DESAFIO DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM ACERCA DO CATETERISMO URETRAL EM MULHER ACOMETIDA POR PROLAPSO UTERINO

Publicado em 15/04/2025 - ISBN: 978-65-272-0809-9

Título do Trabalho
DESAFIO DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM ACERCA DO CATETERISMO URETRAL EM MULHER ACOMETIDA POR PROLAPSO UTERINO
Autores
  • Gabriela Rodrigues Viana
  • Giovana vitoriano
  • Júlia Aline Silva Oliveira
  • Kathelen Lima da Rocha
  • THATYANA BORGES MACHADO
Modalidade
Trabalho Científico
Área temática
Eixo II: Formação profissional na área da saúde da mulher
Data de Publicação
15/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/833509-desafio-de-academicas-de-enfermagem-acerca-do-cateterismo-uretral-em-mulher-acometida-por-prolapso-uterino
ISBN
978-65-272-0809-9
Palavras-Chave
Cateterismo uretral, Enfermagem, Prolapso Uterino.
Resumo
Introdução: O cateterismo vesical é uma técnica que consiste na introdução de um cateter no meato uretral, realizado em pacientes que necessitam esvaziar a bexiga. Durante esse processo pode haver intercorrências que vão desde a possibilidade de contaminação até uma condição clínica que requer cuidados mais específicos e assistência individualizada, como em casos de prolapso uterino. Frente a essas possibilidades, o enfermeiro deve ter uma elevada competência para realização da conduta correta, que exige conhecimento e habilidade. Quando se tem um quadro clínico com diagnóstico estabelecido, esse profissional necessita de embasamento científico e técnica para um desfecho satisfatório ao procedimento proposto, levando em consideração o cuidado a essa paciente, sua privacidade e sobretudo promovendo um acolhimento enraizado em conhecer tal circunstância a ponto de torná-la menos danosa. O Prolapso de Órgão Pélvico (POP) ou prolapso genital é uma patologia em que os órgãos pélvicos (bexiga, uretra, vagina, intestino delgado, reto e útero) perdem a sustentação dos ligamentos e se deslocam para o introito vaginal ou até mesmo o ultrapassam, ocasionando um desconforto, afetando a qualidade de vida. Cerca de 85% das mulheres com esse quadro têm diminuição parcial ou total da libido, 74% evoluem para anorgasmia e por fim 65,7% apresentam quadro de dispareunia, consequentemente diminuem as relações sexuais. No Brasil, nos anos de 2019 a 2023 foram registradas 159.329 internações por prolapso genital, sendo em 2023 o maior índice de prevalência de internações. Perante o prolapso uterino, o desafio da passagem do cateterismo vesical torna-se maior pela vulnerabilidade da paciente, suas queixas, sinais e sintomas, portanto demanda uma conduta de conhecimento e consequentemente acolhimento. Este estudo dispõem o objetivo sobre a importância do conhecimento do enfermeiro sobre o tema, e discussão de uma teórica de qualidade para os acadêmicos enfatizando as condições mais complexas como o prolapso uterino, para assim possibilitar uma prática correta do cateterismo urinário em qualquer situação na intenção de evitar complicações e promover uma assistência qualificada. Descritores: Cateterismo uretral, Enfermagem, Prolapso Uterino. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência com aspectos perceptivos, vivenciado por discentes de Enfermagem da Universidade Nilton Lins acerca do desafio do procedimento de cateterismo vesical de alívio em quadro clínico de prolapso uterino durante aula prática da disciplina de Semiotécnica II na unidade de internação de clínica médica de um Hospital público na cidade de Manaus-AM, no mês de março de 2023. Resultados e Discussão: O prolapso uterino, em geral, ocorre por diversos fatores como: envelhecimento, a partir de 40 anos, sendo prevalente em mulheres acima de 60 anos; pós menopausa, em decorrência dos níveis baixos de estrogênio; multíparas; partos por via vaginal, principalmente com períodos prolongados; obesidade; atividades que exijam alta pressão intra-abdominal como em casos de trabalhos que requerem levantamento de objetos pesados; constipação e tosse crônicas; gravidez; entre outros. É uma morbidade que tem repercussão significativa na qualidade de vida da mulher, causando impacto nos aspectos fisiológicos (incontinência urinária, infecção de repetição, diminuição da libido, dispareunia e predisposição a vaginoses), psicológicos (vergonha, constrangimento, abalo emocional e baixa autoestima) e sociais (dificuldade de convívio social, conjugal e até mesmo higiênico). Essa