PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HOSPITALIZAÇÕES POR TRAUMAS DEVIDO A ACIDENTES DE TRÂNSITO, NO PERÍODO DE 2018 A 2022 , NO ESTADO DO AMAZONAS

Publicado em 10/03/2023 - ISBN: 978-85-5722-648-7

Título do Trabalho
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HOSPITALIZAÇÕES POR TRAUMAS DEVIDO A ACIDENTES DE TRÂNSITO, NO PERÍODO DE 2018 A 2022 , NO ESTADO DO AMAZONAS
Autores
  • Anne mykaelly Nogueira de sousa
  • Fernanda Lopes de Abreu
  • Glaida Maria Repolho Fernandes Do Carmo
  • Cléria Mendonça de Moraes
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Acidentes de trânsito
Data de Publicação
10/03/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ii-congresso-nacional-de-trauma-e-medicina-de-emergencia-293952/611414-perfil-epidemiologico-das-hospitalizacoes-por-traumas-devido-a-acidentes-de-transito-no-periodo-de-2018-a-2022-
ISBN
978-85-5722-648-7
Palavras-Chave
traumas, acidentes, trânsito
Resumo
INTRODUÇÃO: O termo trauma é utilizado para descrever um evento inesperado que resulta em lesões que acometem os diferentes sistemas e órgãos. No mundo, estima-se que anualmente mais de cinco milhões de pessoas percam a vida por traumas. (PARREIRA, et al, 2017). Ademais, tratando-se da Epidemiologia da problemática, há uma significativa participação do número de óbitos, principalmente entre indivíduos que não ultrapassam os vinte anos de idade. (SILVA, 2017). Nesse contexto, traumas decorrentes de acidentes de trânsito representam uma parcela significativa de hospitalizações, pessoas lesionadas com sequelas graves, as quais podem resultar na incapacitação permanente do sujeito, e óbitos (SILVA et al, 2020; PARREIRA, et al, 2017). No Brasil, o acidente de trânsito configura uma das principais causas de trauma, além de uma notória taxa de mortalidade no país.(SOUZA, et al., 2022). Seguindo essa linha de raciocínio, é perceptível que a violência no trânsito é considerada uma questão de saúde pública, porquanto prejudica não somente o dia a dia dos brasileiros, como também o Estado, a partir do dispêndio de recursos financeiros para o tratamento das vítimas. (PONTES, et al., 2022). Com isso, o conhecimento da sobre natureza dos acidentes contribui para a elucidação da causa deles, uma vez que diversos fatores podem estar presentes na cascata de eventos que sucede o fato, desde atitudes individuais do motorista, passageiro ou pedestre, até atitudes governamentais que culminam no bem-estar coletivo, como a regularização e a infraestrutura das vias de trânsito. (MOURÃO, et al., 2022). Assim, a harmonização de ruas e avenidas do país depende da criação de possíveis estratégias para a prevenção de acidentes e,consequentemente, para a diminuição do número de óbitos. Diante desse cenário, este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico das hospitalizações por trauma devido a acidentes de trânsito, no estado do Amazonas, no período de 2018 a 2022. Uma vez que o Estado do Amazonas apresenta uma incidência elevada de traumas dessa natureza (SOUTO, et al., 2022). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no site do Ministério da Infraestrutura do Governo Federal, além de estudo prévio de artigos sobre traumas. Para tanto, os indivíduos selecionados foram adultos de todas as idades, residentes no Amazonas. As principais variáveis de interesses escolhidas foram as internações e óbitos, além do tipo de trauma e sexo mais acometido. RESULTADOS e DISCUSSÕES O século 21, devido ao avanço do domínio da tecnologia, é marcado pela velocidade, o que ocasiona a necessidade de acelerar o ritmo da vida cotidiana, especialmente, nos grandes centros urbanos. A partir disso, pode-se inferir que o aumento da frota nacional, na última década, reflete esse cenário apressado, o qual levou ao crescimento do número de acidentes, no trânsito, em razão de diversos comportamentos inadequados, tais como, ingerir bebida alcoólica ou ser negligente com as regras no trânsito. (SOUZA, et al., 2022). Por conseguinte, na região Norte, ocorreram 170.631 acidentes e 6.641 óbitos, enquanto no estado do Amazonas houve 6.658 acidentes e 339 óbitos durante o período de 2018 a 2022. Ademais, a maioria das vítimas desse cenário caótico, no tráfego brasileiro, são motociclistas, do sexo masculino, com idades entre 17 e 34 anos, tanto no número de