O PAPEL DA LINGUAGEM NA AQUISIÇÃO INFERENCIAL DOS NOMES DAS CORES E DOS VERBOS VISUAIS POR CEGOS CONGÊNITOS

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
O PAPEL DA LINGUAGEM NA AQUISIÇÃO INFERENCIAL DOS NOMES DAS CORES E DOS VERBOS VISUAIS POR CEGOS CONGÊNITOS
Autores
  • Milene Chrystine Carvalho Cupertino
  • Aniela França
  • Emily Silvano da Silva
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Letras e Artes (CLA)/Linguística
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319281-o-papel-da-linguagem-na-aquisicao-inferencial-dos-nomes-das-cores-e-dos-verbos-visuais-por-cegos-congenitos
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Linguística, Neurociência, Conhecimento inferencial, Estudos com cegos congênitos, Divulgação científica
Resumo
O presente trabalho se propõe a mostrar as fases de elaboração de um vídeo sobre o papel da linguagem na aquisição inferencial dos nomes das cores e dos verbos visuais por cegos congênitos. Nosso questionamento nos põe no centro do inesgotável debate clássico nature Vs nurture. Uma forma interessante de se estudar um tema tão polarizado como esse é encontrar variáveis individuais que possam ser controladas em condições experimentais. A partir disso, o campo de disfunções cognitivas passou a ser muito estudado. Por exemplo, a afasia, perda de linguagem, há mais de 200 anos, tem sido um objeto muito relevante de pesquisa em neurofisiologia e processamento de linguagem. Mais recentemente, outras disfunções, entre elas a cegueira, vêm sendo também investigadas. A pergunta mais instigante é se os cegos congênitos teriam a capacidade de entender os nomes das cores ou os verbos visuais, como brilhar, já que teriam sido privados da experiência visual. Os resultados de pesquisas recentes são o de que o conhecimento das pessoas cegas quanto aos verbos visuais, tais como brilhar, resplandecer e cintilar, se mostra muito similar ao de videntes. Sobre a compreensão das cores, os achados experimentais mostraram que há boa compreensão desse léxico por parte dos cegos, ainda que a experiência sensorial seja um fator facilitador que eles não possuem. Desta forma, ainda que os participantes dessem respostas divergentes sobre cores, comparados aos videntes, suas justificativas eram amplamente plausíveis e baseadas em inferências ontológicas. (BEDNY et al, 2019; KIM et al, 2019) Nosso trabalho objetiva fazer a divulgação científica de achados concernindo o papel da linguagem na aquisição inferencial dos nomes das cores e dos verbos visuais por cegos congênitos. A metodologia de nosso estudo contou primeiramente com um levantamento bibliográfico sobre o assunto. Essa levantamento nos guiou na construção de uma narrativa que foi empregada como argumento de um vídeo que é um subproduto do trabalho. Após a construção do roteiro, realizamos a montagem do vídeo pelo editor Camtasia. O roteiro foi gravado em aplicativo de gravação de voz e serviu como base para o encaixe das ilustrações acopladas à narração com a informação auditiva. O vídeo mostra de maneira lógica o papel central que a linguagem possui no desenvolvimento de outras cognições, porque através da linguagem é possível construir conceitos inferencialmente. Esse vídeo-curto, fora da JIC, poderá ser empregado em diversos contextos acadêmicos ou científicos e se mostra promissor por fornecer um outro ponto de vista cognitivo e a possibilidade da sociedade majoritariamente vidente conhecer e refletir sobre a população cega. Referências bibliográficas: BEDNY, M., Koster-Hale, J., Elli, G., Yazzolino, L., & Saxe, R. There’s more to “sparkle” than meets the eye: Knowledge of vision and light verbs among congenitally blind and sighted individuals. Cognition, 189, 105-115. 2019. KIM, Judy S.; ELLI, Giulia V.; BEDNY, Marina. Knowledge of animal appearance among sighted and blind adults. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 116, n. 23, p. 11213-11222, 2019. LANDAU, Barbara; GLEITMAN, Lila R.; LANDAU, Barbara. Language and experience: Evidence from the blind child. Harvard University Press, 2009. LOCKE, John. An essay concerning human understanding, 1690. 1948.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CUPERTINO, Milene Chrystine Carvalho; FRANÇA, Aniela; SILVA, Emilyno da. O PAPEL DA LINGUAGEM NA AQUISIÇÃO INFERENCIAL DOS NOMES DAS CORES E DOS VERBOS VISUAIS POR CEGOS CONGÊNITOS.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319281-O-PAPEL-DA-LINGUAGEM-NA-AQUISICAO-INFERENCIAL-DOS-NOMES-DAS-CORES-E-DOS-VERBOS-VISUAIS-POR-CEGOS-CONGENITOS. Acesso em: 15/02/2025

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