DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ENDOMETRITE SEVERA EM ÉGUA

Publicado em 18/02/2020 - ISBN: 978-65-990055-2-7

Título do Trabalho
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ENDOMETRITE SEVERA EM ÉGUA
Autores
  • Carol Gomes Baptista
  • TAYNÁ DOS SANTOS SANTANA
  • Rita de Cássia Lima Morais
  • Vera Lúcia Teixeira de Jesus
  • Dafny Oliveira Ribeiro
Modalidade
Relato de caso
Área temática
Reprodução Equina
Data de Publicação
18/02/2020
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Inglês
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/resumossirccerj/222093-diagnostico-e-tratamento-de-endometrite-severa-em-egua
ISBN
978-65-990055-2-7
Palavras-Chave
Endometrite, subfertilidade, infertilidade, citologia endometrial
Resumo
A indústria equina vem crescendo muito e cada vez mais busca-se soluções de problemas encontrados no intuito de aumentar eficiência reprodutiva nessa espécie. A endometrite equina é a principal causa de subfertilidade e infertilidade em éguas, causando um impacto econômico relevante. Tal patologia é a inflamação aguda ou crônica do endométrio uterino podendo estar associada a uma infecção microbiológica ou à outros fatores. O diagnóstico é realizado avaliando o histórico reprodutivo da égua, ultrassonografia trans-retal, citologia endometrial, cultura microbiológica e biópsia endometrial. Baseado na causa presente, existe na literatura relatos de vários tipos de tratamentos utilizados, como lavagem uterina, infusão intrauterina de medicamentos e outras substâncias, antibioticoterapia, antifungicoterapia (locais ou sistêmicos), uso de fármacos ecbólicos, entre outros. Pela importância de tal patologia, o objetivo do presente trabalho foi descrever um relato de caso sobre endometrite severa mostrando quais microorganismos foram isolados do útero da égua e o tratamento realizado. Para este estudo, foram coletadas amostras de uma égua da raça Mangalarga Marchador de 16 anos de idade, com escore corporal 9 (escala de 1-10), com histórico de sucessivos diagnósticos de gestações negativos, presença de fluido intrauterino com conteúdo ecogênico visualizado via ultrassonografia, ciclos estrais normais tendendo a ovulação dupla, cérvix normal, histórico de lavado de embriões positivo, porém com fluido de retorno purulento durante a lavagem de embrião. As amostras foram coletadas com auxílio da pinça de citologia endometrial equina onde foi acoplada uma escova ginecológica, de uso humano, para realizar o exame de citologia endometrial e um swab, para realizar exame microbiológico. As lâminas de citologia endometrial foram coradas com corante Panótico rápido e os swabs foram acondicionados em meio de transporte Stuart e enviados para posterior análise ao laboratório de Fisiopatologia da Reprodução Animal -UFRRJ. Foi observado que égua apresentou citologia endometrial com presença de mais de 5 neutrófilos por campo microscópico, caracterizando uma endometrite severa.. A cultura microbiológica e fúngica foram positivas, com crescimento de Klebsiella sp., bastonetes gram positivos não fermentadores e Candida sp. O antibiograma foi sensível a Ceftiofur; Gentamicina, Enrofloxacina, Amicacina. A partir desses resultados foi instituído para este animal o protocolo de tratamento de 6 dias composto por lavagens uterinas diárias de 1 litro de soro ringer lactato com DMSO 30% (nos 4 primeiros dias), infusão intrauterina de antibióticos (Gentamicina para infusão, 300 mg/ 100 ml, nos primeiros 3 dias) e antifúngico (Nistatina, 500.000 UI em 60 ml de soro ringer lactato, por 5 dias). Antibioticoterapia sistêmica a base de Amicacina (6750mg), Enrofloxacina (2000mg), e Gentamicina (1760 mg) todos intra-muscular durante 5 dias consecutivos. Também foi realizada a administração exógena de ocitocina (10 UI, i.m, a cada 6h durante todo protocolo), utilização oral de fluconazol (1g) por 40 dias e uso tópico na região vulvar e clitoriana de pomada a base nistatina. No próximo cio após o tratamento, a égua apresentou exames de citologia e de cultura microbiológica endometrial negativos, foi inseminada e a coleta de embrião foi positiva com fluído de retorno límpido. Concluindo assim que se deve dar a devida importância às endometrites já que são responsáveis por índices reprodutivos insatisfatórios e quando diagnosticadas corretamente, podem ter seu devido tratamento estipulado obtendo assim, maior êxito na resolução do problema.
Título do Evento
I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

BAPTISTA, Carol Gomes et al.. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ENDOMETRITE SEVERA EM ÉGUA.. In: Anais do I Simpósio Internacional de Reprodução, Clínica e Cirurgia Equina do Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Universidade Estácio de Sá (Estr. Boca do Mato, 850 - Vargem Pequena/RJ. CEP 22783-320), 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/resumosSIRCCERJ/222093-DIAGNOSTICO-E-TRATAMENTO-DE-ENDOMETRITE-SEVERA-EM-EGUA. Acesso em: 21/05/2024

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