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Apresentação

As Feiras de Ciências (ou Feiras de Conhecimentos, ou Feiras de Ciência e Cultura) das escolas são atividades com fins de mostrar à comunidade onde a escola se insere o trabalho de investigação executado pelos alunos ao longo de um determinado período de tempo (ROSA, 1995). 

No Brasil, as Feiras de Ciências surgiram na década de 60, as quais eram caracterizadas por trabalhos resultantes de experiências feitas em aula ou montagem de aparelhos utilizados com fins demonstrativos (MANCUSO,1995). Formando assim, ‘pequenos cientistas’. Esta percepção é criticada por Rosa (1995) e Pereira et al. (2000), pois para estes autores as Feiras de Ciências são atividades capazes de fazer com que o aluno se envolva em uma investigação científica, propiciando um conjunto de experiências interdisciplinares, complementando o ensino-formal, culminando em um trabalho próprio que vai gerar a Feira de Ciências. Ou seja, as Feiras de Ciências podem proporcionar que os alunos exponham trabalhos por eles realizados à comunidade, possibilitando um intercâmbio de informações como um empreendimento social-científico (PEREIRA et al., 2000) 

Além disto, as Feiras de Ciências se apresentam como práticas educativas de ambientes não-formais que possibilita a alfabetização científica de indivíduos de modo geral. Ademais, incentiva os alunos a desenvolverem atividades científicas que favorecem a realização de ações interdisciplinares, estimulando o planejamento e execução de projetos. Logo, é uma possibilidade de instigar a curiosidade e interesse do aluno, da sua criatividade e da mobilização do professor, da vida e do sentido social da Escola. 

Assim, a organização da Feira de Ciências tem como objetivo principal mobilizar toda a comunidade escolar e mostrar o que foi desenvolvido por um determinado período. Como característica, ela demonstra os trabalhos que foram desenvolvidos e estudados em sala de aula.  Para este desenvolvimento, muitos dos problemas ou questões geradoras surgem de situações presentes na realidade dos alunos, da comunidade escolar, do bairro que eles estão inseridos. Se bem orientados, o contexto a ser investigado pode permitir análises mais amplas, partindo-se do particular para o universal. Encontrando soluções que podem melhorar ou viabilizar situações de outros locais. Por isto, é necessário ter clareza dos objetivos da pesquisa e se as questões de pesquisa levantadas fazem relações com o que se quer investigar. Neste momento é primordial o papel do professor como mediador das informações científicas, estimulando os alunos a pesquisarem mais e consequentemente pensarem em como resolver o problema levantando, dando mais perguntas do que respostas.

Conectada com essas ideias, surge a Feira de Ciências do Agreste Pernambucano (FCAP) que busca promover o desenvolvimento de jovens cientistas, através da divulgação dos trabalhos científicos investigativos. De forma consciente, é possível fazer com que estes jovens compreendam o caráter transformador de que se fazer ciência no Brasil é possível, e que isto tem um impacto direto na sociedade em que vivemos.

Bem vindos a Feira de Ciências do Agreste Pernambucano!




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