O DIREITO INDÍGENA À OCUPAÇÃO DA TERRA NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE A CONSTRUÇÃO INTERPRETATIVA DO MARCO TEMPORAL A PARTIR DA SENTENÇA DO CASO XUCURU VS. BRASIL

Publicado em 10/03/2025 - ISBN: 978-65-272-1241-6

Título do Trabalho
O DIREITO INDÍGENA À OCUPAÇÃO DA TERRA NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE A CONSTRUÇÃO INTERPRETATIVA DO MARCO TEMPORAL A PARTIR DA SENTENÇA DO CASO XUCURU VS. BRASIL
Autores
  • Isabela Soares Bicalho
Modalidade
Resumo para Seminário de Pesquisa
Área temática
Direitos Humanos na América Latina
Data de Publicação
10/03/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/pensar-e-repensar/957899-o-direito-indigena-a-ocupacao-da-terra-no-brasil--um-olhar-sobre-a-construcao-interpretativa-do-marco-temporal-a-
ISBN
978-65-272-1241-6
Palavras-Chave
marco temporal. posse indígena. sistema interamericano.
Resumo
A Constituição Federal de 1988 marcou a proteção dos direitos indígenas, reconhecendo a diferença e reestruturando os direitos territoriais, com o art. 231 assegurando a proteção das terras indígenas. Em 2009, a tese do "marco temporal" surgiu no caso Raposa Serra do Sol, limitando a posse indígena às terras ocupadas na data da promulgação da Constituição. Contudo, em setembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal rejeitou essa tese no julgamento do Recurso Extraordinário n.º 1017365, reafirmando o caráter originário dos direitos indígenas. No cenário internacional, tratados e convenções reforçam essa proteção, como evidenciado na condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2021, por violar os direitos territoriais do povo Xucuru. A Corte enfatizou que o direito às terras indígenas vai além da posse civilista, considerando a relação cultural dos povos com suas terras. Este trabalho propõe analisar a sentença do caso Xucuru vs. Brasil e compará-la com os votos da Petição n.º 3.388 e do Recurso Extraordinário n.º 1017365, evidenciando como a Corte Interamericana influenciou a rejeição do marco temporal. A pesquisa qualitativa analisa precedentes do Sistema Interamericano e do STF, explorando divergências interpretativas sobre a ocupação indígena. Resultados preliminares apontam que, apesar da influência da Corte nos votos do STF, dissonâncias persistem na aplicação do direito originário para além das perspectivas ocidentais de propriedade e posse.
Título do Evento
IV Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina II Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Simpósio Internacional Pensar e Repensar a América Latina e do Congresso Internacional Pensamento e Pesquisa sobre a América Latina
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BICALHO, Isabela Soares. O DIREITO INDÍGENA À OCUPAÇÃO DA TERRA NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE A CONSTRUÇÃO INTERPRETATIVA DO MARCO TEMPORAL A PARTIR DA SENTENÇA DO CASO XUCURU VS. BRASIL.. In: Anais do simpósio internacional pensar e repensar a América Latina e do congresso internacional pensamento e pesquisa sobre a América Latina. Anais...Sao Paulo(SP) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/pensar-e-repensar/957899-O-DIREITO-INDIGENA-A-OCUPACAO-DA-TERRA-NO-BRASIL--UM-OLHAR-SOBRE-A-CONSTRUCAO-INTERPRETATIVA-DO-MARCO-TEMPORAL-A-. Acesso em: 07/12/2025

Trabalho

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