SOMOS O QUE COMEMOS: A CONTRIBUIÇÃO DO LEGADO COLONIAL PARA A CRISE DA SOBERANIA ALIMENTAR

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
SOMOS O QUE COMEMOS: A CONTRIBUIÇÃO DO LEGADO COLONIAL PARA A CRISE DA SOBERANIA ALIMENTAR
Autores
  • Luany Ferreira Marques
  • Leandro Henrique Laranjeiras
  • Monik Klein Da Silva
  • Victoria Motta de Lamare França
  • Pablo Victor Fontes Santos
  • Flavia Guerra Cavalcanti
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE)/Relações Internacionais
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/320062-somos-o-que-comemos--a-contribuicao-do-legado-colonial-para-a-crise-da-soberania-alimentar
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Soberania alimentar, colonialidade, modernidade
Resumo
Este trabalho parte da assunção de Mignolo (2017) de que a colonialidade é a parte indissociavelmente constitutiva da modernidade, o seu lado obscuro e necessário. Colonialidade esta primeiro conceituada por Aníbal Quijano enquanto a continuidade das dominações coloniais, no âmbito político e econômico, mesmo após o fim da colonização e ampliada posteriormente para a noção de colonialidade global, que abarca o ser e o saber. Assim, os alicerces da sociedade moderna/colonial se esforçam para dominar e capitalizar toda e qualquer instância das formas de ser e estar no mundo, incluindo a alimentação. A monocultura no campo reflete a monocultura no prato, e mais que nunca a alimentação dos povos de todo o mundo se vê monótona, fortemente padronizada, baseada em poucos tipos de alimentos e poucas formas de preparo. Essa padronização é antinatural e o atual sistema alimentar dominante é um dos fatores que mais contribui para a insustentabilidade no planeta (Benvegnú, V.C., y Manrique, 2020). A importância dessa pesquisa se dá pelo levantamento das consequências causadas pelo agronegócio à população brasileira, desde o impacto ambiental à insegurança alimentar. A destruição ambiental causada pelo agronegócio somada ao esvaziamento das políticas voltadas para a agricultura familiar contribuíram para um cenário em que a volta do Brasil à lista de países que compõem o mapa da fome é real, sobretudo em 2020. Além disso, a tentativa de revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira por parte do Ministério da Agricultura em setembro de 2020 aponta o direcionamento das políticas públicas aos interesses das grandes indústrias em detrimento da saúde da população, através da negação de evidências científicas em relação ao consumo de ultraprocessados e do impacto ambiental. Assim, o presente trabalho pretende traçar as raízes deste sistema e elucidar consequências atuais que são fruto dos padrões de colonialidade, através de uma pesquisa etnometodológica observando eventos históricos e recentes sob lentes decoloniais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENVEGNÚ, V.C., y MARINQUE, D. Colonialidade alimentar? Alguns apontamentos para reflexão. Mundo Amazónico, 11(1): 39-56. MIGNOLO, W. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais - vol. 32, n°. 94.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MARQUES, Luany Ferreira et al.. SOMOS O QUE COMEMOS: A CONTRIBUIÇÃO DO LEGADO COLONIAL PARA A CRISE DA SOBERANIA ALIMENTAR.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/320062-SOMOS-O-QUE-COMEMOS--A-CONTRIBUICAO-DO-LEGADO-COLONIAL-PARA-A-CRISE-DA-SOBERANIA-ALIMENTAR. Acesso em: 13/02/2025

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