CONFORMAÇÃO DAS SUBJETIVIDADES À INTENSIFICAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHOMEDIADAS POR NOVAS FERRAMENTAS DIGITAIS

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
CONFORMAÇÃO DAS SUBJETIVIDADES À INTENSIFICAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHOMEDIADAS POR NOVAS FERRAMENTAS DIGITAIS
Autores
  • Bruno Schiaffarino Luzze
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH)/Serviço Social
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319927-conformacao-das-subjetividades-a-intensificacao-da-exploracao-do-trabalhomediadas-por-novas-ferramentas-digitais
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Crise estrutural, Subjetividade, trabalho, ferramentas digitais.
Resumo
O presente trabalho emergiu a partir de reflexões oriundas da disciplina de Orientação e Treinamento Profissional (OTP-IV) ministrada por Mably Trindade.Foram abordadas na primeira Unidade da referida disciplina temáticas como, a título de exemplificação: a pandemia de Covid-19, as condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora, a atuação do Serviço Social diante dessa conjuntura pandêmica, a contrarreforma do Estado como um ataque direto às conquistas históricas das classes subalternas, bem como a mediação das políticassociais no atual contexto de avanço neoliberal, da nefasta ofensiva bolsonarista ede crise estrutural do capital.Nesse sentido, cumpre mencionar que o objetivo do presente trabalho consiste em analisar a conformação das subjetividades às novas ferramentas digitais de trabalho tensionadas pela intensificação da exploração do trabalho que assume novos contornos durante a pandemia de Covid-19, necessidades estas colocadas pelo processo de acumulação na crise estrutural do capital (Mészáros,2009). Métodos particulares de acumulação necessitam conformar e criar subjetividades adequadas aos seus imperativos e necessidades(Antunes, 2020; Harvey, 2014). Sabe-se que a acumulação do tipo fordista-keynesiano atua na conformação da subjetividade rígida, do trabalhador unidimensional e especializado que se move no estímulo e resposta behaviorista, isto é, no ritmo da esteira de produção (Harvey, 2014). A acumulação flexível da na década de 1970, por sua vez, coloca a conformação da subjetividade do trabalhador polivalente, multiespecializado,móvel, deslocado e desprotegido (Antunes, 2020). Na conjuntura atual, as medidas de saúde para a contenção da pandemia do novo coronavírus ampliaram as formas de trabalho por home-office, por aplicativos de celular e modalidades de trabalho por vídeo conferência. Tais elementos, conforme aponta Antunes (idem), são ressonâncias da extensão e do aprofundamento das medidas de flexibilidade, mudanças de vínculos trabalhistas e contrarreformas de desmonte da proteção social, mas, também, umanecessidade do processo de valorização do capital em sua crise estrutural. De acordo com Bocayuva (2020), a crise atual amplifica eventos,ameaças, temores, paixões e riscos. O aspecto decisivo doquadro neoliberal acelera-se, na forma da dinâmica de contrarreformas contínuasque abrem campo para a crise das “democracias realmente existentes”. Consequentemente, está colocado na ordem do dia, em especial nos Estados Unidos e no Brasil, o declínio definitivo dos mecanismos depoder pela via da hegemonia, das formas de ampliação do Estado social peloconsenso, típicas do “Ocidente” geopolítico e das suas periferias nos distintos continentes. Resta a dominação aberta pela lógica da coerção e do medo coletivo,fruto da tensão financeira, climática e sanitária (Bocayuva, idem). A partir de tais análises e da concepção de crise estrutural, pretende-se abordar a intensificação dos processos de exploração do trabalho, mediada pelas novas formas de trabalho, das novas relações trabalhistas e ferramentas digitais,estas últimas conhecidas, de modo geral, como um profundo e perverso processodenominado “uberização”. Assim, busca-se responder como as subjetividades são criadas, recriadase conformadas mediantes aos novos processos de trabalho e mediações porferramentas digitais. Referências: ANTUNES, Ricardo. Uberização, trabalho digital e industria 4.0. São Paulo,Boitempo 2009. BOCAYUVA, P. C. Globalização e pandemia: o fim da hegemonia e anecropolítica neoliberal. In: Para Além da Quarentena: reflexões sobre crise epandemia. Orgs. LOLE, ANA; STAMPA, Inês e GOMES, Rodrigo Lima R. UFRJ,2020. HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo, Edições Loyola. 2014 MÉSZÁROS, Istvan. A crise estrutural do capital. São Paulo, Boitempo. 2009
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LUZZE, Bruno Schiaffarino. CONFORMAÇÃO DAS SUBJETIVIDADES À INTENSIFICAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHOMEDIADAS POR NOVAS FERRAMENTAS DIGITAIS.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319927-CONFORMACAO-DAS-SUBJETIVIDADES-A-INTENSIFICACAO-DA-EXPLORACAO-DO-TRABALHOMEDIADAS-POR-NOVAS-FERRAMENTAS-DIGITAIS. Acesso em: 13/02/2025

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