feridos e ilesos, quanto no de mortos. Logo, tal conjuntura mencionada é o padrão encontrado de perfil epidemiológico. Além disso, por média anual, houve, no estado do Amazonas, de 2018 a 2022, 7,88 óbitos a cada 100 mil habitantes, 3,25 óbitos a cada 10 mil veículos e um percentual de 5,09% de óbitos por acidentes. Paralelo a isso, na capital amazonense, Manaus, por média anual, existiu 13,23 óbitos por 100 mil habitantes, 3,6 óbitos por 10 mil veículos e uma porcentagem de 4,68% óbitos por acidente, demonstrando, assim, uma quantidade de vítimas fatais superior a do estado. Sendo assim, o contexto supracitado é um reflexo não somente do crescimento desordenado de cidades, o qual facilita a formação de urbes despreparadas no tocante ao atendimento das necessidades básicas da população, como também da escassa infraestrutura responsável pelo aprimoramento da mobilidade urbana. (PONTES, et al., 2022). Em estudos prévios, verificou-se que os ocupantes de veículos automotores de quatro rodas apresentam maior frequência e gravidade de lesões de segmento torácico, provavelmente associados à desaceleração e ao impacto direto no tórax. Ademais, foram frequentemente notadas luxações, entorses e lacerações em motociclistas, especialmente, nos membros inferiores do corpo em comparação a parte superior. (SOUTO, et al., 2020). As vítimas de atropelamentos tiveram lesões em vários segmentos corporais, principalmente o trauma cranioencefálico. Os motociclistas tiveram maior frequência e gravidade de lesões em extremidades e menor frequência e gravidade e segmento em segmento cefálico, isso ocorre em virtude do uso do capacete. Dessa forma, ressalta-se a importância da implementação de ações intersetoriais e integradas nos eixos de fiscalização, educação, infraestrutura, atenção às vítimas; intervenções visando ao aumento do uso de equipamentos de proteção e à redução da direção sob efeito de álcool, assim, visando promover a redução de óbitos e do número de interações decorrentes de acidentes de trânsito. (SOUTO, et.al., 2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos podem auxiliar a população geral e os socorristas a tomarem decisões tanto na cena do acidente, como no ambiente hospitalar, uma vez que a conduta correta e assertiva pode ser crucial na sobrevida do paciente. As informações do grupo de atendimento pré-hospitalar e do próprio traumatizado podem fornecer dados decisivos para correta escolha entre as diversas opções diagnósticas e terapêuticas em vítimas de trauma. Podem auxiliar na triagem de doentes, na otimização de recursos em serviços de emergência e no diagnóstico precoce de lesões ocultas que podem ser letais. Outrossim, é válido salientar a importância da conscientização da população no que diz respeito ao cumprimento das leis de trânsito, ao uso adequado de equipamentos de proteção, como capacetes, cinto de segurança, em veículos para locomoção e aos impactos negativos do consumo de bebidas alcoólicas no trânsito, porquanto a prática de hábitos saudáveis auxilia, também, na redução do número de acidentes com óbitos e com vítimas apresentando lesões graves. Por fim, o desenvolvimento desorganizado de diversas cidades brasileiras, a exemplo de Manaus, é o primordial fator no que tange à formação de ruas e de avenidas pouco acessíveis e seguras tanto para pedestres, quanto para condutores de veículos, logo, o aperfeiçoamento da mobilidade urbana das urbes é fundamental para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Título do Evento
II Congresso Nacional de Trauma e Medicina de Emergência
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Nacional de Trauma e Medicina de Emergência
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SOUSA, Anne mykaelly Nogueira de et al.. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HOSPITALIZAÇÕES POR TRAUMAS DEVIDO A ACIDENTES DE TRÂNSITO, NO PERÍODO DE 2018 A 2022 , NO ESTADO DO AMAZONAS.. In: Anais do II Congresso Nacional de Trauma e Medicina de Emergência. Anais...Manaus(AM) Manaus, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ii-congresso-nacional-de-trauma-e-medicina-de-emergencia-293952/611414-PERFIL-EPIDEMIOLOGICO-DAS-HOSPITALIZACOES-POR-TRAUMAS-DEVIDO-A-ACIDENTES-DE-TRANSITO-NO-PERIODO-DE-2018-A-2022-. Acesso em: 14/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes