VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA JORNALISTAS MULHERES: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Publicado em 26/02/2021 - ISBN: 978-65-5941-128-3

Título do Trabalho
VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA JORNALISTAS MULHERES: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
Autores
  • Giovana Braga Kebian
  • Beatriz Santana da Silva
  • Anne de Paula Tsuboi
  • Rosaria de Fátima de Sá Pereira da Silva
  • Patrícia Silveira de Farias
  • Daniel de Souza Campos
Modalidade
Resumo apresentação oral padrão
Área temática
Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH)/Comunicação
Data de Publicação
26/02/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
www.even3.com.br/Anais/jgmictac/313725-VIOLENCIA-DE-GENERO-CONTRA-JORNALISTAS-MULHERES--UM-ESTUDO-EXPLORATORIO
ISBN
978-65-5941-128-3
Palavras-Chave
violência de gênero, violência contra jornalistas, liberdade de expressão
Resumo
Introdução: Em 2019, o número de ataques contra jornalistas e veículos de imprensa no Brasil cresceu 54,07% em relação ao ano anterior (FENAJ, 2020). Ao analisar de perto os casos de violência, é notável a diferença entre os ataques proferidos de acordo com o gênero dos profissionais. No caso das jornalistas mulheres, os insultos e agressões demonstram um reflexo da violência de gênero presente na sociedade, uma vez que “a preferência por atacar mulheres está visceralmente associada a preconceitos ancestrais” (CAMPOS MELLO, p. 101, 2020). Objetivo: Pretendeu-se realizar um estudo exploratório acerca da violência contra jornalistas mulheres no Brasil e no mundo. Metodologia: A pesquisa exploratória foi adotada como método de investigação, tendo como objetivo “proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses” (GIL, p. 41, 2000). Foram reunidos seis relatórios de pesquisa (sendo dois nacionais e quatro internacionais), quatro artigos acadêmicos (sendo apenas um nacional) e um capítulo de livro internacional. Ademais, utilizou-se como referência o recém-lançado livro A máquina do ódio: notas de uma repórter sobre fake news e violência digital (CAMPOS MELLO, 2020), devido ao caso emblemático dos ataques sofridos pela autora, Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha de São Paulo. Resultados: Os resultados preliminares apontam uma ausência do tema da violência contra jornalistas mulheres na produção bibliográfica brasileira, ao passo que a abordagem da violência de gênero contra essas profissionais está mais presente nos documentos internacionais. Além disso, o último relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ, 2020), a principal fonte sobre ataques à imprensa e aos jornalistas no país, não realiza uma análise qualitativa ao diferenciar os ataques sofridos por profissionais homens e mulheres e tampouco intersecciona esses ataques com outras informações como raça, veículo e origem. Há também um grave problema de subnotificação dos casos, uma vez que o relatório é baseado nas denúncias realizadas aos sindicatos de jornalistas. Em Campos Mello (2020) e nos relatórios buscados é possível destacar a presença da violência sexual nos insultos e ataques proferidos contra as profissionais, além da ascensão do meio online como uma das novas formas de violência contra jornalistas. Conclusão: Há uma necessidade de expansão da produção acadêmica e da coleta de dados sobre a violência contra mulheres jornalistas no Brasil, de maneira que, o tema não seja tratado como um recorte, mas como objeto central de análise. Isto contribui para formular futuros mecanismos de proteção e amparo às profissionais do jornalismo e de enfrentamento à violência de gênero. As pesquisas e relatórios internacionais, em especial as latino-americanas, sinalizam uma conjuntura comum de descredibilização da imprensa profissional, sendo as jornalistas mulheres duplamente atacadas. Referência Bibliográficas: CAMPOS MELLO, P. A máquina do ódio: notas de uma repórter sobre fake news e violência digital. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas. Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil: relatório 2019. Brasília, 2020. Disponível em:https://fenaj.org.br/wpcontent/uploads/2020/01/relatorio_fenaj_2019.pdf Acesso: 19 Nov. 2020. GIL, A.C. Como elaborar métodos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas S/A, 2002.
Título do Evento
XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 - Edição Especial) - Evento UFRJ
Título dos Anais do Evento
Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI
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Como citar

KEBIAN, Giovana Braga et al.. VIOLÊNCIA DE GÊNERO CONTRA JORNALISTAS MULHERES: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO.. In: Anais da Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural. Anais...Rio de Janeiro(RJ) UFRJ, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/jgmictac/313725-VIOLENCIA-DE-GENERO-CONTRA-JORNALISTAS-MULHERES--UM-ESTUDO-EXPLORATORIO. Acesso em: 24/04/2024

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