PRECONCEITO LINGUÍSTICO E COMUNICAÇÃO CLÍNICA: IMPACTOS E ESTRATÉGIAS PARA UMA ABORDAGEM HUMANIZADA E PROMOÇÃO DA EQUIDADE NOS ATENDIMENTOS.

Publicado em 17/07/2025 - ISBN: 978-65-272-1576-9

Título do Trabalho
PRECONCEITO LINGUÍSTICO E COMUNICAÇÃO CLÍNICA: IMPACTOS E ESTRATÉGIAS PARA UMA ABORDAGEM HUMANIZADA E PROMOÇÃO DA EQUIDADE NOS ATENDIMENTOS.
Autores
  • Marianna De Amorim Azeredo
Modalidade
Resumo
Área temática
Humanidades
Data de Publicação
17/07/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ii-congresso-integrado-humanidades-pesquisa-ensino-medico/1091918-preconceito-linguistico-e-comunicacao-clinica--impactos-e-estrategias-para-uma-abordagem-humanizada-e-promocao-d
ISBN
978-65-272-1576-9
Palavras-Chave
Preconceito Linguístico; Comunicação Clínica; Humanização em Saúde
Resumo
Objetivo Este estudo investiga como o preconceito linguístico influencia a comunicação clínica e a relação médico-paciente. Analisa-se o impacto da valorização de uma norma linguística hegemônica na exclusão social e nas barreiras comunicativas no atendimento em saúde, propondo estratégias para promover uma comunicação mais inclusiva e eficaz. Método Foi realizada uma revisão bibliográfica baseada em obras fundamentais sobre preconceito linguístico, como Preconceito Linguístico: O Que É, Como Se Faz? de Marcos Bagno , além de referências na área da saúde, incluindo Comunicação Clínica: Aperfeiçoando os Encontros em Saúde de Gustavo Gusso e Marcela Dohms. Também foram analisados artigos científicos, como Variações linguísticas e seus efeitos na saúde: reflexões para a clínica fonoaudiológica (Falcão & Souza, 2021), que aborda a patologização de variações linguísticas e seus impactos na saúde mental dos pacientes, e O ensino da comunicação na graduação em Medicina - uma abordagem (Rossi & Batista, 2006), que discute o processo de ensino-aprendizagem da comunicação na relação médico-paciente durante a graduação médica. Resultados e Discussão O preconceito linguístico ocorre quando variantes da língua são desvalorizadas, afetando a autoestima dos falantes e comprometendo sua inserção social e profissional. No contexto da comunicação clínica, essa discriminação pode dificultar a compreensão mútua entre médicos e pacientes, levando a diagnósticos imprecisos, tratamentos menos eficazes e limitação na adesão aos tratamentos. Bagno (2008) argumenta que não há variantes superiores ou inferiores na língua, sendo a estigmatização de determinados falares uma questão de dominação social. O estudo de Falcão e Souza (2021) reforça essa visão ao demonstrar que pacientes falantes de variedades não prestigiadas frequentemente interpretam o preconceito como um problema de fala, buscando atendimento fonoaudiológico sem que haja um distúrbio de comunicação. Essa percepção errônea pode levar a sofrimento psíquico, como ansiedade e depressão. Na área médica, Gusso e Dohms (2020) destacam a importância da comunicação empática para estabelecer uma relação de confiança com os pacientes. Profissionais de saúde que não reconhecem a diversidade linguística podem adotar posturas autoritárias ou pouco receptivas, comprometendo a adesão ao tratamento. A formação médica tradicional ainda trata a comunicação de forma secundária, sem abordar explicitamente os efeitos do preconceito linguístico na interação clínica. Rossi e Batista (2006) analisam o ensino da comunicação na graduação em medicina, evidenciando que o aprendizado ocorre, em grande parte, de maneira implícita, vinculado a disciplinas como Semiologia e Psicologia Médica. Os autores ressaltam a necessidade de uma abordagem mais estruturada e explícita no ensino da comunicação, visando preparar os futuros médicos para interações mais eficazes e humanizadas com os pacientes. Conclusões O preconceito linguístico é uma barreira significativa na comunicação clínica e na equidade no atendimento em saúde. A formação dos profissionais deve incluir o ensino explícito de habilidades comunicativas que reconheçam e valorizem a diversidade linguística. Estratégias como a escuta ativa, o respeito às diferentes formas de expressão e o incentivo ao trânsito entre registros linguísticos são fundamentais para promover um atendimento mais humanizado e eficaz.
Título do Evento
II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

AZEREDO, Marianna De Amorim. PRECONCEITO LINGUÍSTICO E COMUNICAÇÃO CLÍNICA: IMPACTOS E ESTRATÉGIAS PARA UMA ABORDAGEM HUMANIZADA E PROMOÇÃO DA EQUIDADE NOS ATENDIMENTOS... In: Anais do II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Idomed Vista Carioca, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ii-congresso-integrado-humanidades-pesquisa-ensino-medico/1091918-PRECONCEITO-LINGUISTICO-E-COMUNICACAO-CLINICA--IMPACTOS-E-ESTRATEGIAS-PARA-UMA-ABORDAGEM-HUMANIZADA-E-PROMOCAO-D. Acesso em: 09/12/2025

Trabalho

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