A MORFOLOGIA DE UM PATRIMÔNIO URBANO DO SÉCULO XVI: DA FEITORIA DE PERNAMBUCO (NÚCLEO MILITAR-HABITACIONAL) AO POVOADO E VILA DE IGARASSU

Publicado em 05/06/2019

Título do Trabalho
A MORFOLOGIA DE UM PATRIMÔNIO URBANO DO SÉCULO XVI: DA FEITORIA DE PERNAMBUCO (NÚCLEO MILITAR-HABITACIONAL) AO POVOADO E VILA DE IGARASSU
Autores
  • André Bezerra Lins
Modalidade
Resumo
Área temática
TEMA GERAL: Sub-tema 2: Patrimônio urbano, paisagens culturais e meio-ambiente (2.1. Conservação Urbana 2.2. Paisagens culturais 2.3. Rotas culturais 2.4. Turismo cultural 2.5. Energia e sustentabilidade)
Data de Publicação
05/06/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iiisimposioicomosbrasil/149224-a-morfologia-de-um-patrimonio-urbano-do-seculo-xvi--da-feitoria-de-pernambuco-(nucleo-militar-habitacional)-ao-po
ISBN
Palavras-Chave
patrimônio urbano, conjunto, monumento, valor, salvaguarda, tombamento, Igarassu, largo, igreja
Resumo
Apresenta desdobramento da dissertação de mestrado na Universidade de São Paulo (2005) que discute a relação da feitoria (1516, porto de Pernambuco) com a escolha do novo sítio e construção do povoado de Igarassu (1535), até a conformação morfológica da vila - “cidade baixa” e “cidade alta” (séculos XVI ao XIX), um patrimônio urbano. Trata da identificação de características e atributos articulados por técnicos e consultores do SPHAN e IPHAN nos processos de salvaguarda para valorar monumentos, morfologia urbana e paisagem do sítio antigo, ampliando critérios de seleção em relação à fase inicial do órgão quando salvaguardou monumentos isolados de Igarassu entre 1938 e 1951, considerando-os obras de arte “excepcionais”, valorando aspectos históricos e artísticos, identidade nacional e excepcionalidade (de acordo com Francoise Choay, um modelo francês). Mas, pareceres de consultores e técnicos revelam vanguardismo na valoração patrimonial desde a primeira fase do órgão. Choay aponta que Alois Riegl, em “O culto moderno dos monumentos” (1903), já enfocava valor de ancianidade. “Novos patrimônios” são valorados a partir da Carta de Veneza de 1964, com alargamento do conceito de valor patrimonial, prevalecendo atributos não apenas do entorno de bens a salvaguardar, mas do tecido urbano e contexto. Sobrepõe historiografia e iconografia para compreender a construção morfológica do patrimônio tombado de Igarassu. Identifica no traçado inicial da cidade baixa: arruado, porto, manguezal e rio (condicionantes da morfologia). Na cidade alta limitada pelo relevo, casario e igreja matriz conformam a Rua Direita e um largo. Aponta alterações operadas por portugueses, neerlandeses e brasilianos no século XVII, com arruados, novos largos e funcionalidades ligadas a ofícios, mulatos, escravos e religiosidade, até século XVIII. Mostra estratificação sócio-espacial do Largo do Rosário dos Pretos e da Rua da Figueira para escravos, Ademais, descreve insalubridade em moradias que “enfeavam” a cidade no século XIX, provocando discursos higienistas de urbanismo demolidor no século XX. Na evolução conceitual do IPHAN, nos tombamentos de monumentos isolados entre 1938 a 1951 (postura oficial do órgão), vanguardistas defendem valor do patrimônio urbano de Igarassu. Mário de Andrade (1928) destaca “ladeiras, ruas tortas, praças ocasionais ...”, valores estéticos defendidos por Camilo Sitte. Alcides Miranda, em 1946 e Fernando Saturnino de Brito, em 1953, destacam o valor patrimonial de características morfológicas desse conjunto urbano. Após 1964, valores morfológicos do conjunto passaram a ser salvaguardados pelo IPHAN. O consultor Michel Parent considerou excepcional o conjunto urbano de Igarassu. Na década de 1970, o técnico Augusto Teles defendeu tombamento do conjunto delimitado pelo relevo e rio. No tombamento desse conjunto urbanístico, em 1972, a perita Lygia Costa destacou o valor patrimonial da morfologia urbana de Igarassu, característica dos séculos XVI a XVIII.
Título do Evento
3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil
Cidade do Evento
Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento
Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LINS, André Bezerra. A MORFOLOGIA DE UM PATRIMÔNIO URBANO DO SÉCULO XVI: DA FEITORIA DE PERNAMBUCO (NÚCLEO MILITAR-HABITACIONAL) AO POVOADO E VILA DE IGARASSU.. In: Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil. Anais...Belo Horizonte(MG) Centro de Atividades Didáticas 2 - CAD2 | Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG | Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha - Belo Horizonte/MG, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IIISimposioICOMOSBrasil/149224-A-MORFOLOGIA-DE-UM-PATRIMONIO-URBANO-DO-SECULO-XVI--DA-FEITORIA-DE-PERNAMBUCO-(NUCLEO-MILITAR-HABITACIONAL)-AO-PO. Acesso em: 20/05/2025

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