FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, GANHO DE PESO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO COM DESFECHOS PERINATAIS: RESULTADOS DO CONSÓRCIO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, GANHO DE PESO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO COM DESFECHOS PERINATAIS: RESULTADOS DO CONSÓRCIO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL
Autores
  • Letícia Ramos da Silva
  • Thaís Rangel Bousquet Carrilho
  • Maiara Brusco de Freitas
  • Paula Normando dos Reis Costa
  • NADYA HELENA ALVES DOS SANTOS
  • Elisa Maria de Aquino Lacerda
  • Gilberto Kac
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências de Saúde (CCS)/Nutrição
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319388-fatores-sociodemograficos-ganho-de-peso-no-primeiro-trimestre-de-gestacao-e-associacao-com-desfechos-perinatais-
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Ganho de peso gestacional; primeiro trimestre; desfechos perinatais; peso ao nascer.
Resumo
Introdução: O ganho de peso gestacional (GPG) no primeiro trimestre pode estar relacionado à ocorrência de desfechos adversos como maior adiposidade e pressão arterial elevada em crianças, em médio e longo prazos (1). Assim, é importante avaliar características sociodemográficas que se relacionem com o GPG no primeiro trimestre e como esse ganho pode estar associado a desfechos perinatais adversos. Objetivo: Avaliar diferenças na mediana de GPG no primeiro trimestre de acordo com características sociodemográficas e sua associação com desfechos perinatais entre gestantes brasileiras. Métodos: Foi utilizado um pool de dados harmonizados de 21 estudos de coorte participantes do Consórcio Brasileiro de Nutrição Materno-infantil (2). Variáveis sociodemográficas (idade, em anos e escolaridade, em anos de estudo) e informações ao nascimento foram obtidas por meio do questionário do estudo ou por consulta ao prontuário/caderneta da criança. O IMC (kg/m²) foi classificado segundo a Organização Mundial da Saúde. O GPG foi calculado pela diferença entre o peso medido entre 4-13 semanas e o peso pré-gestacional autorrelatado. Os desfechos avaliados foram: nascimento pré-termo (<37 semanas), ocorrência de pequeno (PIG <Percentil 10) e grande para idade gestacional (GIG > Percentil 90), de acordo com a curva do Intergrowth-21st (3). Medianas e intervalo interquartílico (IIQ) (variáveis contínuas) e frequências absolutas e relativas (variáveis categóricas) foram estimadas. Testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foram utilizados para comparação de medianas. Resultados: Das 5.514 mulheres avaliadas, 37% eram menores de 25 anos, 48% apresentavam 9-11 anos de estudo, 60% tiveram mais de um filho e 26% apresentavam IMC = 25 kg/m². A mediana de GPG no primeiro trimestre foi de 1,0 kg (IIQ: 0 – 3,2). A maioria dos neonatos nasceram a termo (90%), 6% foram classificados como PIG e 18% como GIG. A mediana de GPG foi maior entre gestantes > 35 anos (1,3 kg, IIQ: 0 – 3,4), com 0-4 anos de estudo (1,5 kg, IIQ: 0 – 4,5), e classificadas com IMC<25 kg/m2 (1,2 kg, IIQ: 0 - 3,4), em relação àquelas com idade entre 18-34 anos (1 kg, IIQ: 0 – 3,2), com maior escolaridade (= 5 anos de estudo, 1,0kg, IIQ: 0–3,0), e com IMC = 25 kg/m² (0,9 kg, IIQ: -0,3 – 3,0, p-valores <0,05). Mulheres com neonatos GIG apresentaram maior mediana de GPG no primeiro trimestre (1,50 kg, IIQ: 0 – 4,0; p-valor < 0,001), quando comparadas àquelas que deram à luz neonatos com peso adequado (1,0 kg, IIQ: 0 – 3,0). A mediana de GPG também foi maior nas mulheres com filhos pré-termo (1,5 kg, IIQ: 0 – 3,7), porém sem diferença significativa. Conclusão: A mediana de GPG no primeiro trimestre variou de acordo com idade, escolaridade e IMC pré-gestacional e observou-se diferença na mediana de GPG no 1º trimestre de acordo com a classificação de peso ao nascer. Referências 1. KARACHALIOU, M. et al. Association of trimester-specific gestational weight gain with fetal growth, offspring obesity, and cardiometabolic traits in early childhood. Am J Obstet Gynecol, v. 212, n. 4, p. 502 e1-14, Apr 2015. 2. Carrilho TRB, Farias DR, Batalha MA, Costa NCF, Rasmussen KM, Reichenheim ME, et al. Brazilian Maternal and Child Nutrition Consortium: Establishment, data harmonization and basic characteristics. Sci Rep. 2020;10(14869). 3. Villar J, Cheikh Ismail L, Victora CG, Ohuma EO, Bertino E, Altman DG, et al. International standards for newborn weight, length, and head circumference by gestational age and sex: the Newborn Cross-Sectional Study of the INTERGROWTH-21st Project. Lancet. 2014;384(9946):857-68.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Letícia Ramos da et al.. FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, GANHO DE PESO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO COM DESFECHOS PERINATAIS: RESULTADOS DO CONSÓRCIO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319388-FATORES-SOCIODEMOGRAFICOS-GANHO-DE-PESO-NO-PRIMEIRO-TRIMESTRE-DE-GESTACAO-E-ASSOCIACAO-COM-DESFECHOS-PERINATAIS-. Acesso em: 08/02/2025

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