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O tempo presente vem expondo desafios imprevistos para o exercício da profissão das historiadoras e dos historiadores, seja em âmbito do ensino, da pesquisa e do diálogo social de maneira ampla. Desde 2020, a experiência da pandemia do novo coronavírus se impôs, acompanhada das ameaças aos regimes democráticos, do acirramento das desigualdades sociais e da ampla visibilidade dos processos históricos de racismo e das lutas antirracistas, reposicionando, assim, o trabalho historiográfico contemporâneo. Neste sentido, desde a reflexão teórica à prática metodológica de tratamento dos documentos nos arquivos e à escrita, a História tem se voltado para reivindicar sua filiação aos testemunhos do passado para enfrentar todas as formas de negacionismo e seus usos políticos.

O XIII Encontro Regional Nordeste de História Oral, realizado entre 6 e 8 de outubro de 2021, em modalidade virtual, propôs como tema “Práticas antirracistas e narrativas inclusivas”, reafirmando seu posicionamento crítico e seu caráter dialógico, e convidando a comunidade historiadora a participar no debate com a proposição de conferências, mesas redondas, simpósios temáticos e minicursos.  A programação contou com apresentações culturais como Coco de Umbigada: Mãe Beth de Oxum; Ìtàn Omi: mitos das águas produzido pelo Terreiro Axé Talabi e Corpo Flecha performance de Ziel Karapató.

A História Oral se consolida, nessa conjuntura, enquanto espaço de escuta ética e epistemológica atenta às narrativas e as formas de conhecimento dos grupos e movimentos sociais que têm lutado por justiça, memória, reparação e direitos. Diante do cenário doloroso e de perdas inestimáveis, a Associação Brasileira de História Oral, por meio da Seção Regional Nordeste, se solidariza com as famílias enlutadas pela covid-19.

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