A REPRESENTATIVIDADE E A NEGOCIAÇÃO DE DISCURSOS: A ABORDAGEM DE FUNGOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS

Publicado em 12/10/2015 - ISBN: 978-85-5722-000-3

Título do Trabalho
A REPRESENTATIVIDADE E A NEGOCIAÇÃO DE DISCURSOS: A ABORDAGEM DE FUNGOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Autores
  • ALEXANDRE LUIZ POLIZEL
  • Naomi Neri Santana
  • Roseli Ana Venturini
  • André Luis de Oliveira
  • Ana Lúcia Olivo Rosas Moreira
Modalidade
Comunicação Oral
Área temática
As práticas e as aprendizagens interdisciplinares
Data de Publicação
12/10/2015
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/pibidsul/22187-A-REPRESENTATIVIDADE-E-A-NEGOCIACAO-DE-DISCURSOS--A-ABORDAGEM-DE-FUNGOS-NO-ENSINO-DE-CIENCIAS
ISBN
978-85-5722-000-3
Palavras-Chave
Fungos, Problematização, Discursos, Ensino de ciência, Pibid.
Resumo
A biologia como corpo conceitual, atua nas produções de mundo, bem como servem de fundamento para a produção de outros discursos. Um dos exemplos disso é a construção de filosofia higienista emanada a partir do século XIX, bem como a implantação do biopoder vinculado ao carimbo da “cientificidade”. Tais veiculações transitam nas instituições sociais atuais, e estão ligadas a negociação de discursos no ambiente educacional. Neste sentido o presente trabalho foi desenvolvido como atividade do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-Pibid-Biologia-UEM, tendo por objetivo analisar quais as negociações de discursos e representatividade das/os estudantes frente a temática de “fungos”. A dinâmica consistiu em uma sequência didática investigativa realizada em três sétimos anos de um colégio estadual do município de Maringá, Paraná, Sul do Brasil. A aplicação da sequência ocorreu em três horas aula, com base nas seguintes problemáticas: De onde vêm os fungos? Por que temos que estudá-los? Onde estes ocorrem ou não? Como podemos cultivá-los? Após tais levantamentos, os/as estudantes selecionaram locais de ocorrência ou não de fungos, realizaram coletas com palinetes estéreis, e semeadura em placas de meio de cultura Ágar batata (BDA). Para síntese final das discussões, foram confeccionados relatórios referente a temática, e um cartão postal que enviariam um amigo, da mesma idade, entretanto que resida em outro município. Não foi disponibilizado um roteiro para a escrita do postal, apenas solicitado a representação das aulas por meio de um discurso interessante sobre o assunto, para partilhar o conhecimento para alguém que não participou dessas aulas. Durante a aplicação foram realizados registros em diário de campo e realizada análise de conteúdo e categorização. Quanto a ocorrência de fungos foram estabelecidas duas categorias: a) a presença destes em espaços úmidos e sujos, provindo de uma ausência de limpeza e/ou trânsito de pessoas; b) a ausência destes foi relacionada a ambientes assépticos, e a ocupação de cargos hierárquicos (como a direção e/ou as/os professores). As ilustrações em postais foram categorizadas em dois grupos: a) a representação da diversidade fúngica, relacionadas a cogumelos, líquens e bolores; b) a representação humana ao aspecto de fazer ciência, relacionada a uma produção branca e dotada de instrumentais. A discussão por meio de problematizações durante a aula foi interessante, nas quais os/as estudantes participaram sem medos de interdição e de discursos utilizados: “eles vêm do pozinho do cogumelo”; “da para comercializar, comer, fazer remédios”. As representações dos estudantes frente aos estudos micológicos se relacionaram aos interesses culturais, utilitaristas e econômicos, demonstrando que a estes/as fazia sentido tal estudo. Quando o assunto transitava entre ambitos ao qual eram estabelecidos valores/notas, os mesmos preferiam copiar do livro com medo do erro, apontando neste montante a violência simbólica que deslegitima o discurso destes/as visto o não carimbo da cientificidade. Análise dos dados sugerem a problematização como um instrumental para a participação de forma organizada pelos estudantes, bem como a constante negociação de discursos. Foi evidente o relacionar de fungos pautando-se em uma visão higienista, quanto a ocorrência e utilitária quando tratava-se de necessidade de estudo.
Título do Evento
PIBID/SUL - PARFOR/SUL - ENLICSUL - 1º SEMINÁRIO REGIONAL PROESDE/LICENCIATURAS/SC
Cidade do Evento
Lages
Título dos Anais do Evento
Anais do PIBIDSUL / PARFORSUL / ENLICSUL
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
LinkObter o DOI

Como citar

POLIZEL, ALEXANDRE LUIZ et al.. A REPRESENTATIVIDADE E A NEGOCIAÇÃO DE DISCURSOS: A ABORDAGEM DE FUNGOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS.. In: 1º PIBIDSUL / PARFORSUL / ENLICSUL: impactos na formação docente inicial e continuada. Anais... Lages (SC): UNIPLAC, 2015. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/pibidsul/22187-A-REPRESENTATIVIDADE-E-A-NEGOCIACAO-DE-DISCURSOS--A-ABORDAGEM-DE-FUNGOS-NO-ENSINO-DE-CIENCIAS. Acesso em: 25/04/2024

Trabalho

Even3 Publicacoes