A ENERGIA SOLAR COMO FONTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA NO RIO DE JANEIRO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
A ENERGIA SOLAR COMO FONTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA NO RIO DE JANEIRO
Autores
  • Lara Milioni Moscon
  • Nivalde José de Castro
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE)/Economia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319887-a-energia-solar-como-fonte-de-transformacao-socioeconomica-no-rio-de-janeiro
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Energia Solar, Geração Distribuída, Comunidades de Baixa Renda, Regulação
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar a utilização da geração distribuída (GD) de energia solar como uma fonte de transformação socioeconômica em comunidades de baixa renda. A metodologia tem como base inicial a revisão bibliográfica da literatura existente focada nos benefícios sociais e econômicos da energia solar no Rio de Janeiro. Nesta direção também será analisado o marco regulatório para a promoção da GD. A GD insere-se em um processo de transição energética centrada em D´s: descarbonização, descentralização e digitalização. A descentralização, vetor central desse segmento, consiste em um movimento de auto geração de energia mais próximo a unidade consumidora, o que contraria a lógica estabelecida para o setor energético no século XX, baseado em uma geração centralizada em grandes usinas. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) a fonte de energia solar fotovoltaica representa cerca de 99,8% das instalações de GD no país, totalizando mais de 171 mil sistemas fotovoltaicos on-grid, ou seja, que estão conectados à rede de distribuição (PORTAL SOLAR, 2020). Dessa forma, o processo de descentralização se mostra estritamente ligado à descarbonização do setor energético brasileiro. Para além dos benefícios ambientais, a GD de energia solar pode ser um poderoso instrumento de transformação social no país. Para analisar esse aspecto será observado o caso da cidade do Rio de Janeiro, onde, segundo a ANEEL, a tarifa de energia é uma das mais altas do país (COSTA, 2019). Além de diminuir o consumo de energia que vem da rede elétrica, ao possibilitar que a unidade consumidora injete energia na rede de distribuição nos momentos em que a geração energética for maior do que o consumo da unidade, a GD permite que o consumidor receba créditos (em MW) que podem ser utilizados para abater um consumo futuro de energia da rede, é o chamado Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). Dessa forma, o impacto do aumento na conta de luz na renda das famílias pode ser consideravelmente menor. Ao aproximar os consumidores da produção de energia, a GD tem ainda a capacidade de conscientização e engajamento acerca dessa solução. Adicionalmente, o fato de as placas solares requererem profissionais para a instalação e manutenção frequente do sistema faz com que se abra uma oportunidade de capacitação de mão de obra local e geração de emprego, o que tem um efeito multiplicador em áreas de baixa renda. Entretanto, os impactos e a própria viabilidade da introdução da GD de energia solar nos aglomerados subnormais estão ameaçados por possíveis alterações regulatórias em pauta tanto na ANEEL quanto no Congresso Nacional. Esse cenário pode dificultar diversos projetos que buscam promover o desenvolvimento sustentável das comunidades através da energia solar. Destaca-se, portanto, a necessidade de incluir no debate regulatório os interesses da população que se encontra nos aglomerados subnormais. Para além de benefícios ambientais, a energia solar distribuída tem o potencial de trazer soluções estruturais para os problemas socioeconômicos encontrados e contribuir para o desenvolvimento interno dessas regiões vulneráveis. Referências: COSTA, Camila. Rio tem a segunda tarifa de energia elétrica mais cara do País. Brasil 61, [S. l.], 20 nov. 2019. Disponível em: https://brasil61.com/noticias/rio-de-janeiro-tem-a-segunda-mais-cara-tarifa-de-energia-eletrica-do-pais-pind191586#:~:text=A%20tarifa%20de%20energia%20dos,custa%200%2C684%20R%24%2FkWh. Acesso em: 20 nov. 2019. IBGE. Aglomerados Subnormais. [S. l.], 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/tipologias-do-territorio/15788-aglomerados-subnormais.html?=&t=o-que-e. Acesso em: 26 out. 2020. PORTAL SOLAR. Geração Distribuída de Energia – GD. Portal Solar, [S. l.], 2020. Disponível em: https://www.portalsolar.com.br/geracao-distribuida-de-energia.html. Acesso em: 26 out. 2020.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MOSCON, Lara Milioni; CASTRO , Nivalde José de Castro . A ENERGIA SOLAR COMO FONTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA NO RIO DE JANEIRO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319887-A-ENERGIA-SOLAR-COMO-FONTE-DE-TRANSFORMACAO-SOCIOECONOMICA-NO-RIO-DE-JANEIRO. Acesso em: 08/02/2025

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