TRANSFORMAÇÕES ANTRÓPICAS NA BACIA DO RIO XINGU: DESAFIOS PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO ALTO XINGU

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
TRANSFORMAÇÕES ANTRÓPICAS NA BACIA DO RIO XINGU: DESAFIOS PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO ALTO XINGU
Autores
  • Henrique Gabriel Marques Moura
  • Anna Thereza Correa Trindade
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 2: (Geo)Políticas do Meio Ambiente, Gestão de Recursos e Sustentabilidades
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/676460-transformacoes-antropicas-na-bacia-do-rio-xingu--desafios-para-a-sustentabilidade-socioambiental-no-alto-xingu
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Bacia do Rio Xingu, Transformações Antrópicas; Sustentabilidade socioambiental.
Resumo
O conceito de Bacia Hidrográfica sempre foi objeto de discussão entre diversos autores, com interpretações variadas sobre suas subdivisões e características que no fim, em sua grande maioria, vinha a se correlacionar. A Bacia do Rio Xingu, com área de 531.250 km², a qual, abrange do estado do Mato Grosso até o estado do Pará, é essencial para o abastecimento de água de várias cidades da região. Essa bacia é dividida em três áreas (Alto, Médio e Baixo Xingu), e ocupada por povos tradicionais há mais de 500 anos. Com a colonização europeia, houve uma interferência significativa no modo de vida dessas comunidades, resultando em transformações no meio ambiente e aumento da exploração de recursos naturais. Entendemos que a maneira que os portugueses utilizaram para colonizar os territórios indígenas é hoje o cerne da construção social do nosso país, que veio a desconsiderar as populações indígenas e outras comunidades tradicionais. Após a proclamação da República, a industrialização e urbanização aceleraram o desenvolvimento da região, levando a mudanças no uso da terra e cobertura vegetal. Portanto, visamos analisar as mudanças antrópicas na bacia do alto rio Xingu - MT, e os impactos no regime hidrológico, biótico e climático da região. Para isso, através de pesquisas bibliográficas, que retratam o modo de vida socioeconômico e ambiental da população que habita e/ou habitou o local delimitado durante os anos; a análise do desenvolvimento sócio econômico, agroindustrial, mudanças no uso da terra e cobertura vegetal do estado do Mato Grosso e como a evolução urbana modificou a convivência desses povos que já moravam no local, buscamos demarcar sua evolução e mudança socioambiental de maneira histórica por consequência de sua industrialização urbana e rural, além das modificações no alto curso da bacia. A colonização no Mato Grosso, assim como em todo o território brasileiro, se concentrou na ocupação de espaços vazios existentes, com o intuito de abranger o mercado capitalista da época, essa exploração a qual, juntamente com a concentração de infraestrutura, prejudicaram populações tradicionais. Esse desenvolvimento populacional e econômico, perpetuou-se, principalmente após a proclamação da República, onde diversos projetos de integração dessas colônias ao centro urbano do Brasil foram criados. O crescimento populacional acelerado e a conversão da vegetação natural em áreas agropecuárias foram características marcante desse novo período. O cerrado e a Amazônia sofreram impactos significativos devido à expansão agrícola, isso levou a mudanças no clima, com redução na evapotranspiração e afetou o balanço hídrico da região. A ocupação da planície aluvial pela pecuária prejudicou a regeneração da cobertura vegetal de várzea. O desmatamento resultou em mudanças no regime de proteção de zonas ripárias, afetando a biodiversidade. Portanto, é evidente qua a ocupação de espaços vazios, com o intuito de abranger o mercado capitalista da época, desencadeou o grande fluxo ativo na região, causando danos e impactos à essa área que ao longo da história vem afetando o meio ambiente e a convivência das comunidades presentes na área. Em síntese, mesmo que na atualidade existam locais de preservação como o Parque Nacional Indígena do Xingu, ações antrópicas conjunturais e estruturais, como a expansão agrícola, modificou permanentemente a região do Alto Xingu, ditando então um mosaico raso de florestas (e suas ramificações), o que, corrobora para que a mortificação antrópica e desenfreada na região continue se perpetuando, pois com a abertura e incentivo fiscais para o agronegócio, práticas naturais como a "pesca familiar", vem perdendo cada vez mais espaço, dado à mortificação de rios e lagos, em consequência a criação de novas áreas de pastagem em regiões de várzeas somadas à grandes serrarias, que passaram a explorar também nessas áreas.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MOURA, Henrique Gabriel Marques; TRINDADE, Anna Thereza Correa. TRANSFORMAÇÕES ANTRÓPICAS NA BACIA DO RIO XINGU: DESAFIOS PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NO ALTO XINGU.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/676460-TRANSFORMACOES-ANTROPICAS-NA-BACIA-DO-RIO-XINGU--DESAFIOS-PARA-A-SUSTENTABILIDADE-SOCIOAMBIENTAL-NO-ALTO-XINGU. Acesso em: 16/05/2025

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