CONVITE A UM CHÁ DA TARDE: FIAMA E A SUA EXPRESSÃO SERENA — O MODUS NIPÔNICO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
CONVITE A UM CHÁ DA TARDE: FIAMA E A SUA EXPRESSÃO SERENA — O MODUS NIPÔNICO
Autores
  • Thiago de Souza Carneiro
  • Sofia de Sousa Silva
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Letras e Artes (CLA)/Literaturas
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319213-convite-a-um-cha-da-tarde--fiama-e-a-sua-expressao-serena--o-modus-niponico
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Poesia, Japão, Portugual, Chado.
Resumo
Fiama Hasse Pais Brandão, poeta portuguesa do século XX, publica em 1995, o livro Cantos do canto. Neste livro contém o poema “Canto da chávena de chá”, objeto principal desta pesquisa. Com este trabalho, ainda em desenvolvimento, buscamos examinar como a autora contrasta dimensões distintas por meio da sensação térmica que acontece pelo ato de segurar a chávena de chá - o elemento que instaura o eixo do desdobramento temporal do poema, entre outros aspectos. O texto abre com um convite ao leitor nessa direção: “Poisamos as mãos junto da chávena / sem saber que a porcelana e o osso / são formas próximas da mesma substância. / A minha mão e a chávena nacarada / - se eu temperar o lirismo com a ironia -/ são, ainda, familiares dos pterossáurios”. Vemos uma aproximação entre a matéria viva, a mão, e a matéria inanimada, representada pela chávena nacarada. Mais adiante, os elementos e situações que o chá evoca, tanto em relação ao próprio corpo quanto em relação ao tempo e ao ambiente circundante, são postos: “a minha mão de pedra, tarde serena, / olhar dos melros, som leve da bica”. E, na conclusão, estabelece-se uma espécie de simetria e troca entre o fazer poético e o próprio fazer da Natureza, mediado pela experiência do chá: “A Natureza copia esta pintura / do fim da tarde que para mim pintei, / retribui-me os poemas que lhe fiz / de novo dando-me os meus versos ao vivo”. Fiama, com seu poema, para além de referir-se ao chá, também refere-se à cultura japonesa, traz a natureza como tema e compreende que o fazer da poeta e o da natureza se intercambiam. Assim, a poeta traduz o espírito da cerimônia do chá: a harmonia, a pureza, a tranquilidade e o respeito, reintroduzido pelo pensador da arte japonesa Okakura Kakuzo (2008), na estética do pensamento japonês. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRANDÃO, Fiama Hasse Pais. "Canto da chávena de chá". In: Cantos do canto. Lisboa: Relógio D’Água, 1995, p. 33-34. OKAKURA, Kakuzo. O livro do chá. Tradução Leiko Gotoda. Prefácio e posfácio de Hounsai Genshitsu Sen. 2. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2008.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARNEIRO, Thiago de Souza; SILVA, Sofia de Sousa. CONVITE A UM CHÁ DA TARDE: FIAMA E A SUA EXPRESSÃO SERENA — O MODUS NIPÔNICO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319213-CONVITE-A-UM-CHA-DA-TARDE--FIAMA-E-A-SUA-EXPRESSAO-SERENA--O-MODUS-NIPONICO. Acesso em: 13/02/2025

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