CAMINHOS PARA O VIADUTO: A POLÍTICA DA PAISAGEM NAS DISPUTAS DO MINHOCÃO

Publicado em 22/03/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
CAMINHOS PARA O VIADUTO: A POLÍTICA DA PAISAGEM NAS DISPUTAS DO MINHOCÃO
Autores
  • Arthur Fonseca de Avellar
  • Rafael Winter
  • Dirceu Cadena
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN)/Geografia
Data de Publicação
22/03/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/jgmictac/319110-caminhos-para-o-viaduto--a-politica-da-paisagem-nas-disputas-do-minhocao
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
Política da Paisagem, São Paulo, Minhocão, Facebook
Resumo
Nos últimos anos, tem-se observado em diversas cidades brasileiras um interesse particular de movimentos insurgentes pela paisagem, que mais do que defenderem o direito à cidade, lutam pelo direito à paisagem (Ribeiro, 2018). Em paralelo a esse fenômeno, outro que tem se deflagrado é um uso recorrente da Internet por parte desses movimentos, que vêm se apropriando dos espaços virtuais para organizar mobilizações e difundir ideias (Soares e Joia, 2015). Ambos os fenômenos são observados nas disputas do Elevado João Goulart (Minhocão), na cidade de São Paulo, que tiveram início em 2014, quando o Plano Diretor Estratégico determinou a criação de uma lei que restringisse gradualmente a utilização do viaduto por automóveis, deixando sua destinação em aberto. A partir disso, três grupos insurgentes passaram a reivindicar suas demandas. Enquanto os grupos SP Sem Minhocão e Desmonte Minhocão defendem a demolição do elevado, a Associação Parque do Minhocão luta pela sua transformação em um parque suspenso. Nesse sentido, os movimentos têm atuado de modo a ter suas demandas atendidas, com destaque para a presença no Facebook, onde são mantidos grupos e páginas que contam com publicações rotineiras visando a difusão de ideias e agregação de apoiadores. Destarte, o objetivo principal deste trabalho é identificar de que maneiras o conceito de paisagem é apropriado pelos movimentos de contestação envolvidos nas disputas do Minhocão, para o atendimento de suas demandas. São objetivos específicos reconhecer as estratégias adotadas na difusão das ideias dos grupos, compreender as narrativas empregadas para sustentar os seus pontos de vista e analisar as ações baseadas em um discurso da paisagem tomadas. Com base nos objetivos e considerando o uso mais intensivo do Facebook como plataforma virtual para mobilizações de tais grupos, surgem as questões “Como são construídas as narrativas de contestação de cada grupo em suas publicações do Facebook?”, “De quais maneiras os grupos se apropriam do conceito de paisagem na busca por seus objetivos?” e “Como suas ações são influenciadas pelas interações no Facebook?”. A justificativa do trabalho se dá a partir da recorrente mobilização da paisagem pelos grupos insurgentes nos espaços virtuais visando provocar impactos no mundo material. Ademais, é notória a relevância alcançada pelas discussões acerca do Minhocão, cujo destino gerará impactos consideráveis em São Paulo. A metodologia adotada conterá um monitoramento das páginas e grupos dos três movimentos no Facebook, análise dos conteúdos de tais publicações, entrevistas com seus membros e levantamento de legislações e reportagens relacionadas ao viaduto. A partir da pesquisa, são resultados previstos a compreensão das distintas estratégias adotadas pelos grupos nos ambientes virtuais, calcadas em narrativas construídas pelas paisagens. Por fim, esta pesquisa é parte do projeto desenvolvido no Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Política e Território (GEOPPOL) intitulado “Política da paisagem nas cidades brasileiras: Direito à Paisagem, Política Urbana e Democracia”, coordenado pelo professor Rafael Winter Ribeiro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RIBEIRO, Rafael Winter. A política da paisagem em cidades brasileiras: instituições, mobilizações e representações a partir do Rio de Janeiro e Recife. In: FIDALGO, Pedro. (Org.). A paisagem como problema: conhecer para proteger, gerir e ordenar. 1ed.Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2018, v. 05, p. 155-170. SÃO PAULO (Cidade). Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002. Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 01 ago. 2014. Disponível em: <Suplemento-DOC/PDE_SUPLEMENTODOC.pdf. > Acesso em: 17 de novembro de 2020. SOARES, C. D. M.; JOIA, L. A. The Influence of Social Media on Social Movements: An Exploratory Conceptual Model. Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2015.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AVELLAR, Arthur Fonseca de; WINTER, Rafael; CADENA, Dirceu. CAMINHOS PARA O VIADUTO: A POLÍTICA DA PAISAGEM NAS DISPUTAS DO MINHOCÃO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/319110-CAMINHOS-PARA-O-VIADUTO--A-POLITICA-DA-PAISAGEM-NAS-DISPUTAS-DO-MINHOCAO. Acesso em: 08/02/2025

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