegra, nos idiomas, português, espanhol e inglês, publicados entre 2018 e 2022, e excluídos, os artigos duplicados, com link expirado, anais de congresso, resumos expandidos de eventos, monografias, dissertações e teses. Os estudos foram selecionados em bases de dados reconhecidas no meio acadêmicos e científico por reunirem ampla literatura nacional e internacional, sendo elas: Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE). A produção do estudo teve início com a consulta dos descritores controladas no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Pré-natal; Consulta de Enfermagem; Parto humanizado; Obstetrícia; Educação em Saúde e no Medical SubjectHeadings (MeSH): PrenatalCare,, Humanizing Delivery.Também foram utilizados descritores não controlados (palavras chaves): plano de parto e plano individual. Para o refinamento do estudo optou-se pela utilização do operador booleano AND. As estratégias de busca ocorreram no período de maio a junho de 2022. Resultados e discussão: A análise dos estudos, norteou para a elaboração de duas categorias a saber: Educação em saúde: estratégia fundamental para as implementações do plano de parto e educação permanente como norteador dos profissionais dos serviços para a implementação do plano de parto. Educação em saúde: estratégia fundamental para as implementações do plano de parto. O plano de parto é um instrumento recomendado pela OMS e MS, possibilita uma boa experiência das mulheres durante a gestação e o parto, promovendo uma abordagem centrada na mulher e respeitosa de seus desejos e necessidades. É de caráter legal e com base científica que evidencia a importância do seu uso no processo de parturição. Ele deve ser elaborado durante a gestação, no período pré-natal. A educação em saúde é uma estratégia importante para sua implementação na atenção primária à saúde. Educação permanente como norteador dos profissionais dos serviços para a implementação do plano de parto. O plano de parto apresenta significativas e relevantes contribuições na atenção obstétrica e facilitando na conexão e comunicação com a equipe multidisciplinar envolvidos no processo, além de reduzir índices de violência obstétrica. Ele é um documento que necessita ser bem elaborado, para tal, é importante que os profissionais dos serviços tenham competências e habilidades para que possam auxiliar a gestante e seu acompanhante na construção do plano de parto. As evidências apontam a necessidade de educação permanente dos prenatalistas, haja vista o desconhecimento sobre o instrumento ou pouco conhecimento sobre ele; fragilidades em como abordar a gestante e incipiência de estratégias educativas para facilitar a compreensão dos participantes. A educação em saúde possibilita a aproximação dos usuários com os serviços de saúde, para tanto é necessário que haja uma linguagem clara buscando a compreensão do que quer ser compartilhado, não se trata de apenas ler, falar ou transmitir informações. É compartilhar com a usuária de modo que ela possa ter o entendimento, é o que se chama de letramento em saúde, na qual deve se considerar as habilidades cognitivas e sociais como determinante para a motivação e capacidade do indivíduo obter informações. Algumas estratégias são utilizadas para facilitar o entendimento da gestante sobre os processos fisiológicos do trabalho de parto, parto e pós-parto. Estratégias como aula dialogada, roda de conversa e oficinas para demonstrar como ocorrem os processos. Nesse sentido é importante que os profissionais busquem outras estratégias para aproximar a usuária dos serviços e fazê-la compreender todo o processo e a importância de sua participação. É através da educação em saúde quer seja coletiva ou individual que a mulher irá sanar todas as suas dúvidas, principalmente aquelas inerentes ao parto. Nota-se alguns fatores que dificultam a implementação de parto nos serviços de saúde como fragilidades na educação permanente e compromisso dos profissionais em querer se atualizar e querer colocar em prática os conhecimentos adquiridos com vistas a proporcionar o autocuidado por meio da educação em saúde, bem como reduzir as práticas de violência obstétrica. Estudos de Catissi (2021) evidenciou a falta de conhecimento dos profissionais quando questionados sobre o que era plano de parto, no entanto os profissionais conseguem identificar os benefícios deles. Conclusão: A violência obstétrica é uma questão de saúde pública e como tal devemos lançar mão de todas as ferramentas que possam minimizar ou quiçá erradicar essa prática. Nota-se que a violência obstétrica ainda é vista com naturalidade quer seja pelo agressor, por considerar suas práticas necessárias, quer seja para a vítima, que em um momento de grande vulnerabilidade, acredita que é necessário intervir. O plano de parto é uma ferramenta importante possibilitando o empoderamento da mulher e a autonomia sob seu corpo. Nesse sentido, o estudo evidenciou a importância da educação em saúde para a elaboração do plano de parto nos diversos níveis de complexidade, orientando a mulher e o acompanhante de sua escolha para auxiliar nesta construção, assim como, evidenciou a educação permanente como estratégias importante na implementação do plano de parto, através da capacitação dos profissionais dos serviços. Para tanto são necessários maior empenho por parte dos profissionais em buscar estratégias que facilitem a comunicação entre eles e a gestante, comprometimento da gestão superior em proporcionar educação em saúde para que estes profissionais se atualizem e entendam os processos, além do compromisso dos profissionais dos serviços em participar das capacitações quando ofertadas. Ressalta-se que mesmo sendo uma recomendação importante da OMS desde 1986, nota-se escassez de publicações nacionais e internacionais sobre o tema proposto, chamando a atenção para estudos realizados na região norte, provocando uma reflexão acerca da aplicabilidade do plano de parto.

Título do Evento: Seminário Internacional da RESM-LP
Cidade do Evento: Manaus
Título dos Anais do Evento: Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SILVA, Gabriel Ramos Da et al.. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE PARTO.. In: Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas. Anais...Manaus(AM) UDDAE - ESA/UEA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/860224-EVIDENCIAS-CIENTIFICAS-DAS-ESTRATEGIAS-UTILIZADAS-NA--IMPLEMENTACAO-DO-PLANO-DE-PARTO. Acesso em: 07/07/2025