CRÍTICA AMBIENTAL E FIM DA CIVILIZAÇÃO MODERNA NA LITERATURA PÓS-APOCALÍPTICA (1800-1950)

Publicado em 23/09/2022 - ISSN: 2237-8073

Título do Trabalho
CRÍTICA AMBIENTAL E FIM DA CIVILIZAÇÃO MODERNA NA LITERATURA PÓS-APOCALÍPTICA (1800-1950)
Autores
  • Igor de Mattia Buogo
  • Carlos Renato Carola
Modalidade
Pesquisa - Resumo Concluído
Área temática
Humanidades, Ciências e Educação - Literatura
Data de Publicação
23/09/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/sct2021/412476-critica-ambiental-e-fim-da-civilizacao-moderna-na-literatura-pos-apocaliptica-(1800-1950)
ISSN
2237-8073
Palavras-Chave
Pós-apocalipse, Modernidade, Crítica socioambiental
Resumo
Segundo Marshal Berman (1986), um rol de elementos geralmente conceitua a experiência da modernidade histórica no Ocidente, tais como as grandes descobertas científicas, a mudança de nossa imagem do universo físico, a explosão demográfica, as grandes revoluções e os ideais políticos que passaram a conduzir o campo social e intelectual das ideias, entre outros. Neste contexto histórico, em inícios do século XIX, desenvolveu-se na Europa um gênero literário que congregava elementos do apocalipse religioso e os secularizava, lidando particularmente com o “fim do mundo” e suas consequências póstumas, através de fatores como epidemias, mudanças climáticas, eventos cósmicos, etc. O gênero pós-apocalíptico, nesse sentido, pode ser vislumbrado em uma gama de autores pertencentes primeiramente ao romantismo, tais como Mary Shelley com a obra The Last Man, de 1826, e Lord Byron com o poema Darkness, de 1816, em que o poeta fala sobre o escurecimento do sol e a decadência da humanidade por meio do caos e do fogo que se seguiu ao evento. Ainda, tal gênero se perpetuou ao longo do tempo, alcançando o século XX com renovado vigor, principalmente quando considera-se as experiências traumáticas das guerras mundiais, o Holocausto, Hiroshima e Nagasaki e os temores de um iminente inverno nuclear no período da Guerra Fria. Além disso, é possível realizar uma leitura ambiental de tal literatura, uma vez que, de modo geral, ela lida com a destrutividade do planeta tanto no âmbito da humanidade como também da natureza, ou então trata a retomada da natureza em espaços urbanos, outrora ocupados pelo homem, que deixa de ser a espécie dominante após eventos cataclísmicos. Nesse sentido, o presente trabalho visa compreender historicamente o surgimento de tais visões do “fim do mundo”, por meio de alguns autores do período à qual chamamos de Modernidade. Nosso recorte envolve os anos 1820 até 1950, tratando brevemente bibliografias e discursos que envolvem autores como Mary Shelley, Richard Jefferies, Jack London e George R. Stewart. Compreendemos que os romances pós-apocalípticos do século XIX e XX tratam, se não o fim literal do mundo, o fim da civilização moderna e suas características em primeiro plano, realizando leituras críticas a respeito da exaustão de alguns de seus valores, tais como o domínio do homem perante a natureza, a civilização industrial, as revoluções políticas, entre outros.
Título do Evento
XII Semana de Ciência e Tecnologia
Título dos Anais do Evento
Anais da Semana de Ciência e Tecnologia (Universidade do Extremo Sul Catarinense)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BUOGO, Igor de Mattia; CAROLA, Carlos Renato. CRÍTICA AMBIENTAL E FIM DA CIVILIZAÇÃO MODERNA NA LITERATURA PÓS-APOCALÍPTICA (1800-1950).. In: Anais da Semana de Ciência e Tecnologia (Universidade do Extremo Sul Catarinense). Anais...Criciúma(SC) UNESC, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sct2021/412476-CRITICA-AMBIENTAL-E-FIM-DA-CIVILIZACAO-MODERNA-NA-LITERATURA-POS-APOCALIPTICA-(1800-1950). Acesso em: 06/10/2024

Trabalho

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