O PAPEL DA PROFICIÊNCIA E DA MEMÓRIA NA CONCORDÂNCIA EM DEPENDÊNCIA SINTÁTICA DE LONGA DISTÂNCIA NA LEITURA DE FRASES EM L2

Douglas Limongi Costa; Daniela Cid de Garcia; Katharine de Freitas Pereira Neto Aragão da Hora

Título do Trabalho

Autores

Douglas Limongi Costa
Daniela Cid de Garcia
Katharine de Freitas Pereira Neto Aragão da Hora

Modalidade

Resumo apresentação oral padrão

Área temática

Centro de Letras e Artes (CLA)/Linguística

Data de Publicação

22/03/2021

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319962-o-papel-da-proficiencia-e-da-memoria-na-concordancia-em-dependencia-sintatica-de-longa-distancia-na-leitura-de-fr

ISBN

978-65-5941-128-3

Palavras-Chave

psicolinguística, memória de trabalho, leitura em L2, dependência sintática

Resumo

Compreender uma frase envolve combinar itens lexicais dentro de uma estrutura sintática. Estudos na área da Psicolinguística (Ribeiro, 2004, 2008, 2012; Magalhães & Maia, 2006) vêm analisando a preferência do leitor/ouvinte entre ligar novos itens lexicais ao sintagma que está sendo processado no momento ou ao sintagma mais alto na estrutura. De acordo com Wagers e Phillips (2013), algumas relações de dependência sintática são afetadas significativamente pela memória de trabalho na compreensão de sentenças. Por isso, para se fazer/perceber a concordância entre elementos distantes numa oração, são necessários processos de manutenção e de recuperação destes elementos. Ou seja, quanto maior a distância entre os itens que devem concordar, mais custo haverá para a memória de trabalho do leitor. Segundo modelos de processamento de leitura, leitores experientes devem ter a capacidade de reconhecer palavras de maneira automática e acurada, assim como de identificar unidades sintáticas (Kleiman, 2013). Essas etapas de reconhecimento lexical e de fatiamento sintático, essenciais para liberar memória e atenção do leitor para a compreensão do conteúdo proposicional, podem ser afetadas pelo nível de experiência em leitura e pelo nível de proficiência na língua. Como apontado por Khalifa & Weir (2009), leitores menos proficientes têm dificuldade já na etapa do reconhecimento de palavras na leitura em língua adicional devido à sua limitação de vocabulário e ao fato de não fazerem a conexão automática entre a palavra escrita e sua representação mental, como um leitor mais proficiente faria. O presente estudo tem como objetivo central analisar o fenômeno da dependência sintática de longa distância em leitura em aprendizes de inglês como língua adicional, procurando responder às seguintes questões: em orações com sujeito complexo (formado por um sintagma nominal modificado por um sintagma preposicional), a preferência do leitor é pela concordância do verbo com o SN mais alto ou com o elemento mais próximo? Essa preferência é afetada em função da proficiência na língua adicional? Para tanto, utilizamos, em nosso experimento, frases em que manipulamos a flexão de número do verbo, do elemento mais alto hierarquicamente (o núcleo do SN com função de sujeito) e do elemento adjacente ao verbo (o complemento do SP que modifica o núcleo do SN com função de sujeito). Para analisar a questão da proficiência na língua adicional, dividimos os participantes do experimento em dois grupos, sendo um deles composto por aprendizes em nível avançado e outro de nível básico. E, para precisar a proficiência de cada participante, medimos o tamanho de vocabulário de cada indivíduo utilizando o Vocabulary Levels Test (VLT), que se mostrou eficiente em estudos anteriores (Souza & Silva, 2015; Souza, Duarte & Berg, 2015) ao ser usado para medir a fluência no acesso lexical assim como no acesso ao conhecimento gramatical de falantes de língua adicional. Acreditamos que o grupo de nível avançado deve ter mais sucesso em identificar e rejeitar concordâncias agramaticais devido à maior disponibilidade atencional que terá em relação ao grupo de nível básico, que deve despender mais atenção e memória no reconhecimento lexical. Resultados nesse sentido contribuirão para indicar a interferência de fatores atencionais na acurácia do fatiamento sintático e para reiterar a importância da fase de decodificação para otimizar a compreensão do conteúdo proposicional durante a leitura. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS KLEIMAN, Angela. Texto & leitor: aspectos cognitivos da leitura. 15.ed. Campinas: Pontes, 2013. WAGERS, Matthew W.; PHILLIPS, Colin. Going the distance: memory and control processes in active dependency construction. The Quarterly Journal of Experimental Psychology. 2014, v. 67, n. 7, p. 1274-1304. WEIR, Cyril; KHALIFA, Hanan. A cognitive processing approach towards defining reading comprehension. Cambridge ESOL: Research Notes. 2008, v. 31, p. 2-10

Título do Evento: XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

COSTA, Douglas Limongi; GARCIA, Daniela Cid de; HORA , Katharine de Freitas Pereira Neto Aragão da Hora . O PAPEL DA PROFICIÊNCIA E DA MEMÓRIA NA CONCORDÂNCIA EM DEPENDÊNCIA SINTÁTICA DE LONGA DISTÂNCIA NA LEITURA DE FRASES EM L2.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319962-O-PAPEL-DA-PROFICIENCIA-E-DA-MEMORIA-NA-CONCORDANCIA-EM-DEPENDENCIA-SINTATICA-DE-LONGA-DISTANCIA-NA-LEITURA-DE-FR. Acesso em: 15/02/2025