doença, muitas vezes, não é tratada e notificada, em razão de muitas mulheres esconderem o problema por vergonha e constrangimento, ou até mesmo por aceitarem que é uma condição natural do envelhecimento e dos partos vaginais. Em vista da multifatoriedade, os profissionais de enfermagem devem estar preparados para prestarem uma assistência de alta qualidade que atenda quaisquer perfis de mulheres e suas necessidades. Perante a vivência de aulas práticas, sob a perspectiva acadêmica, ao realizarmos o procedimento da passagem de cateterismo vesical de alívio frente ao estado clínico de prolapso uterino, proporcionou atuação significativa em nossa formação. Durante a realização do procedimento presenciamos uma paciente portadora de transtorno mental, de idade média, retraída, desacompanhada, e aparentemente assustada com a presença dos acadêmicos, demonstrando desconforto pelo número de pessoas. Nosso acolhimento foi relevante para o desfecho do contexto, a paciente manteve-se um pouco relutante e agitada frente a necessidade da retirada da fralda, foi essencial um trabalho em equipe, uma vez que foi necessária a imobilização de membros inferiores, visto que a mesma resistia em manter-se em posição ginecológica, impossibilitando o nosso contato e visualização da genitália, identificou-se a necessidade da redução do prolapso uterino de forma manual com o auxílio de gazes, nos permitindo a localização do meato uretral e por fim a passagem da sonda vesical de alívio. A conduta foi realizada com sucesso, propiciando coletar o material necessário para exames laboratoriais. O contato com esse cenário nos direcionou a uma problemática mais ampla do que até o momento nos tinha sido demonstrado, colocar em ação o que aprendemos em sala de aula, ante a patologia que nos impedia de realizarmos o procedimento, exigindo um maior nível de conhecimento, interatividade, empatia e segurança, visando proporcionar a paciente uma conduta correta e evitar manipulações que pudessem levar a uma possível complicação durante a realização do procedimento. Dentre os principais desafios que enfrentamos, destaca-se o fato de não ter sido apresentado variações de problemas para a dificuldade na passagem do cateterismo uretral. Ao defrontar com o contexto apenas no momento em que já estávamos diante dela nos colocava em uma posição de maior reflexão sobre o procedimento a ser realizado e de que forma deveríamos proceder. A partir dessa vivência, foi possível evidenciar que cada vez mais se faz necessário o contato dos acadêmicos com o campo prático, oportunizando a conduta, o que fazer e o que não fazer diante de determinados quadros. Dessa maneira, as trocas de experiências favorecem o desempenho das atividades visando a atuação profissional, ressalta-se que a supervisão de qualidade por parte da preceptoria teve papel essencial para os discentes, suas orientações e preceitos possibilitaram aos mesmos uma execução com mais segurança e efetividade. Conclusão: Conclui-se que a relevância do conhecimento da enfermagem no procedimento de cateterismo uretral é inegável, especialmente considerando sua relação com a eliminação urinária ante a problemáticas atípicas. Embora identifica-se um comodismo com o aprendizado da prática na padronização do serviço, enfrentamos dificuldades ao lidar com situações inesperadas, como achados significativos que dificultam a execução do procedimento. Essas dificuldades ressaltam uma possível falta por parte do ensino acadêmico, destacando-se a necessidade de uma abordagem mais holística e direcional. Ademais, é importante mencionar que apenas com conhecimento do procedimento, sem um aprofundamento de possíveis eventualidades, pode haver comprometimento da qualidade à assistência prestada.
Título do Evento
Seminário Internacional da RESM-LP
Cidade do Evento
Manaus
Título dos Anais do Evento
Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VIANA, Gabriela Rodrigues et al.. DESAFIO DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM ACERCA DO CATETERISMO URETRAL EM MULHER ACOMETIDA POR PROLAPSO UTERINO.. In: Anais do Seminário Internacional da RESM-LP: Núcleo Amazonas. Anais...Manaus(AM) UDDAE - ESA/UEA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/seminario-internacional-resm-lp-442281/833509-DESAFIO-DE-ACADEMICAS-DE-ENFERMAGEM-ACERCA-DO-CATETERISMO-URETRAL-EM-MULHER-ACOMETIDA-POR-PROLAPSO-UTERINO. Acesso em: 14/07/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes