PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEMORRAGIAS PÓS-PARTO NO BRASIL EM UMA DÉCADA (2011-2021).

Publicado em 21/09/2022 - ISBN: 978-65-5941-810-7

Título do Trabalho
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEMORRAGIAS PÓS-PARTO NO BRASIL EM UMA DÉCADA (2011-2021).
Autores
  • Jesana Costa Lopes
  • Sthefanny Alves Ferreira
  • Leonardo Rafael Prado dos Santos
  • Anna Candida Aguiar de Aguiar
Modalidade
Resumo
Área temática
Emergências Clínicas
Data de Publicação
21/09/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iiijornada2022/519392-perfil-epidemiologico-das-hemorragias-pos-parto-no-brasil-em-uma-decada-(2011-2021)
ISBN
978-65-5941-810-7
Palavras-Chave
Epidemiologia. Gestantes. Hemorragia puerperal.
Resumo
Introdução: De comum relato nas maternidades, a hemorragia pós-parto (HPP) configura-se como uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil, sendo a maior responsável pelos óbitos maternos no mundo. Devido a uma contração inadequada do miométrio após a placenta ser expulsa, é perdido um grande volume sanguíneo, sendo esse processo o resultado da atonia uterina. Portanto, compreender as causas e consequências dessa complicação é importante para a redução de sua incidência. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico das hemorragias pós-parto no Brasil nos anos de 2011 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo realizado com coleta de dados de 2011 até 2021 dos casos de hemorragia pós-parto no Brasil disponibilizado no Sistema de Internação Hospitalar (SIH) do Datasus, acessado em julho de 2022. As análises foram baseadas no número de óbitos, taxa de mortalidade, internações, média de permanência, internações por regime, faixa etária e cor/raça. Resultados: Foram registradas 25.443 internações para tratar HPP entre 2011 a 2011, obtendo maior pico em 2019 (2.897) e menor em 2013 (2.013) que resultaram 253 óbitos no Brasil. A média de permanência na internação foi de 2,7 dias, com maior taxa na região Centro-Oeste (3,1) e menor na Sul (2,2). Quanto à idade, as mulheres entre 20-24 anos foram as mais atendidas (6.121), em contraste com as de 50-54 anos (46). Quanto ao regime de internação, a maioria foi registrado como ignorado (62%) demonstrando uma fragilidade na coleta de dados. Ocorreram 253 óbitos, atingindo maior pico em 2018 (30) e menor em 2014 (15), sendo a Sudeste com maior número (107) e a Norte com menor (15). Já a taxa de mortalidade foi de 0,99 no país, sendo maior no Centro-Oeste (1,47) e menor no Norte (0,59). Quanto à raça, a indígena registrou maior taxa (3,64) e a menor foi a branca (0,92). Conclusão: Em uma década houve constante aumento de internações e óbitos maternos de HPP, mesmo com medidas implantadas pelo Ministério da Saúde (MS) para prevenir, detectar e tratar. O principal expoente foi o Projeto Zero Morte Materna, iniciado em 2018, que preconiza o uso sistemático de ocitocina profilática e uso do traje anti-choque não pneumático (TAN). Entretanto, necessita-se de maior divulgação, capacitação dos profissionais de saúde, discussão entre gestores e corpo clínico sobre os indicadores por região e intervenções para melhorar o perfil epidemiológico do País.
Título do Evento
III Jornada Nacional de Urgência e Emergência LAUEC
Título dos Anais do Evento
Anais da III Jornada Nacional de urgência e emergência LAUEC
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LOPES, Jesana Costa et al.. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEMORRAGIAS PÓS-PARTO NO BRASIL EM UMA DÉCADA (2011-2021)... In: Anais da III Jornada Nacional de urgência e emergência LAUEC. Anais...Manaus(AM) Evento Online, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IIIJORNADA2022/519392-PERFIL-EPIDEMIOLOGICO-DAS-HEMORRAGIAS-POS-PARTO-NO-BRASIL-EM-UMA-DECADA-(2011-2021). Acesso em: 07/06/2025

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