A MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA

Luciane Martins Alfradique

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Trabalho

Título do Trabalho

A MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA

Autores

Luciane Martins Alfradique

Modalidade

Resumo

Área temática

GT 5- Políticas Públicas, Saúde Mental, Educação e Medicalização (Coordenação: Dr. Davi Roque, Dra. Elisa Alcantara, Me. Luan Sávio)

Data de Publicação

03/05/2019

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/pesquisadorespoliticaspublicas/138482-a-medicalizacao-da-infancia

ISBN

978-85-5722-171-0

Palavras-Chave

Medicalização, infância, TDAH

Resumo

Buscaremos apresentar neste resumo, que faz parte de uma pesquisa de mestrado que está sendo realizada no curso de psicologia na UFRJ, a relação entre o fenômeno da medicalização na infância e o TDAH. No contemporâneo, diversas patologias vem ganhando visibilidade no campo da infância, e o TDAH tem sido o transtorno mental infantil mais diagnosticado e medicado nos últimos anos. O medicamento mais utilizado é o psicotrópico Metilfendato também conhecido como Ritalina ou Concerta. Tem sido cada vez maior o número de crianças categorizadas como portadoras de transtorno mental. Nesse novo paradigma, o sofrimento psíquico infantil encontra no remédio a promessa de controle e normalização de comportamentos considerados pela sociedade como desviantes,. A esse respeito Kamers (2013) atribuiu a medicalização como à principal maneira de “tratamento da criança”, além de um importante dispositivo de vigilância que a escola enquanto agente tutelar realiza sobre as crianças e suas famílias. A expressão medicalização, criada nos anos 1970, foi usada por Ivan Illich em seu livro “A expropriação da saúde: nêmese da medicina” para alertar sobre a ampliação e extensão do poder médico que passou a minar as possibilidades das pessoas de lidarem com os sofrimentos e perdas decorrentes da própria vida, transformando as dores da vida em doenças para o campo técnico (ROUDINESCO, 2000). O processo de medicalização tem como resultado naturalizar e transformar questões sociais construídas em questões biológicas. Nossa ênfase nesse trabalho investigar e refletir sobre a medicalização na infância e sua correlação como o TDAH, categoria diagnostica que transformou as dificuldades que envolvem a relação ensino e aprendizagem em o transtorno mental da infância mais diagnosticados e medicado nos últimos anos (SIVA, 2016). De acordo com Guarido; Voltolini (2009), a medicalização é o conceito que pode ser aplicado às diversas esferas da vida, associado a uma prática discursiva que revela a forte presença do saber médico no conjunto dos discursos sobre o homem sua natureza e sua vicissitudes Podemos pensar, que a prescrição de psicotrópicos especialmente na infância, parece fazer parte da lógica e do contexto que nossa sociedade está inserida, pois tem sido comum o discurso médico circular no âmbito leigo e consequentemente, tem recebido o estatuto de verdade absoluta. A Ritalina prescrita para crianças tem a função de controlar a hiperatividade e ajudar na função adaptadora por um certo período, em alguns casos é administrado no horário escolar, como estratégia para acalmar,enquadrar e aumentar o rendimento.

Título do Evento: I CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISADORES EM POLÍTICAS PÚBLICAS
Cidade do Evento: Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Nacional de Pesquisadores em Políticas Públicas
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ALFRADIQUE, Luciane Martins. A MEDICALIZAÇÃO DA INFÂNCIA.. In: Anais do Congresso Nacional de Pesquisadores em Políticas Públicas. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UERJ, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/pesquisadorespoliticaspublicas/138482-A-MEDICALIZACAO-DA-INFANCIA. Acesso em: 20/07/2025